Por Danieleh
Coutinho
O
Espírito Tanto tem, hoje, 14,5 mil detentos. O número foi apresentado pelo governador
Renato Casagrande (PSB), que aifmou, também, que, por ano, o sistema recebe, em
média, dois mil a mais. O governador disse que, no ritmo de crescimento, para
suportar a demanda, o estado teria que, por semestre, construir três unidades.
Para dar regras às unidades e controlar a permanência de detentos nas prisões
do Espírito Santo, o presidente do Poder Judiciário capixaba, desembargador
Pedro Valls Feu Rosa, e o governador protocolaram, nesta terça-feira (18), no
Legislativo estadual (Ales) o projeto que cria a Lei Estadual de Execuções
Penais.
O
documento regulamenta a revista de visitantes em unidades prisionais e
movimentação de presos, entre outras medidas. Com a lei aprovada pelos
deputados estaduais e sancionada pelo governador, ficam extinto no Estado o
atual modelo de revista, dando fim, por exemplo, ao constrangimento de idosos e
crianças despidas, antes de entrar em unidade prisional para visita.
O
projeto foi explicado pelo desembargador Pedro Valls, que coordenou a criação a
partir de audiências públicas realizadas no Tribunal de Justiça. Segundo o
magistrado, este é um marco na história do Espírito Santo e do país,já que o
Estado capixaba é o primeiro a criar uma lei como essa. Entretanto, Feu Rosa,
disse que a ação conjunta entre os poderes é uma tentativa de colocar em dia
uma agenda já atrasada.
“O
Espírito Santo é o primeiro do Brasil em das os primeiros passos na direção
correta. É uma conquista que não deve ser desprezada, mas é um motivo de
reflexão: quanto tempo, meu Deus, já não perdemos? Quanto tempo levamos para
compreender isso? Quantas humilhações irmãos nossos já sofreram. Temos uma
agenda atrasada para colocar em dia”, refletiu o presidente do TJES.
Segundo
o governador, além do projeto de lei, Governo do Estado e TJES discutem outras
ações, como o cruzamento de informações entre a Secretaria de Justiça e o Poder
Judiciário. “Isso para que o TJES possa acompanhar, em tempo real, a situação
dos presos para evitar a tortura de prisões além do tempo da pena”, afirmou.
O
projeto foi recebido pelo presidente do Legislativo, deputado estadual
Theodorico Ferraço (DEM), que pediu urgência na protocolização e votação na
Casa. Segundo Ferraço, os deputados licenciados já se colocaram à disposição
para votarem à Casa para votar o projeto com a máxima urgência.
O
governador Casagrande disse que o projeto de lei é resultado de uma parceria
harmônica dos três poderes e que a Lei Estadual de Execuções Penais vem
complementar à lei brasileira. “É uma forma de complementara Lei de Execuções
Penaisdo país. Já temos regras, mas nada nos impede de complementar, de dar
clareza e preservação aos direitos dos presos, direitos das familias, direitos
dos servidores do sistema prisional e de outros profissionais. Não tem sistema
sem disciplina num ambiente que é de anormalidade – pois a privação da
liberdade é dada a quem agiu de forma anormal e não pode viver em sociedade”,
disse o governador.
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