quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vereadora que forjou sequestro tem alta e vai para delegacia


A vereadora Professora Ana Maria (PT), da cidade de Ponta Grossa, no interior do Paraná, teve alta do hospital na tarde desta quinta-feira após ficar quase 24 horas internada. Ela desapareceu depois da cerimônia de posse no dia 1° de janeiro e a Polícia Civil passou a investigar o suposto sequestro após uma ligação feita para a família da vereadora.

Segundo a polícia, a vereadora Professora Ana Maria forjou o próprio sequestro por interesses pessoais e políticos
Foto: Reprodução
Ana Maria foi voluntariamente ao hospital no final da tarde de ontem, onde permaneceu em observação alegando instabilidade emocional e desidratação. Para a polícia, a vereadora forjou o próprio sequestro por interesses pessoais e políticos.

O delegado Danilo Cesto, da 13ª subdivisão policial de Ponta Grossa, informou que a vereadora chegou à delegacia acompanhada do advogado e da filha. Em razão de seu estado de saúde, ainda sob medicação, Ana Maria optou por falar apenas em juízo. "Por esta razão de saúde, ela está em um sala reservada na subdivisão, sob observação. Assim que tiver condições, ela será encaminhada para o estabelecimento próprio", explicou Cesto.

De acordo com ele, a comunicação do flagrante feito para a vereadora já foi levada para a Justiça, que vai decidir se mantém Ana Maria presa ou se ela pode deixar a prisão sob fiança. Cesto lembrou que a vereadora tem bons antecedentes criminais. "Ela não comentou nada sobre a motivação. O ponto central é a votação que elegeria a Mesa Diretora da Câmara Municipal", comentou Cesto. O delegado esclareceu que ainda será apurado se houve a participação de outras pessoas relacionadas à Câmara de Ponta Grossa.


Policiais deram a voz de prisão para a vereadora ainda no hospital, mesmo sedada. Ela foi autuada em flagrante por comunicação falsa de crime, fraude processual e formação de quadrilha. Ana Maria ficou internada sob escolta policial.

De acordo com o delegado Luiz Aberto Cartaxo, do Grupo Tigre, especializado em sequestros da Polícia Civil, a vereadora forjou o sequestro com a ajuda de um funcionário e seus familiares. Três pessoas foram presas ontem suspeitas de participação no suposto sequestro.

Os outros três presos ontem -  Idalécio Valverde da Silva, Adauto Valverde da Silva e Susicleia Rocha Valverde da Silva - já foram encaminhados para o sistema prisional, segundo o delegado. Reginaldo da Silva, que teria participação no falso sequestro, segue foragido.
Terra.com

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