Proponho
aos amigos leitores, uma análise crítica sobre a política educacional
brasileira.
O
sistema atual que, aliás, é o de sempre, mostra-se equivocado, e o governo
apoiado por boa parte da sociedade vem adotando formas também equivocadas para
mascarar soluções.
Na
teoria o ensino de qualidade “seria” um direito de todo brasileiro e uma obrigação
do governo, porém, na prática o que tem se apresentado são remendos, onde a
culpa vai sendo retroagida de governo para governo até chegar ao império, e lá,
todos os presidentes, governadores e prefeitos do Brasil encontraram o motivo
dos baixos salários dos professores, da falta de sala de aulas, da falta de
merenda, de escolas caindo aos pedaços, de desvios de verbas e de todos os
outros motivos que culminaram por influenciar na qualidade do ensino
brasileiro. É isso mesmo amigos, não são os desvios de verbas e o péssimo
sistema político do ensino brasileiro os culpados não, a culpa é exclusivamente
do sistema escravagista, mas felizmente a solução foi encontrada, num passe de
mágica o governo, com o apoio da sociedade organizada e um toque do “casseta e
planeta” criou as cotas raciais e nossos problemas acabaram. Agora não faltam
mais salas de aulas nem merenda, todo brasileiro tem acesso a um ensino de
qualidade e principalmente, nossos professores estão recebendo salários dignos.
Enquanto
todas unidades federativas alcançaram as metas do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) para 2011 em relação aos anos iniciais do ensino
fundamental, os objetivos para as séries finais ainda são um desafio em sete
estados. Dados divulgados hoje (14) pelo Ministério da Educação mostram que as
notas de Rondônia, Roraima, do Pará, Amapá, de Sergipe, do Espírito Santo e do
Rio Grande do Sul avançaram desde 2005, porém em ritmo mais lento que a maioria
dos avaliados.
Na
Região Norte, na avaliação dos anos finais, quatro dos seis estados não
atingiram a meta estabelecida. O maior distanciamento ocorreu no Amapá, com
nota 3,7 no Ideb 2011, enquanto o índice pretendido era 4, em uma escala de 0 a
10. Na média geral, a região obteve 3,8, resultado 0,2 ponto acima da meta, que
era 3,6.
No
Nordeste, somente o estado de Sergipe (3,3) não atingiu a sua meta, 3,5 pontos.
No Sudeste, isso ocorreu também com o Espírito Santo, que registrou índice 4,2,
abaixo da meta de 4,3.
O Rio
Grande do Sul (4,1), por sua vez, ficou 0,2 ponto abaixo da nota pretendida
(4,3). Todas as regiões brasileiras, no entanto, atingiram ou superaram suas
metas.
Para
o professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São
Paulo (USP), o alto percentual de abandono e reprovação nas séries finais pode
explicar o baixo desempenho nesse nível escolar. “A perda média de alunos é 17%
nos anos finais do ensino fundamental, isso faz com que o Ideb não cresça
sempre. Essa perda está diminuindo ao longo dos anos, mas aqui [anos finais] me
parece um problema até mais acentuado do que a não aprendizagem”, avalia.
Entre
as razões que podem explicar o alto número de evasão nessa etapa da vida
escolar, o professor aponta o histórico de reprovação dos alunos, fazendo com
os adolescentes fiquem fora da faixa etária para a turma, a pressão familiar e
social para inserção dos jovens no mercado de trabalho, assim como o
descontentamento do próprio estudante com a escola. “Não há paralelo no mundo de
uma situação com tantas perdas na escolarização básica”, diz.
Alavarse
critica a cultura da reprovação no sistema de ensino brasileiro. “É como se a
escola fosse uma máquina para selecionar, para sancionar quem são os bons.
Reverter isso não é tarefa simples, mas tem que ser equacionada”, aponta.
A
diretora executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, avalia que
há distorções nos investimentos voltados para essa etapa da educação básica. “O
ensino fundamental 2 [anos finais] é o nó invisível. Ninguém enxerga essa etapa
e é onde a velocidade do avanço começa a diminuir, é quando começa a haver
problemas no fluxo. [Esse nível escolar] tem muito menos espaço nas políticas.
As atenções estão voltadas para seus dois irmãos – o mais velho [ensino médio]
e o mais novo [anos iniciais do ensino fundamental]", critica.
Ela
acredita que os investimentos feitos nas séries iniciais não repercutem de
forma intensa na fase final do ensino fundamental. “O ganho que temos visto no
ensino fundamental 1 [anos iniciais], o fundamental 2 [anos finais] não
consegue acrescentar muita coisa”, avalia.
O
professor da USP Ocimar Alavarse, por sua vez, aposta que esse processo poderá
ser revertido nas próximas avaliações. “As turmas de 8ª série [9º ano, conforme
classificação atual] vão ter um avanço importante, porque vão acolher os alunos
que tiveram crescimento mais significativo na 4ª série [ou 5º ano]”, estima.
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Dag Vulpi