quarta-feira, 30 de maio de 2012

BALANCE CAPIXABA 30/05/2012

BALANCE CAPIXABA 30/05/2012

PH não gosta de Brasília: Trajetória política de Hartung registra duas renúncias


O anúncio do ex-governador do ES, Paulo Hartung (PMDB), de que não será candidato a prefeito de Vitória surpreendeu alguns aliados, mas não comoveu outros. 


Essa não foi a primeira vez que o ex-governador desistiu de um projeto político. Por duas vezes ele pediu o voto ao eleitor, foi eleito, mas abandonou os cargos no meio do mandato. 
A primeira vez foi em 1990, quando foi eleito deputado federal e renunciou ao cargo para se eleger prefeito de Vitória. 
A atitude de Hartung se repetiu em 1998, quando, aos 41 anos, foi eleito para ocupar uma cadeira no Senado e mais uma vez abandonou o mandato pela metade para se candidatar a governador. 
Deixou em sua vaga suplentes, sem voto, como o ex-prefeito João Batista Motta, que não fez absolutamente nada pelo ES, que durante quatro anos contou com apenas dois senadores. 
Hartung também gosta de mudar de partido. Foi do PC do B, MDB, PMDB, PSB, PPS, PSDB, e voltou para o PMDB. 
Outro caso que chama a atenção no currículo do ex-governador aconteceu em 2010, quando desistiu de concorrer ao Senado, embora as pesquisas lhe dessem a Vitória. 
Até hoje Hartung não explicou as razões da renúncia. Adversários políticos atribuem à "interesses inconfessáveis". 
Hartung enfrenta atualmente denúncias feitas pelo TJES que ligam seu nome a supostas irregularidades em operação de compra de terrenos e incentivos fiscais dados à empresas, como a Ferrous para ela se instalar em Presidente Kennedy. 

O relatório do desembargador Pedro Feu Rosa cita o ex-secretário de Estado da Fazenda José Teófilo, sócio de Hartung numa empresa de consultoria, que ambos montaram após deixarem o governo. 


Veja a trajetória de Paulo Hartung: 

1982 - DEPUTADO ESTADUAL - Aos 25 anos, foi eleito como deputado estadual, sendo o mais novo na Assembleia. Em 1986 foi reeleito para mais quatro anos de mandato no Legislativo. 
1990- BRASÍLIA - Foi eleito como deputado federal, e abandonou o mandato pela metade para se eleger prefeito. 

1992 – PREFEITO - Lançou-se candidato a prefeito de Vitória, sendo eleito para o cargo ainda pelo PSDB. Após quatro anos, passou o cargo para seu sucessor eleito, Luiz Paulo Vellozo Lucas. 

1998 – SENADOR - Aos 41 anos, foi eleito para ocupar uma cadeira do Estado no Senado da República. MaIS UMA VEZ abandonou o mandato pela metade para se candidatar a governador. 

2002 – GOVERNO - Pelo PSB, foi eleito governador em 2002 para seu primeiro mandato à frente do governo do Estado. Em 2006 foi reeleito para mais quatro anos no cargo, agora pelo PMDB. 


RENÚNCIA - Em 2010 desistiu de concorrer ao Senado, embora as pesquisas lhe dessem Vitória. Até hoje não explicou as razões da renúncia. 

Adversários políticos atribuem à "interesses inconfessáveis". 

DENÚNCIA - Em 2012 foi denunciado em relatório do Tribunal de Justiça do ES do desembargador Pedro Valls Feu Rosa aponta supostas irregularidades em operação de compra de terrenos e incentivos fiscais dados à empresa Ferrous para ela se instalar em Presidente Kennedy. A decisão cita o ex-secretário de Estado da Fazenda José Teófilo, sócio de Hartung numa empresa de consultoria, que ambos montaram após deixarem o governo. 
PPS também quer se aliar ao PMDB em Vitória e lembra rejeição tucana 
O presidente do PPS de Vitória, vereador Fabrício Gandini (foto), ligou de Vitória para informar que seu partido também quer o PMDB no palanque do candidato do partido à prefeito, o deputado estadual Luciano Rezende. 

"Nós já estamos conversando com o PMDB, mas ao contrário do PSDB, começamos pelas bases. O PSDB começou por cima", observou o vereador na entrevista para a Agência Congresso. 

