Por
Dassler Marques e Ricardo
Santos
Candidato
do PSDB
à
prefeitura de São
Paulo,
José
Serra usou
o termo "extorsão" para definir a cobrança de juros do
governo federal em relação à dívida da capital, estimada em R$ 58
bilhões. O tucano defendeu que o prefeito seja "líder político
para comandar essa batalha" e pediu a revisão dos tributos à
presidente Dilma Rousseff.
O
tema foi abordado durante a sabatina realizada pela Rede Nossa São
Paulo na tarde desta segunda-feira. "São Paulo está sendo
extorquida", definiu Serra. "Não se pode pagar juros de
17% ao ano e o governo federal ganhar dinheiro em cima de São Paulo.
Ao mesmo tempo, no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), cobra
5% ao ano no empréstimo a grandes empresas. Isso tira dinheiro da
cidade (...) há essa prática desde que a Marta (Suplicy) era
prefeita no governo Lula.
São Paulo precisa ter um prefeito que também seja líder político
para comandar essa batalha. Hoje o governo federal arrecada R$ 142
bilhões em São Paulo e gasta dois".
Serra
alegou que a dívida é reajustada com a soma do Índice Geral de
Preços - Disponibilidade interna (IGP-DI) mais 9%, o que tem feito
crescer entre 17 e 18% ao ano. O petista Fernando
Haddad também
fez críticas ao modelo atual. O candidato falou em números
parecidos e afirmou que "a união está enriquecendo às custas
do município". O rombo junto ao governo federal proíbe a
administração municipal em obter novos empréstimos com bancos
públicos instituições federais por conta da Lei de
Responsabilidade Fiscal. A arrecadação de São Paulo, em 2011, foi
de exatamente metade da dívida. Ou seja, R$ 29 bilhões.
Outro
tema de dimensão federal comentado por Serra foi sobre a especulação
de que ele poderia se tornar presidente nacional do PSDB,
possibilidade negada pelo candidato, que definiu o assunto como
"evidentemente plantação (de notícia) de adversário". A
respeito da polêmica gerada pelo discurso do ex-presidente Luiz
Inácio da Silva em Diadema, no domingo, ele afirmou que "Lula é
o maior atacador e o que tem mais velocidade. Eles (petistas) fazem a
velha estratégia de jogar baixo e acusar o outro de jogar baixo".
Em
Diadema, durante comício pela reeleição
do
também petista Mário Reali, Lula criticou a possibilidade de o
vereador Lauro Michels, do PV,
superar Reali em sua primeira disputa majoritária e enfatizou a
experiência do candidato do PT
em
relação ao adversário. Serra disse que "ele sublinhou a
importância do currículo e não faz isso em São Paulo porque (...)
prejudicaria seu candidato (Haddad)".
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