No sexto dia de
julgamento do mensalão, os advogados de Henrique Pizzolato, Pedro Corrêa, Pedro
Henry, João Cláudio Genu e Enivaldo Quadrado apresentaram na sessão desta
quinta-feira, 9, as suas defesas e se dedicaram novamente a desconstruir a
denúncia do Ministério Público. Diferente dos outros dias, algumas sustentações
chegaram a citar que esse julgamento deve ser técnico e que o tom dos votos dos
ministros mostrará se o foi.
Marthius Sávio
Cavalcante Lobato, advogado de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do
Banco do Brasil, argumentou que Pizzolato não tinha poder de decisão e chamou
de “ilusionismo jurídico” a denúncia do MP. “Ele coordenava um comite de
marketing, depois (a decisão) seguia para um comitê de comunicação e então ao
diretor do banco”. Ainda na sua sustentação, Lobato afirmou que os recursos da
Visanet eram privados. Joaquim Barbosa interrompeu o final da argumentação do
advogado com algumas perguntas.
Na sequência, Marcelo
Leal falou em nome do ex-deputado do PP Pedro Corrêa. A defesa começou dizendo
que não existia o mensalão e que o MP deixou de denunciar 17 pessoas. Sobre os
recursos, Leal afirmou não foram destinados para compra de parlamentares. “Foi
para campanha eleitoral de 2004 e fechado em acordo entre o PT e o PP”.
O advogado sustenta
que não houve necessidade de compra de votos, uma vez que o PP era da base do
governo desde a época do governo de FHC. “Se houve incoerência política foi do
PT. O partido não precisava de recursos para votar como sempre votou”.
José Antonio Duarte
Alvares fez a defesa de Pedro Henry e usou a argumentação de que não há
denúncia direta contra Henry. “Não houve qualquer compra de voto. Isso se
percebe pelas reformas, que só foram aprovadas porque a oposição votou com o
governo”. Para completar, a defesa sustentou que Henry não sabia de
movimentação financeira do PP.
Na segunda parte da
sessão falaram os advogados de João Claudio Ganu, ex-assessor do deputado José
Janene, e de Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval. Na defesa
de Genu, Maurício Maranhão de Oliveira sustentou que seu cliente era um “mero
assessor” e que não poderia saber sobre os recursos ilícitos já que trabalhava
na época somente há quatro meses no gabiente de Janene. Em nome de Enivaldo
Quadrado, Antonio Sérgio Pitombo fez uma sustentação cheia de termos jurídicos
para argumentar que a acusação não explicitou o crime antecedente à lavagem, o
que deixava uma lacuna para o crime de formação de quadrilha.
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