Gandini disse que na recente pesquisa Enquete, Luiz Paulo tinha uma rejeição de cercade 12%, enquanto Luciano Rezende tinha cerca de 4%, menos, inclusive, do que a de Paulo Hartung. 

"Já falamos com o vereador Zito, e com outras lideranças municipais. Luciano já conversou com o deputado estadual Sérgio Borges (PMDB), e está tentando marcar reunião com a deputada Rose de Freitas. É preciso lembrar que Luiz Paulo não está à frente nas pesquisas. Existe um empate técnico, com Rezende tendo a menor rejeição", explicou o presidente do PPS. Via www.agenciacongresso.com.br
Aprovado projeto que institui política de agrotóxico natural 
BRASÍLIA - Foi aprovado por unanimidade, nesta terça-feira (29/5), na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), o projeto da senadora Ana Rita (PLS 679/2011) que institui a Política Nacional de Apoio ao Agrotóxico Natural. 

A proposta - que acrescenta artigo à Lei 7.802, de 11 de julho de 1989 - pretende estimular a pesquisa, a produção e o uso de agrotóxicos não sintéticos de origem natural e oferecer ao produtor rural, novas tecnologias de baixo custo e de fácil manuseio. 

“O agrotóxico não sintético de origem natural apresenta como características básicas a baixa agressividade à natureza. É pouco ou não tóxico ao homem, garante eficiência no combate a insetos, plantas infestantes e micro-organismos nocivos às culturas. O defensivo natural não favorece a ocorrência de formas de resistências de pragas e microrganismos e ainda tem custo reduzido para aquisição e emprego”, disse a autora. 

Ana Rita afirma que os agrotóxicos naturais, também conhecidos como defensivos alternativos ou biopesticidas, já existem no meio ambiente e são altamente específicos. 
Podem ser usados para melhorar o transporte e a vida útil dos produtos agrícolas e, por não deixarem resíduos, abrem as portas para a exportação. 
Os defensivos naturais, combinados com os defensivos sintéticos, têm apresentado eficiência significativa na lavoura, aumentando a produtividade e a lucratividade.

O relator, senador Aníbal Diniz, emitiu parecer favorável e justificou: “Entende-se o Projeto de Lei muito oportuno. Há anos a comunidade científica brasileira, inclusive com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), vem discutindo a importância das pesquisas e da utilização de agrotóxicos agrícolas naturais. O Brasil, como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, tem o grande desafio de promover maior sustentabilidade dessa produção, tanto pelos benefícios ao meio ambiente quanto pela segurança alimentar da população e dos mercados externos aos quais se destinam os produtos agropecuários.” 

Segundo a senadora esta foi uma demanda dos agricultores familiares. “É uma forma de instituir uma padronização na política do agrotóxico no Brasil, garantindo o desenvolvimento de novas tecnologias para produção da agricultura brasileira. Fico muito feliz que vencemos esta primeira batalha. Temos mais comissões pela frente, mas tenho certeza que os senadores serão sensíveis a esta causa”, disse. 
O projeto prevê estímulo ao financiamento para pesquisa pelos órgãos governamentais, por meio de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Fundo Nacional de Meio Ambiente. 

O projeto ainda passará pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e é terminativo na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Caso seja aprovado em ambas as comissões, segue para a análise da Câmara dos Deputados. 
Com informações da assessoria da senadora Ana Rita 
PMDB de Vitória está mais próximo de fechar aliança com Luiz Paulo 
Após o anúncio do ex-governador Paulo Hartung, de que não irá concorrer à prefeitura de Vitória nas eleições deste ano, o PMDB passou a ser a noiva do processo sucessório na capital, e só ontem recebeu duas propostas de união, do PSDB e do PPS, que tem como pré-candidatos à PMV o ex-prefeito Luiz Paulo Velozzo Lucas, e deputado estadual Luciano Rezende. 

Os tucanos foram mais explícitos e ontem mesmo se reuniram com os deputados Lelo Coimbra, pré candidato e presidente da sigla no estado, e deputada Rose de Freitas, em Brasília. Tiveram as primeiras conversas visando formar uma coligação, mas condicionaram qualquer decisão a reuniões que serão realizadas no estado neste fim de semana. 
O PPS também procurou o PMDB mas não as bases; prefere acerto de bastidor com Hartung. 


