Dezenas de pessoas, movimentos sociais e partidos políticos fizeram hoje (22) na Praça Nicolau Moraes Barros, conhecida pela comunidade como Praça dos Paraguaios, na zona oeste da capital, um ato contra o impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que ontem (21) completou um mês.
“Queremos a volta da democracia. Chegamos à conclusão que temos de lutar pela volta do [presidente Fernando] Lugo”, disse Porfilio Leonor Ramirez, paraguaio e membro da Associação Japayke (despertar, na língua guarani), e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela Paz.
Ramirez criticou a forma como o ex-presidente foi destituído e também o regime de governo do Paraguai. “A democracia no Paraguai só funciona para o lado de quem tem dinheiro. Pessoa que não tem dinheiro não tem direitos no Paraguai”, acrescentou.
Igor Felippe Santos, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que o ocorreu no Paraguai foi um golpe de Estado. “E os responsáveis pelo golpe de estado tem nome: é o latifúndio, é o imperialismo, e são os partidos de direita corruptos, que dominam há anos e anos a política do Paraguai”, disse.
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