A Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga a violência contra a
mulher estará na Paraíba na quinta e sexta-feira.
No Estado, a comissão ouvirá autoridades no município de Queimadas, onde no início do ano ocorreu o estupro coletivo de cinco mulheres seguido do assassinato de duas delas.
No Estado, a comissão ouvirá autoridades no município de Queimadas, onde no início do ano ocorreu o estupro coletivo de cinco mulheres seguido do assassinato de duas delas.
No
mesmo dia, fará reunião com o movimento de mulheres. Na sexta-feira, a CPMI faz
diligências no período da manhã e audiência pública, a partir das 14h, em João
Pessoa.
A
audiência pública acontece na Assembleia Legislativa. Antes da audiência, às
13h, os integrantes da comissão concedem entrevista coletiva na Assembleia
Legislativa.
As
diligências ocorrerão em órgãos de atendimento à mulher em situação de
violência. Na audiência pública serão ouvidos gestores públicos, representantes
do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, movimentos sociais e
sociedade civil organizada.
Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a comissão tem como objetivo investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão do poder público.
Presidida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), a CPMI tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES). Ambas estarão na Paraíba.
Violência em números
A
Paraíba é o sétimo estado do País em assassinatos de mulheres, segundo dados
atualizados, em 2012, pelo Mapa da Violência, elaborado pelo Instituto
Sangari/Ministério da Justiça. A taxa de homicídios é de 6,0 assassinatos para
grupo de 100 mil mulheres, bem acima da média nacional de 4.4. O primeiro
colocado é o Espírito Santo (9,8) e o segundo Alagoas (8,3). João Pessoa é
a segunda cidade onde mais mulheres morrem assassinadas, com taxa de 12,4
homicídios para grupo de 100 mil mulheres.
Vitória, no Espírito Santo, é a capital mais violenta com taxa de 13,2. O relatório completo pode ser acessado no site www.mapadaviolencia.org.br.
Vitória, no Espírito Santo, é a capital mais violenta com taxa de 13,2. O relatório completo pode ser acessado no site www.mapadaviolencia.org.br.
Dados
da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a violência doméstica é a
principal causa de lesões em mulheres de 15 a 44 anos no mundo. Segundo a
relatora da CPMI, senadora Ana Rita, (foto) o Brasil é o 7º país que mais mata
mulheres no mundo.
“Nos últimos 30 anos foram assassinadas mais
de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década”, afirma Ana Rita.
“O lar, doce lar não é mais seguro: 68,8% dos
homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados pelos cônjuges”, diz a
senadora.
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