Apesar de já terem enfrentado problemas com a telefonia celular, usuários paulistas têm opiniões divergentes sobre a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de suspender temporariamente, a partir de segunda-feira (23), a venda de novas linhas pelas operadoras TIM, Oi e Claro. Em São Paulo, a punição recaiu sobre a Claro, considerada a pior operadora do estado. No entanto, as queixas foram tanto contra esta empresa quanto em relação às demais.
O motorista Cícero de Souza, que comprou um chip da Claro há três anos, época em que, segundo ele, a operadora funcionava perfeitamente, disse que, há algum tempo, o sinal da operadora começou a piorar muito de qualidade no Parque da Esperança, onde mora. Por isso, ele decidiu trocar de operadora.
A vendedora ambulante Irene Araújo Oliveira, que tem um celular da TIM, diz que, em Osasco, onde mora, o sinal desta operadora é nulo. “Dentro da casa, não pega. Eu tenho que subir na laje para funcionar."
O contabilista Felipe Gariba tem um filho que viaja frequentemente pelo Brasil. Ele lembra que, em algumas ocasiões, o sinal do celular que usa (TIM) impedia a comunicação entre eles. “Meu filho estava em Porto Alegre e tentamos conversar. A ligação caía toda hora, demorou umas quatro vezes para eu conseguir falar com ele.”
Para o contabilista, porém, a mera suspensão das vendas não resolverá o problema. “Ela [Anatel] deveria autuar as operadoras e obrigá-las a fazer funcionar o celular no Brasil. Se ela [Anatel] concedeu a licença para elas [empresas] funcionarem, teria que fiscalizar com mais rigor”, afirmou.
Um vendedor ambulante, que não quis se identificar e comercializa chips das três operadoras, no bairro da Lapa, disse que não houve mudança nas vendas depois que saiu a notícia sobre a decisão da Anatel. "As vendas permanecem as mesmas."
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Dag Vulpi