A possibilidade do deputado Lelo Coimbra compor a chapa como candidato a vice, ou o PMDB indicar outro nome para a chapa encabeçada por Luiz Paulo, chegou a ser discutida na reunião de ontem, segundo um parlamentar presente ao encontro. 
"Seria deselegante falar isso logo na primeira reunião. Mas Luiz Paulo lidera as pesquisa", lembrou o deputado. 

O cerco ao PMDB se explica por ser a maior legenda do estado, com maior tempo de TV, e ter em seus quatro o ex-governador Hartung. 

PSDB TEM PMDB COMO ALIADO PREFERENCIAL 
O Presidente regional do PSDB, deputado César Colnago, disse que o partido vai procurar todas as legendas do ES - menos PT e PPS - para fortalecer a candidatura do ex-deputado Luiz Paulo. 
Colnago acredita que devido a proximidade com os tucanos, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) deverá subir no palanque do PSDB: 

"Temos identidade com o ex-governador", afirmou Colnago, que foi secretário de Agricultura do ex-governador. 
O dirigente tucano disse ainda que vai procurar todas as siglas locais, como PMDB, PSB, PDT, para tentar um consenso. Mas não vai procurar PT e PPS, pois ambos têm candidatos a prefeito definidos. 

"Nossa postura será de respeito às siglas que têm candidatos. E esperamos que o PMDB decida logo o que vai fazer", afirmou. 

LELO DIZ QUE ELEIÇÃO NA CAPITAL SERÁ DE DOIS TURNOS 
Bola na vez no processo sucessório, o PMDB passou a ser cooptado logo após o ex-governador Hartung anunciar que não será mais candidato. 
Pré-candidato do partido, o deputado Lelo Coimbra (PMDB), manteve seu nome ontem em Brasilia, após conversar com tucanos capixabas. 

"Nossa convenção será de 10 a 30 de junho. Até lá teremos tempo para conversar. Meu nome está mantido mas vamos procurar todas as legendas para conversar, o governador Casagrande, lideranças e parlamentares. Mas essa é uma eleição de dois turnos", afirmou. 
O deputado, que também é presidente regional do PMDB, disse que ninguém sabia da decisão de Hartung, nem mesmo ele, que é próximo do governador. 

Lelo fez essa afirmação para explicar porque o presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp, não foi comunicado. Foto: M.Rosetti | www.agenciacongresso.com.br
"Candidatura de Hartung era o melhor para Vitória", diz Ferraço

 O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), lamentou o anúncio do ex-governador Paulo Hartung, de que não vai concorrer à prefeitura de Vitória. 

Ferraço diz que respeita a decisão de Hartung, mas afirma que desejava para o partido e para a capital capixaba a candidatura do ex-governador. 
"Paulo Hartung teve um papel fundamental para a reconstrução do nosso estado. Embora eu desejasse a sua candidatura, respeito sua decisão, que foi construída com muita reflexão", disse o senador. 

Ferraço diz que a saída de Hartung do cenário das eleições municipais não muda sua decisão de não concorrer à capital capixaba. 
Ferraço já havia sido cogitado pelo presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), como possível candidato do partido. Mas o capixaba afirma que não pretende abrir mão do seu mandato de senador. 

De acordo com Ferraço, o partido ainda não tem uma definição a respeito das alianças que fará e do candidato que irá apoiar com a saída de Hartung. 
"Temos agora um fato consumado, faremos agora uma reflexão partidária e com o governador Renato Casagrande. Essa decisão será tomada com muito diálogo, do que será melhor para Vitória", disse o senador. www.agenciacongresso.com.br
Hércules Silveira reafirma pré-candidatura e PMDB marca convenção em Vila Velha 
O deputado estadual Hércules Silveira (PMDB) reafirmou sua disposição em disputar a prefeitura de Vila Velha na eleição deste ano. A declaração foi feita durante a reunião do diretório municipal de Vila Velha, nessa terça-feira (29). Participaram também da reunião o vereador Andinho, o presidente do diretório de Vila Velha, Antônio Caldas Brito, e o ex-prefeito de Conceição da Barra, Chico Donato, secretário-geral do PMDB Estadual. 

Hércules vem travando uma batalha com a municipal para garantir sua participação no pleito. Com um capital político elevado, o parlamentar é considerado um dos nomes mais competitivos, capaz de desequilibrar a polarização que se desenha no município entre o prefeito Neucimar Fraga (PR) e o ex-prefeito Max Filho (PSDB).

