Perspectiva é pouco animadora:
setores que vinham crescendo também apresentaram queda em fevereiro
O Espírito Santo já acumula quatro
meses seguidos de queda na produção industrial, alcançando o pior resultado
entre os 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). No mês de fevereiro o resultado foi uma redução de 13,4% em
relação ao mesmo mês do ano passado. O Estado já acumula 10,7% de queda nos
dois primeiros meses do ano e uma redução de 7,6% no resultado acumulado nos
últimos 12 meses, ocupando o último lugar no ranking do IBGE.
A indústria nacional vem passando por
dificuldades e o mês de fevereiro foi um dos mais desfavoráveis dos últimos
tempos. Além do Espírito Santo, outros 10 locais pesquisados tiveram queda e
apenas Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul cresceram, sendo que o país
registrou redução 3,2 pontos percentuais negativos em relação a fevereiro de
2012 e 2,5 se comparado com janeiro deste ano.
O resultado de fevereiro é
especialmente preocupante pois o Estado teve queda nos cinco setores
investigados, inclusive naqueles que vinham apresentando crescimento
anteriormente, como alimentos e bebidas (-25,3%) e minerais não-metálicos
(-4,3%). Neste último, a queda foi puxada pela redução na produção de materiais
como pias, banheiras, bidês para uso sanitário, granito talhado e ladrilhos e
placas de cerâmica para revestimento. Isso pode indicar uma possível
desaceleração da construção civil no Espírito Santo nos próximos meses.
No acumulado do primeiro bimestre de
2013, o setor de metalurgia básica, que sofre com a redução de sua produção e
venda diante da crise internacional, foi o que apresentou pior resultado:
redução de 36,8%. Em seguida aparecem alimentos e bebidas e (-22,4%) e
celulose, papel e produtos de papel (-11,3%). Os minerais não-metálicos somaram
queda de 4,0% e a indústria extrativa decaiu 0,2% em janeiro e fevereiro.
Nos dois primeiros meses do ano, o
Brasil ainda soma um tímido crescimento de 1,1%, embora no acumulado dos
últimos 12 meses tenha tido queda de 1,9%.
Revista ES Brasil
O Espírito Santo depende muito das exportações e nossa balança comercial está em queda livre. É o dilema do câmbio. Se desvalorizar muito, sobe a inflação. Se valorizar, caem as exportações. O Japão lançou uma quantidade imensa de dinheiro no mercado para fugir a uma década de deflação e incentivar o consumo. É mais um capítulo da guerra cambial. Estamos numa sinuca de bico.
ResponderExcluirMarco Lisboa
Agora é aguardar para ver se, com mais esse "pacote de bondades" anunciado pelo governo Federal desonerando a folha das empresas, haverá recuperação da industria capixaba, ou se o tal pacote servirá apenas para comprometer ainda mais as já campengas contas da previdência social.
ResponderExcluirO problema do investimento na indústria é que ele depende de um cenário a médio ou longo prazo. Ninguém decide investir na base de uma isenção que não se sabe quanto tempo vai durar.Pode haver uma recomposição do lucro, mas não se sabe se esse lucro vai ser reinvestido em bens de capital, que poderiam melhorar a produtividade. Porque aumento de produtividade via mão de obra qualificada está muito difícil.
ResponderExcluirMarco Lisboa