Candidato
do PT usou horário eleitoral para se defender das acusações de
Serra de que acabaria com as OS
O
candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, usou o
programa eleitoral na TV desse domingo, 21, para se defender das
acusações de José Serra de que, se eleito, iria acabar com as
parcerias com a Organização Sociais (OS) na gestão das unidades de
saúde. A propaganda classificou as críticas do tucano como
“desespero”.
A
peça exibiu trechos do debate da Rede Bandeirantes da última
quinta-feira quando Haddad negou que iria acabar com os convênios e
afirmou que iria atender a uma recomendação do Tribunal de Contas
do Município de aperfeiçoar a transparência no controle de gastos
das entidades.
“Essa
é a verdade, o resto é desespero de quem está atrás nas
pesquisas”, disse um dos atores propagada. Segundo o último
levantamento do Ibope, Haddad tem 60% dos votos válidos, ante 40% de
40% de Serra.
No
horário eleitoral de sábado, 20, à noite, que voltou a ser exibido
nesse domingo à tarde, a campanha de Serra afirmava que o PT é
contra a lei que instituiu a parceria com as OS e que o programa de
governo de Haddad dizia que iria retomar a direção das unidades.
“Acabar
com as parcerias significa acabar com o emprego de 30 mil
profissionais de saúde. A posição do PT do Haddad significa fechar
139 AMAs, 5 hospitais e outras 237 unidades de saúde na cidade”,
dizia a propaganda.
Hoje,
por meio desse tipo de contrato, hospitais como o Sírio-Libanês e o
Albert Einstein cuidam da administração de hospitais públicos do
município.
O
PT é um crítico histórico desse modelo. O programa de governo do
candidato petista prevê, na página 45, “retomar, sem prejuízo
dos condicionantes contratuais legais e após providências
administrativas necessárias, a direção pública da gestão
regional e microrregional do sistema municipal des saúde”. No
entendimento dos tucanos, esse tópico indica a intenção de
encerrar os convênios com OS.
Chalita.
A
campanha de Serra também começou a veicular uma inserção na TV
onde mostra o peemedebista Gabriel Chalita criticando a atuação de
Haddad como ministro da Educação.
A
peça reproduz trechos de uma matéria publicada na imprensa em que
Chalita afirmava que Haddad nem havia começado a resolver os
problemas educacionais no Brasil. “Até quem está com Haddad sabe,
ele não está preparado”, diz o locutor.
Após
ficar em terceiro lugar na disputa municipal, Chalita declarou apoio
a Haddad e chegou a gravar depoimento para defender a gestão do
petista no ministério. Nesta reta final, a campanha tucana passou a
questionar a capacidade administrativa de Haddad.
Reitores.
Para
rebater essas críticas, a propaganda eleitoral do petista da noite
desse domingo escalou reitores de universidades federais para
defender o legado de Haddad. “O trabalho do ministro Fernando
Haddad à frente do Ministério da Educação durante seis anos não
deixa dúvidas sobre a sua competência e capacidade”, disse Walter
Albertoni, reitor da Unifesp.
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