O
Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
(OACDH) investiga a morte de 58 pessoas em uma rebelião na prisão de Uribana
Paris
- O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
(OACDH) convocou nesta terça-feira a Venezuela a investigar a morte
de 58 pessoas em uma rebelião na prisão de Uribana e garantir o cumprimento das
normas internacionais de direitos humanos nas prisões.
O
porta-voz do OACDH, Rupert Colville, afirmou que o motim "reflete um
padrão alarmante de violência nas prisões venezuelanas" e que isso "é
uma consequência direta de suas más condições", responsabilizando o Estado
pela situação.
Os
detidos "estão sob custódia do Estado e, portanto, as autoridades estatais
competentes têm a responsabilidade do que acontece com eles", ressaltou.
Os
presos sofrem com superlotação, falta de acesso aos serviços básicos, presença
generalizada de armas nas prisões e suas condições "se agravam pelas
demoras judiciais e pelo recurso excessivo à prisão preventiva", disse
Colville.
O
porta-voz convocou Caracas a adotar "medidas urgentes para garantir que as
condições de detenção cumpram com as normas internacionais de direitos
humanos".
O
governo venezuelano ordenou na sexta-feira uma investigação do motim do dia 25
de janeiro na prisão de Uribana (noroeste), que, segundo fontes oficiais
venezuelanas, deixou 58 mortos e mais de 90 feridos.
Segundo
números oficiais, há quase 50 mil presos na Venezuela, mas a infraestrutra
carcerária só tem capacidade para abrigar cerca de 14 mil.
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