Por Dag Vulpi
Surge uma
dúvida no meio político capixaba, mas que logo será respondida. Afinal, serão
os deputados que dependerão do governador, ou será o governador que dependerá da
assembleia para tocar seu mandato nos próximos quatro anos? Enfim, seja lá quem
for o mais dependente, logo teremos a resposta afinal faltam poucos dias para
iniciar-se a nova gestão com Paulo Hartung à frente do executivo capixaba.
Terminado o
processo onde Paulo Hartung e Casagrande digladiaram ferozmente na disputa por
cada voto da sociedade capixaba, é pouco provável que predominará a unanimidade
entre a casa de Leis e o palácio do governo.
Apesar de a
maioria dos nomes que ocupam as atuais vagas na Assembleia terem participado do
grupo de políticos formado e liderado por Hartung num passado muito recente, ainda
assim, evidencia-se através de algumas iniciativas, como a que citarei mais abaixo,
que parece não haver disposição dos deputados em aceitar pacificamente uma
relação unilateral como ocorreu em mandatos anteriores.
O governador
eleito Paulo Hartung sempre teve o cuidado de manter sobre sua batuta, a
maioria das lideranças da política do estado, e foi assim, com o apoio da
maioria que ele sempre tocou seus projetos, porém, como em tudo que envolve
política, nada é garantido, o peemedebista certamente terá que reconquistar
parte do prestígio perdido durante o tempo em que ficou sem a caneta na mão.
Uma mostra da
perda do prestigio, que alguns preferem chamar de comando, foi o fato de um
grupo de deputados estaduais, foi essa a iniciativa que mencionei acima, terem se posicionado pela aprovação das contas do
governador socialista Renato Casagrande, de 2014. Resta-nos saber como Hartung
interpretará esse gesto, se considerou uma atitude normal de uma bancada
afinada com o governador que esta prestes a encerrar seu mandato, ou se esse
foi um recado de rebeldia para o governador eleito. O que teria pesado no
posicionamento dos deputados foi o resultado das eleições proporcionais, que
deixaram mais da metade do plenário de fora da próxima legislatura.
Para alguns,
será difícil que haja uma reconciliação entre Hartung e os deputados que
participaram mais ativamente da base de Renato Casagrande na Assembleia. Porém,
para outros, não seria de todo estranho, afinal falamos de política, se o grupo
não fizer oposição alguma ao novo governo, e ainda, existem nomes que terão
posição mais independente em relação ao governo do Estado.
Tudo será
posto à mesa quando se aproximar o processo eleitoral de 2016. E a tendência é
que haja um acirramento no clima, pois estará novamente em disputa os
interesses tanto do peemedebista quanto do pessebista.
Quanto mais uma oposição renhida; atenta aos desvios possíveis ou reais, melhor, Dagmar. Então acho que vai melhorar o cenário. Este negócio de governar com o consenso geral, ..geralmente...é um acórdão -entre os profissionais- para ROUBAR MELHOR e sem empecilhos.
ResponderExcluirPerfeita análise Delsio Ventura, mas estou certo, ou seja, a história política capixaba tem mostrado ao longo do tempo, que a unanimidade entre executivo e legislativo não tardará em acontecer. Essa é uma regra e, infelizmente nunca foi uma exceção por essas bandas.
ResponderExcluiracho que ele fez um bom governo
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