segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cientistas criam “dieta” para melhorar eficiência cerebral

Dois cientistas especializados em neurociência resolveram reunir dicas e informações que, de acordo com eles, podem melhorar a eficiência do cérebro. Batizadas de “dieta mental”, as dicas trazem informações a respeito de hábitos cotidianos consideráveis saudáveis para o cérebro, como dormir bem e fazer exercícios físicos. Os pesquisadores argumentam que esses hábitos potencializam a produção de energia bioquímica, que é o grande combustível usado pelo órgão que controla os ações conscientes e inconscientes do corpo.
David Rock, fundador do Instituto NeuroLeadership, e Daniel J. Siegel são os responsáveis pela “dieta” – que, na verdade, não traz informações sobre alimentação, mas sobre comportamentos diários. Eles elencaram sete atividades para alcançar um estado de mente saudável, citando exemplos, como no caso do físico Albert Einstein que dormia, em média, dez horas por dia. A exceção feita pelo físico só acontecia quando estava trabalhando em ideias importantes, como a Teoria da Relatividade Geral, quando passava a dormir 11 horas por dia, segundo os dois cientistas.

Sono: segundo os dois cientistas, além de descansar o corpo, o sono tem como função “refrescar” a mente e ajudar na consolidação da memória. É durante o sono que informações adquiridas no dia a dia são incorporadas de forma definitiva à memória. “Não é à toa que quando nos levantamos, chegamos às respostas para os problemas que tivemos antes”. Sobre o tempo de sono, ambos os cientistas afirmam que o necessário, de fato, depende totalmente do organismo. Rock e Siegel dão como exemplo o caso de Albert Einstein, que dormia normalmente 10 horas por dia, exceto quando trabalhava ideias consideradas importantes, momentos em que dormia 11 horas.

Brincar, experimentar a vida: os cientistas garantem que, no campo da neurociência, os jogos têm grande importância para o cérebro. É por meio da brincadeira, do divertimento, que as emoções se tornam flexíveis e que a mente pode se tornar mais criativa. Não é por acaso, dizem os pesquisadores, que a aprendizagem se torna mais fácil quando o assunto interessa ao indivíduo.

Ociosidade: Reservar momentos para não realizar atividades que tenham finalidades específicas, como ouvir música, além de proporcionar prazer, podem trazer grandes benefícios para a mente, tornando-a mais eficaz para resolver questões posteriores. Segundo os dois cientistas, usar tempo que favorecem a ociosidade – como uma viagem de avião – são fundamentais para uma mente saudável. Eles afirmam que, em muitos casos, é muito melhor “perder tempo” fazendo coisas pequenas e sem importância antes de partir para pensar ou refletir sobre coisas mais complexas ou importantes.

Desenvolver introspecção: os pesquisadores também defendem que guardar momentos para si mesmo, realizando atividades solitárias e de introspecção, são momentos que auxiliam na bioquímica cerebral. A dupla de cientistas cita como exemplo uma caminhada para observar a natureza, ouvir músicas “suaves” ou fazer algum tipo de meditação e qualquer outra atividade que proporcione relaxamento. Segundo Rock e Siegel, esses momentos resultam no alivio do stress e em baixa pressão arterial, assim como menor tensão muscular. É similar à dica da ociosidade ao resultar em uma provável eficácia em outras atividades que exigem mais esforço intelectual.

Sociabilidade: dedicar tempo para a construção de relacionamentos sociais saudáveis, desfrutar de boas companhias e manter conversas e contato físico também são modos de manter a mente em estado mais saudável, segundo os cientistas. A amizade, garantem, é um ponto importante para o cérebro, garantindo até mesmo maior expectativa de vida. Bioquimicamente falando, o relacionamento com outras pessoas pode melhorar o sistema endócrino, cardiovascular e imunológico.

Exercícios físico: a prática de atividades físicas, como se sabe, é importante para o corpo, mas tem papel fundamental na mente. De acordo com a neurociência, os exercícios físicos também ajudam o cérebro a ser mais “plástico”, no sentido de ser mais eficiente para a aprendizagem e ações que envolvam a criatividade. Atividades físicas facilitam as atividades neurais que combatem o envelhecimento e danos na composição cerebral. Segundo os dois cientistas, quanto maior a variedade de atividades, melhor, como caminhar e dançar.

Concentrar-se em objetivos: reservar tempos específicos, segundo os cientistas, ajuda a tornar a mente mais eficiente para a realização de tarefas. A ideia é fugir da praticidade tecnológica, que permite que qualquer um possa resolver pequenas tarefas em qualquer momento, e passar a dedicar momentos específicos para as atividades. Evitar ser multitarefa – o que ajuda a perder tempo e energia –, concentrando-se em ações específicas em momentos distintos, é o caminho para a eficiência, segundo a neurociência. Concentrar-se, sem perder o foco, torna a mente mais operacional.
Jornal GGN 

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