Na reunião dessa terça, ficou decidido que a definição sobre o papel do PMDB de Vila Velha na eleição deste ano vai passar pela orientação da Estadual, que por sua vez, apoia a candidatura de Hércules no município. “Doutor Hércules é o pré-candidato escolhido pela Executiva Estadual do partido. Em todas as nossas reuniões isso é colocado como certo”, afirmou Donato no encontro.
O deputado, porém, prescinde de apoios para erguer seu palanque. Hércules quer que o partido atraia o PSB do governador Renato Casagrande, assim como o PT, do vereador João Batista Babá, que já colocou sua candidatura.

Ainda na reunião ficou definida a data da convenção municipal do partido, que será no próximo dia 24 de junho. Até lá, o partido deverá aparar arestas internas e definir se manterá a candidatura própria ou se juntar ao palanque do prefeito Neucimar Fraga. Se for essa a decisão, Hércules já avisou que ficará fora do pleito, já que se recusa a apoiar tanto Neucimar quanto Max Filho. 
Além da definição da majoritária, o partido também tem que correr contra o tempo para organizar sua chapa de proporcional. A reunião dessa terça foi marcada justamente porque os pré-candidatos a vereador do partido estão se sentido prejudicados diante da indefinição do partido em relação à eleição. 

Só para se ter ideia, apenas uma mulher assinou o livro de pré-candidaturas. O partido precisa organizar sua chapa para conseguir um posicionamento que garanta o aumento da representação na Câmara, hoje restrita ao vereador Andinho.
Após desistência da disputa, Hartung deixa o Estado e se afasta de aliados 
Após anunciar que não disputaria a eleição para a prefeitura de Vitória, o ex-governador Paulo Hartung partiu em viagem para o Rio de Janeiro. Fora do Estado, ele reforça a ideia de que não vai mesmo participar da eleição como apoiador de um de seus aliados na disputa. 

Nem mesmo o seu partido, o PMDB parece contar com a participação do ex-governador na eleição, tocando, sem Hartung, as conversas e buscando um reposicionamento no cenário eleitoral de Vitória. 
Aliás, não foi só o PMDB capixaba que foi surpreendido com a decisão do ex-governador, depois de tanto suspense o vice-presidente da República, Michel Temer, que está licenciado da presidência nacional do PMDB, mas continua acompanhando os movimentos do partido, também foi pego de surpresa. Ele já ensaiava desembarcar em Vitória para apoiar o anúncio da candidatura de Hartung. 

Em novembro do ano passado Temer veio ao Estado para um encontro do partido em Vitória. Esperava sair daqui com a definição da candidatura peemedebista na Capital, capitaneada pelo ex-governador do Estado, mas isso não aconteceu. Na ocasião, os aliados de Hartung tentaram colocar na conta de Temer um pedido para que o ex-governador disputasse a eleição, mas tiveram que desmentir o fato. Na verdade, o vice-presidente esperava que o ex-governador se apresentasse. 
Outro que foi pego de calças curtas com o anúncio intempestivo do ex-governador, foi o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Ele demonstrou irritação quando questionado por um repórter sobre a decisão de Hartung de não concorre à prefeitura de Vitória. Raupp preferiu não comentar a decisão, dando a entender que não foi previamente comunicado por Hartung. 

Fora da disputa, alguns de seus aliados esperavam que Hartung se posicionasse a favor de um palanque em Vitória, o que, pelo perfil do ex-governador, não deve acontecer. Assim como fez em eleições anteriores, Hartung deve se manter neutro na disputa para evitar desgastes. 
Ao aderir a um palanque, o ex-governador ficaria exposto a ataques ao seu governo, sobretudo, com a iminência de apurações de irregularidades em incentivos fiscais a grandes empresas, que tomaram conta de sua passagem pelo Palácio Anchieta. Por isso, a expectativa é de que Hartung fique distante do pleito. 

Para os meios políticos, o momento pelo qual passa o ex-governador, com denúncias de irregularidades e queda do prestígio político, não seria interessante para um candidato a prefeito da Capital. Ao posar ao lado de Hartung, o candidato pode sair chamuscado pelas críticas e também sofrer o desgaste político que cerca o ex-governador.

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