Prefeito
eleito deixa para próxima semana conversas sobre equipe e legendas
articulam lista de nomes a oferecer ao futuro governo
Por
Bruno Lupion e Felipe Frazão, de O Estado de S.Paulo
Enquanto
o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tira dias de
descanso pós-eleitoral, os partidos aliados se articulam para
indicar nomes ao secretariado do "governo de coalizão"
anunciado pelo petista. Os aliados esperam começar as conversas na
próxima semana.
Líderes
do PMDB dizem ser difícil o partido receber a Secretaria da Saúde,
segundo maior orçamento da Prefeitura, com cerca de R$ 7 bilhões.
Mesmo assim, devem indicar a médica Marianne Pinotti, que foi vice
de Gabriel Chalita (PMDB) no 1.º turno e titular da pasta em Ferraz
de Vasconcellos. Haddad tem apreço por Marianne, filha do
ex-deputado José Pinotti (morto em 2009), que segundo o petista foi
fundamental na aprovação da Lei de Cotas nas universidades.
Ela
também poderia assumir a pasta de Assistência Social, que a sigla
comandou na gestão Gilberto Kassab (PSD). Isso porque o PT deve
indicar nome próprio para a Saúde (o vereador Carlos Neder é um
dos cotados), assim como para Educação e Finanças.
O
PMDB planeja indicar um de seus quatro vereadores eleitos para uma
segunda pasta. Eles devem se reunir hoje. Caso um parlamentar assuma
uma pasta, o partido conseguiria contemplar o PSC na Câmara
Municipal - Gilberto Nascimento Jr. é o primeiro suplente da
coligação. Há interesse em Esportes e Participação e Parceria -
secretaria que a sigla chegou a ter com Kassab.
O
acordo do PT com o PSB prevê que a sigla aliada apresente uma lista
de nomes para Haddad selecionar alguém de sua confiança. Para
Negócios Jurídicos, desponta o advogado Pedro Dallari (PSB), colega
de Haddad na USP e próximo da deputada Luiza Erundina.
"Sinceramente, temos expectativa de participação. Espero que
ele entenda nossa importância. Do mesmo jeito que ajudamos a vencer,
esperamos ajudar o governo a dar certo", diz o presidente
municipal do PSB, vereador Eliseu Gabriel.
Entusiasta
da aliança com Haddad, o vereador Juscelino Gadelha (PSB) não
conseguiu se reeleger e pode ser indicado como "reconhecimento"
pelo apoio. Mas não para o primeiro escalão.
O
PC do B, da vice-prefeita eleita, Nádia Campeão, cobiça a pasta de
Esportes e a de Articulação para a Copa. Ela mesma pode acumular o
cargo. Há quem defenda o ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PC do
B) no posto. A ligação da imagem dele com escândalos de corrupção,
no entanto, pode atrapalhar.
O
PP do deputado Paulo Maluf tem interesse na pasta de Habitação.
Mas, por ora, nega ter conversado sobre cargos. Quem também almeja a
pasta é o deputado estadual Simão Pedro (PT), que coordenou a
agenda de campanha.
Estilo. A
escolha da equipe de transição tem comando tripartite: gestão,
orçamento e articulação política, semelhante ao desenho do
governo federal. Luis Massonetto é responsável por gestão, papel
que na União cabe à Casa Civil; Ursula Peres responde pelo
orçamento, equivalente ao Ministério do Planejamento; e Antonio
Donato faz as vezes da Secretaria de Relações Institucionais, com a
articulação política.
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