Ao dar início nesta segunda-feira ao
plantão judiciário que poderá decidir pela internação involuntária de usuários
de drogas - nos casos em que há o risco de morte por conta do vício ou ameaça à
integridade de outras pessoas -, o governo de São Paulo admite não saber qual
será a demanda para o tratamento. Hoje o Estado dispõe de 691 leitos
ambulatoriais para esse tipo de caso, número que pode ser ampliado a curto
prazo para 1,1 mil.
De acordo com Eloísa Arruda, secretária de Justiça do Estado de São Paulo, a intenção é adequar o projeto à medida que as necessidades se façam necessárias
Foto: Fernando Borges / Terra |
De acordo com Eloísa Arruda,
secretária de Justiça de São Paulo, a intenção é adequar o projeto à medida que
as necessidades se façam necessárias. "Não...
sabemos qual é a demanda e não podemos criar uma megaestrutura sem saber qual é a demanda. Temos pequenos diagnósticos mapeados e não estamos fazendo um trabalho irresponsável. Se necessário, criaremos novas vagas na saúde e na assistência social", disse ela.
sabemos qual é a demanda e não podemos criar uma megaestrutura sem saber qual é a demanda. Temos pequenos diagnósticos mapeados e não estamos fazendo um trabalho irresponsável. Se necessário, criaremos novas vagas na saúde e na assistência social", disse ela.
Para a secretária, todos os direitos
dos cidadãos serão respeitados durante o processo, que terá um plantão
judiciário justamente para isso. O plantão funcionará diariamente, das 9h às
13h, no Centro de Referência de Álcool, Tabaco...
e outras Drogas (Cratod), no
bairro do Bom Retiro, região central da cidade.
"O nosso objetivo principal é
atender as famílias. Quem tem condições financeiras pode procurar um advogado.
Queremos dar essa mesma condição aos mais pobres, para que tenham todos os seus
direitos garantidos", afirmou a secretária.
O plantão judiciário se dará com a
presença de um juiz designado pelo Tribunal de Justiça, promotores e defensores
públicos, além de advogados voluntários da Ordem dos Advogados do Brasil. Quem
for encaminhado pelo Cratod passará por uma avaliação médica e, se houver
indicação de que a pessoa precisa ficar internada, haverá uma audiência para
definir a sua legalidade.
Carlos Weis, do núcleo de Direitos
Humanos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, afirma que no caso de o
paciente se mostrar contrário à internação, o papel da defensoria será o de
trabalhar para impedir que ela seja feita.
"Nosso papel é sempre o de
defender a vontade do cidadão. Nossa sala ficará no térreo e cada um que chegar
aqui será ouvido. Faremos o nosso papel de defesa e o juiz decidirá o que
julgar necessário, caso a caso", diz.
Rosângela Elias, coordenadora de
saúde mental da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, garante que as
internações serão a "exceção das exceções" e que ninguém será levado
à força para o tratamento.
"O resgate será feito pelas
equipes de saúde em casos em que as pessoas corram risco de vida. Se uma pessoa
estiver, por exemplo, convulsionando na rua, o resgate será acionado. Em outros
casos, o convencimento será sempre o método mais adequado", diz.
Terra
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