quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Lucro da Vale cai 58% no 3º tri e soma R$ 3,3 bilhões, o menor desde 2010


Lucro da Vale cai 58% no 3º trimestre e soma R$ 3,3 bilhões



Resultado da mineradora, o mais baixo em mais de dois anos, foi impactado pelo preço do minério de ferro, que caminha em trajetória descendente desde o fim do ano passado



RIO - A mineradora Vale anunciou na noite desta quarta-feira a queda de 57,8% em seu lucro líquido no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2011. O lucro obtido entre julho e setembro, de R$ 3,328 bilhões, é o menor desde o primeiro trimestre de 2010.

Em comparação com o segundo trimestre deste ano, a queda foi de 37,4%. Entre abril e junho, a Vale havia registrado lucro de R$ 5,3 bilhões.
A queda contínua do preço internacional do minério de ferro, a partir do último trimestre do ano passado, é o fator principal para a retração do lucro no intervalo entre julho e setembro passados, de acordo com informações da companhia.
"A Vale teve um desempenho financeiro no terceiro trimestre de 2012 que refletiu os desafios decorrentes da volatilidade dos preços em queda, que ocorre devido à desaceleração do crescimento econômico global, combinando os efeitos da demanda menor por minérios e metais com expectativas negativas", diz a mineradora no comunicado oficial do resultado do trimestre.
Investimentos
Os investimentos da Vale também estão em queda. O total do terceiro trimestre do ano foi de US$ 4,289 bilhões, quantia 5,3% menor do que a registrada em igual período do ano passado. Em relação ao trimestre anterior, a Vale registrou estabilidade, em US$ 4,287 bilhões.
No intervalo entre janeiro e setembro deste ano, os investimentos da Vale atingiram US$ 12,253 bilhões, o que significa um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2011. A quantia representa 57% dos US$ 21,4 bilhões programados para o ano inteiro.
Segundo a Vale, 73,7% do total investido foi empregado no financiamento da expansão da companhia. "É muito provável que 2012 seja o ano de pico de investimentos nos próximos anos", informou a empresa no comunicado
No terceiro trimestre, a Vale registrou uma receita operacional de R$ 22,2 bilhões, o que representa 7% a menos do que o verificado no mesmo período de 2011 (R$ 23,9 bilhões).
A produção foi outro item em decréscimo no terceiro trimestre. No período, a produção de minério de ferro somou 83,926 milhões de toneladas, queda de 4,5% em comparação ao mesmo trimestre de 2011. Já na comparação com o segundo trimestre, a produção cresceu 4,2%.
Preços
A Vale operou no terceiro trimestre passado com um preço médio do minério de ferro a US$ 83,69 por tonelada. O valor é 44,67% inferior aos US$ 151,26 praticados no mesmo período do ano passado. Frente ao trimestre anterior, o preço médio caiu 18,98%. O preço da pelota no período ficou em US$ 140,98 por tonelada - 31,49% mais baixo do que o registrado no terceiro trimestre de 2011. O preço ficou 11,33% abaixo do apurado no trimestre anterior.
A participação da China nas vendas de minério de ferro e pelotas da Vale subiu para 49,1% no terceiro trimestre. No segundo trimestre, a participação foi de 43,7% e no mesmo período do ano passado, de 45,3%. A China comprou 38,344 milhões de toneladas no período.
O balanço da mineradora mostra que a participação da Europa caiu para 17,9%, contra 19,6% apurados no trimestre anterior. Já a fatia de vendas para o Japão aumentou para 10,9%, contra os 9,5% do segundo trimestre.
Os custos com produtos vendidos da Vale no terceiro trimestre do ano ficaram em US$ 6,128 bilhões, queda de 2% em relação ao registrado no mesmo período de 2011. Em relação ao trimestre imediatamente anterior houve um aumento de 1,87%.
Segundo a Vale, os custos e despesas no trimestre passado foram impactados pelas provisões de imposto sobre mineração. O gasto com o pagamento dos royalties de mineração no Brasil, com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), somou US$ 542 milhões.
De acordo com a empresa, foram contabilizados em outras despesas operacionais, dada a mudança na avaliação de perda associada com a dedução do custo de transporte da base da receita sujeita à CFEM.
Mônica Ciarelli, Sergio Torres e Fernanda Guimarães, da Agência Estado

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