O
processo do mensalão tem um viés político, disse hoje (15) o advogado Antonio
Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Zilmar Fernandes, sócia do
publicitário Duda Mendonça.
Ele
aproveitou o início da sustentação oral para criticar o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel. Para Kakay, Gurgel tem posição privilegiada no
plenário do STF, o que não poderia acontecer. "Outro dia um cliente meu
viu o senhor entrar e apavorou-se: 'Mas ele vota'? E tive que explicar".
Na
defesa de Zilmar, Kakay deve alegar que o dinheiro recebido diz respeito a um
serviço de propaganda lícito prestado ao PT e que não sabia da existência de
organização criminosa para viabilizar o pagamento. Ele também deve argumentar
que não houve crime de evasão de divisas porque as transferências seguiram as
normas permitidas pelo Banco Central à época.
Zilmar
é acusada de articular pessoalmente o recebimento da dívida de campanha das
eleições de 2002 por meio do esquema criminoso montado por Marcos Valério, com
saques em espécie no Brasil e movimentação no exterior para receber a outra
parte da dívida. Ela responde pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de
dinheiro.
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Dag Vulpi