A
presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, minimizou neste
sábado (6) o possível impacto do julgamento do mensalão nas eleições municipais
deste ano.
Neste
domingo (7), os eleitores de 5.568 municípios vão às urnas escolher prefeitos,
vice-prefeitos e vereadores. O período de votação está previsto para ocorrer
das 8h às 17h.
Segundo
Cármen, que também integra o STF (Supremo Tribunal Federal), o eleitor está
mais preocupado com a realidade da cidade em que habita do que com julgamento
do mensalão, que ocorre no Supremo. Para a ministra, o principal impacto dessa
eleição é a aplicação da Lei da Ficha Limpa.
TSE afirma que apuração deve acabar
até as 22h de domingo
"[Em]
eleições municipais o eleitor normalmente procura saber qual a finalidade que
ele quer e quem pode chegar àquela finalidade. Ele está muito preocupado com a
vida dele e da cidade. Acho que o maior impacto foi da sociedade quando reagiu
no sentido de ter a iniciativa da Lei da Ficha Limpa. Essa foi a grande
mudança", disse a ministra que participou na manhã deste sábado no TSE de
uma apresentação sobre a transmissão de dados que deverá ser feita no dia do
pleito.
"O
mais foi consequência. Julgamento em qualquer lugar, de qualquer caso, nunca
será suficiente para uma mudança tão grande como foi a própria sensibilidade do
cidadão sabendo que ele que faria uma lei que mudaria isso", acrescentou a
ministra.
Cármen
Lúcia também disse que a expectativa é que todos os recursos apresentados à
Corte sejam finalizados até o dia da diplomação dos vencedores das eleições,
prevista para ocorrer no dia 19 de dezembro.
De
acordo com levantamento do TSE, 6.454 recursos contra registro de candidatura
foram apresentados ao tribunal. Desse total, 2.830 se referem a questões
relacionadas com a Lei da Ficha Limpa. Até a última sessão da Corte, realizada
nessa quinta-feira (4), foram julgados apenas 2.909, sendo que 678 referentes a
recursos da Ficha Limpa.
Mesmo
com milhares de recursos sem análise, Carmen disse que não vê necessidade em
alterar o calendário eleitoral.
Os
candidatos que não tiveram a situação legalizada pelo TSE permanecerão, no
entanto, com os nomes nas urnas no dia da votação.
"Na
totalização [dos votos] vai aparecer primeiro aqueles que sob os quais não
tenham quaisquer dúvida e separadamente aqueles que receberam votos mas que
dependem do final do processo", afirmou a ministra.
Sobre
a conclusão da divulgação dos votos em todo o país, a ministra adotou uma
postura de cautela. "Sou mineira demais para fazer esse tipo de avaliação.
Não me arrisco a nenhum horário".
No
dia da eleição, ela estará em Brasília acompanhando o desenrolar da votação em
todo país, em razão disso preferiu transferir o título de eleitoral para a
capital, onde não há eleições municipais.
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