O ministro
Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra do sigilo
fiscal de dois escritórios de advocacia que atuam na defesa de parlamentares
investigados na Operação Lava Jato. O ministro atendeu ao pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), após o doleiro Alberto Youssef, um dos
delatores da operação, citar supostos pagamentos aos advogados. A decisão foi
proferida no dia 15 de outubro.
A decisão
envolve os advogados Michel Saliba, que atua na defesa de sete parlamentares
que respondem à inquérito na Lava Jato, e Fernando Neves, defensor do senador
Fernando Collor (PTB-AL). As suspeitas dos investigadores é que valores
oriundos de desvios de recursos da Petrobras foram usados pelos acusados para
pagar honorários aos advogados.
Em nota, a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) declarou que os advogados têm direito
garantido à confidencialidade das informações sobre honorários que recebem de
seus clientes. A ordem disse que vai continuar defendendo no Supremo a
manutenção do sigilo, assim como fez no caso envolvendo a advogada Beatriz
Catta Preta, que atuou na defesa de delatores da Operação Lava Jato.
"Se for
confirmada a liminar pelo plenário, deverá se aplicada a todos os casos, e a
entidade pedirá a extensão a todos os advogados na mesma situação. Não há
qualquer diferença legal ou constitucional entre advogado de delator e advogado
de investigado”, diz a nota.
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