Documentos do Palácio do Planalto revelam detalhes sobre como a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha atuou para obter no Ministério da Educação (MEC) o reconhecimento do curso de Medicina da Univix, grupo de faculdades no Espírito Santo. Segundo informações do jornal O Globo, ela conduziu todo o processo. Após receber o pedido para acelerar os trâmites no ministério, Rosemary fez contato com o ocupante de um cargo de chefia e o encaminhou à autora do pedido, a médica Cláudia Cozer, mulher de Roberto Kalil Filho, médico particular de Lula e de Dilma Rousseff.
Troca de e-mails obtidos pela comissão de sindicância do Planalto identificou um suposto tráfico de influência praticado por Rosemary. Em 2012, Cláudia Cozer reencaminhou ao e-mail de Rose um pedido feito por Eliene Gava Ferrão,
diretora acadêmica da Univix, que pedia a publicação da portaria com o reconhecimento do curso de Medicina. Rosemary, então, acionou Rogério dos Anjos Araújo, que exercia a Assessoria Parlamentar da Educação. Eliene disse que o reconhecimento do curso chegou a ser aprovado, mas não saiu a portaria, por isso ela acionou Cláudia Cozer, que é endocrinologista de Rose. Cláudia confirmou que repassou o e-mail da diretora da Univix a Rose, o que classifica como um ato de "ignorância". Roberto Kalil Filho, por sua vez, sustentou não ter "conhecimento nenhum sobre o assunto". O MEC informou que "não foi emitida qualquer portaria de reconhecimento".
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