Entre
os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o
Brasil foi o único que conseguiu subir
posições no ranking de competitividade global elaborado pelo World
Economic Forum (WEF) e divulgado hoje (5) pelo Movimento Brasil Competitivo. No
ano passado, o país ocupava o 53º lugar entre os países mais competitivos do
mundo e ocupa agora a 48ª posição.
Entre
os mercados emergentes, a República Popular da China continua a liderar o grupo
do Brics, mas caiu três posições em relação ao ano passado, passando da 26ª
para a 29ª posição. A África do Sul ocupa, atualmente, o 52º lugar, seguida
pela Índia (59º) e pela Rússia (67º).
O
líder do ranking continua sendo a Suíça, seguida por Cingapura,
Finlândia, Suécia, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Hong Kong e
Japão.
O ranking de
competitividade é elaborado a partir de pesquisas de opiniões e percepções com
14 mil empresários em 144 países no mundo. O relatório de Competitividade
Global destaca que o Brasil aparece agora entre as 50 economias mais
competitivas do ranking, e que a melhora de posição acontece "apesar do índice de inflação de quase 7%".
O
estudo afirma que o Brasil melhorou nas suas condições macroeconômicas e tira
proveito de ter o sétimo maior mercado interno do mundo. O país também é
elogiado por seu uso cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação
e no acesso a financiamentos para projetos de investimentos.
No
entanto, o Brasil ocupa posições baixas na avaliação de empresários sobre
eficiência do governo e confiança em políticos. "Apesar destes pontos fortes, o
país também enfrenta desafios importantes. A confiança em políticos é baixa
(121º no ranking específico para o tema), assim como a eficiência do governo
(111º), por causa de excesso de regulação governamental (144º) e desperdício em
gastos (135º)."
Os
esforços do Brasil para incentivar micro e pequenas empresas são reconhecidos,
mas o país ainda é visto como um dos mais difíceis para novos empreendedores,
com percepção de que os impostos são altos demais e provocam distorções na
economia.
Sobre
competitividade sustentável, "o desempenho geral relativamente bom do
Brasil mascara uma série de preocupações ambientais, como desmatamento da
Amazônia, com o país registrando um dos maiores índices de desmatamento do
mundo. E apesar de o Brasil demonstrar um desempenho geral razoável na área de
sustentabilidade social, a desigualdade enorme do país segue preocupante".
Segundo
o ranking, os países do Sul da Europa continuam a sofrer por causa da
crise econômica, entre eles, a Grécia, que ocupava o 90º lugar no ano passado e
caiu seis posições este ano. Já as economias asiáticas têm demonstrado grande
desempenho. Além de Hong Kong e Japão, Taiwan (13º) e República da Coreia (19º)
aparecem entre os 20 países mais competitivos do mundo.
Na
África Subsaariana, a África do Sul (52º) e as Ilhas Maurício (54º) apresentam
as melhores colocações, o que demonstra, segundo o ranking, que a maioria
dos países da região continua a demandar esforços para melhorar sua
competitividade. Na América Latina, o país com melhor posição é o Chile, que
aparece em 33º lugar.
O ranking do
Relatório Global de Competitividade é baseado no Índice de Competitividade
Global, desenvolvido para o Fórum Econômico Mundial, e engloba 12 categorias,
chamadas de pilares de competitividade, entre elas, instituições,
infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, capacitação
e educação superior, eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de
trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho
de mercado, sofisticação de negócios e inovação.
O
relatório completo pode ser acessado em http://www.weforum.org/gcr
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi