Foi preso,
nesta madrugada, o empresário Marco Aurélio Carone, dono do Novo Jornal. De
acordo com a Justiça mineira, o site é usado como instrumento para chantagens,
extorsão, intimidações e linchamento moral dos alvos políticos de Carone, bem
como de juízes, promotores, desembargadores e policiais.
“Ao verificar
o site do ‘novojornal’ fica patente que o mesmo é utilizado para aliançar
ofensas à honra de autoridades públicas, achincalhando e ofendendo a todos que
se posicionam contra os interesses do grupo, imputando inverdades àqueles que
cumprem seus deveres funcionais”, disse a juiza Maria Isabel Fleck (leia aqui a decisão).
Carone é
acusado de integrar uma quadrilha especializada na falsificação de notas
promissórias e contratos de cessão de créditos e direitos que somam mais de R$
1,3 bilhão. Essa quadrilha seria comandada pelo lobista Nilton Monteiro,
responsável pela famosa "Lista de Furnas", que também está
preso.
Segundo a
denúncia do Ministério Público Estadual, o Novo Jornal finge-se de
noticioso, mas, na verdade, funciona como um instrumento de diversos
crimes. A juíza Maria Isabel Fleck afirmou, ainda, que “analisando
detidamente os autos, fica evidenciado que o réu Marco Aurélio Flores Carone
utiliza o seu jornal virtual ‘novojornal’ para ameaçar qualquer cidadão que
esteja cumprindo os seus deveres, tais como, desembargadores, Juízes de
Direito, membros do Ministério Público, Delegados de Polícia, etc”.
Carone já foi
condenado em processos criminais movidos pelo atual prefeito de Belo Horizonte,
Marcio Lacerda, do PSB, e também tem utilizado o Novo Jornal como veículo de
combate ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidenciável tucano.
De acordo com o
Ministério Público, será apurada a fonte de recursos responsável por
financiar o site, uma vez que ele não conta com anunciantes. De acordo com o
MP, o Novo Jornal sobrevive com recursos de origem clandestina.
Ao aceitar a
denúncia, a juíza Maria Isabel Fleck, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Belo
Horizonte, reconheceu a gravidade das provas. Segundo a denúncia, a
quadrilha de Nilton Monteiro, com a participação fundamental de Carone,
falsificou e utilizou documentos falsificados para perpetrar diversos golpes.
“Normalmente desafetos do líder da quadrilha, assim agindo através de cobranças
astronômicas lastreadas em documentos forjados, alardeando suas ações em site
de imprensa eletrônica para conferir ares de veracidade aos golpes”, denunciou
o MP.
Foram
denunciados também, além de Carone e Monteiro, que já se encontra preso em
Contagem, Alcy Monteiro, Maria Maciel de Souza, Gilmar Adriano Corrêa e Nelson
Luiz da Silva, escrivão de polícia aposentado.
Carone
responde pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documentos
público e particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude
processual.
Brasil 247
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