Aluguel do
imóvel luxuoso em Orlando estava três meses atrasado, disse proprietário à
publicação americana. Brasileiro era piloto da TAM, mas estava desempregado
A família
brasileira encontrada morta na própria casa em Lake Nona, em Orlando
(EUA), enfrentava problemas financeiros. A informação é de Gerald Mastro,
proprietário do imóvel de luxo alugado desde 2009 aos brasileiros, ao jornal
americano Orlando Sentinel. Mastro
teria ido cobrar o valor de aluguéis atrasados e, ao tocar a campainha, reparou
um cheiro forte que vinha de dentro da residência.
Sem receber
resposta dos chamados, o proprietário teria ligado para a polícia, que
encontrou os corpos de Marcio Ferraz do Amaral, de 45 anos, sua mulher
Cledione, de 34, e sua filha Wendy, de 10.
Como não
encontraram qualquer sinal de arrombamento na casa, a polícia praticamente
descartou a hipótese de um triplo homicídio. "Eles sempre foram muito
bons. Sem problemas", disse Mastro. Segundo ele, nos últimos anos, Amaral
e Cledione haviam sido bons inquilinos e pagaram sempre dentro do prazo.
A situação
começou a mudar em outubro. Mastro entrou em contato com o casal no início de
novembro. Ele trocou e-mails com Cledione, que se desculpou pelo aluguel
vencido. Ela prometeu pagar o mais rápido possível, mas não teria cumprido a promessa.
Quando eles morreram, havia três meses de aluguéis atrasados.
Desemprego
Amaral estava
desempregado havia alguns meses. Uma das hipóteses levantadas pela polícia é de
um duplo assassinato seguido de suicídio, provocado pelo fato de ele não conseguir
mais sustentar a família. O salário de Cledione em um parque da Disney, em
Orlando, não seria suficiente para cobrir os gastos.
Os dois teriam
se conhecido na TAM, onde Amaral trabalhou como piloto e Cledione como
comissária, antes de se mudarem para os Estados Unidos. A TAM confirmou que
Amaral fez parte da equipe de pilotos da companhia e se desligou há mais de
cinco anos, mas não conseguiu informar se Cledione trabalhou na empresa.
Itamaraty
As mortes
foram confirmadas pelo Itamaraty, mas o Ministério das Relações Exteriores não
revela detalhes das investigações. Os parentes dos mortos, que moram em
Formosa, interior de Goiás, procuraram o Itamaraty para pedir apoio. O órgão
afirma que acionou o consulado brasileiro em Miami, que está acompanhando o caso
e servindo de intermediário entre os parentes dos mortos e as autoridades
policias americanas.
A polícia do
Condado de Orange aguarda a identificação oficial dos corpos para liberá-los. A
responsabilidade do translado ao Brasil, de acordo com o Itamaraty, é da
família.
*com AE e
Orlando Sentinel
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