Em meio às
tensões com José Serra, senador discute alocar aliado do ex-governador paulista
na vice em vez de ceder a vaga a um partido aliado.
Por Luciana Lima - iG Brasília
Blog Dag Vulpi - Mesmo diante
da necessidade de segurar partidos como o DEM e o Solidariedade (SDD) na
coligação para a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência, o
PSDB decidiu priorizar a montagem de uma chapa pura para a corrida eleitoral do
ano que vem. Por enquanto, as negociações caminham internamente para usar a
vaga de vice para apaziguar a relação com o ex-governador de São Paulo José
Serra (PSDB), que resiste em apoiar o mineiro no projeto nacional.
De acordo com
dirigentes do PSDB, a solução mais provável para a vice de Aécio será caseira.
Os tucanos falam em lançar o senador Aloysio Nunes Ferreira, aliado de primeira
hora de Serra, que já se incorporou à pré-campanha de Aécio. Ferreira
desconversa, mas não nega a combinação. “Ainda está muito cedo para falar sobre
isso”, disse o senador.
Serra não tem
participado de eventos políticos organizados para dar corpo à candidatura de
Aécio. Outros aliados próximos do ex-governador, como o ex-governador Alberto
Goldman e o senador Alvaro Dias (PR), também já se aproximaram da equipe de
Aécio.
Embora alguns
dirigentes do partido aleguem que ainda é cedo para convergir para uma
definição sobre a vaga de vice, os tucanos confirmam que a opção caseira tem
sido cogitada. “O próprio Aécio já fez elogios fortes ao senador Aloysio
Nunes”, lembrou o presidente do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira. “No
entanto, é preciso ter cuidado para não dividirmos nossos exércitos”,
ressalvou.
Mesmo sem
oferecer a vice para aliados, Aécio Neves (PSDB-MG) tem se esforçado para
manter na coligação os Democratas e o Solidariedade, principalmente após a
debandada do PPS, que avança para apoiar o candidato do PSB, Eduardo Campos, na
corrida presidencial. Restou a Aécio garantir a coligação formal com esses dois
partidos para ter tempo de TV na campanha.
Com o SDD, a
aliança está fechada, garantem os tucanos. Já no DEM, será necessário
equacionar problemas com a bancada na Câmara, que tem optado por encorajar o
lançamento da candidatura do líder da legenda, deputado Ronaldo Caiado
(DEM-GO), à Presidência da República.
Os deputados
do DEM alegam que, ao longo dos anos, a aliança com o PSDB não tem contribuído
para que o partido cresça. Após a saída dos quadros importantes para o PSD,
partido criado no ano passado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab,
deputados que ficaram na legenda temem não ter condições de se reelegerem na
coligação.
O DEM começou
a atual legislatura com 43 deputados, restam 25 no exercício de seus mandatos.
Em janeiro deste ano, no congresso do partido, a decisão foi de priorizar a
eleição de deputados federais e deixar as bancadas locais livres para se
coligarem como bem entenderem. Uma possível candidatura de Caiado, na opinião
da maior parte da bancada, serviria para dar mais visibilidade ao partido e
consequentemente às candidaturas nos estados.
Por enquanto,
o diálogo de Aécio com o aliado tradicional dos tucanos tem sido feito com o
presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), e com o prefeito de
Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, dispostos a levar o partido para a
coligação.
Caiado, por
sua vez, tenta resolver seus problemas em Goiás. Rompido com o governador
Marconi Perillo (PSDB) desde 2003, o líder dos Democratas na Câmara cogita sua
candidatura ao Planalto e não descarta disputar uma vaga no Senado, caso haja
condições de compor com o PMDB local.
Isso dependerá
de como o PMDB e o PT se comportarão na aliança defendida nacionalmente entre
as duas legendas. O rompimento poderá ocorrer caso o PT leve a frente a ideia
de lançar candidato próprio ao governo do estado. Nos últimos dias, a
contragosto da direção nacional petista, essa ideia começou a ganhar corpo em
Goiás. Caiado tem conversado com o peemedebista Iris Rezende, possível
candidato ao governo, sobre a possibilidade de uma composição.
Do Ig.com
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