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O REFÚGIO SECRETO
Esta é a história emocionante de uma mulher que enfrentou os horrores da perseguição nazista aos judeus, sem perder a fé e a esperança.
A história da humanidade tem algumas páginas manchadas de sangue que a maioria das pessoas prefere esquecer. Mas justo dessas páginas despontam certas pessoas que precisam ser lembradas e conhecidas por todos.
Corrie ten Boom é uma delas.
Vivendo na Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial, Corrie livrou vários judeus da perseguição nazista e da morte, escondendo-os em um quarto secreto na casa de sua família. Mas pagou um preço altíssimo por isso, Foi presa junto com sua irmã e
seu pai, e sofreu todo tipo de dor, injustiça e humilhação.
Você vai se emocionar intensamente com a vida de Corrie ten Boom: as lembranças da infância, a vida pacata no interior da Holanda, seu trabalho na relojoaria do pai, suas atividades no movimento de resistência holandesa quando o país foi ocupado pelo exército alemão. Vai viver juntamente com ela o medo de que a qualquer momento a polícia descobrisse os judeus em sua casa, os horrores dos campos de concentração, a perda de parentes e amigos queridos.
Mas uma coisa: Corrie não perdeu sua fé em Deus e a certeza de que, apesar de tudo, seu Pai Celestial estava no controle de sua vida e da história.
Você será profundamente tocado com o exemplo dessa mulher que mostrou que podemos enfrentar as piores situações quando temos em Deus o nosso refugio secreto.
Prefácio
Durante todo o tempo em que fizemos nosso trabalho de pesquisa para o livro O Contrabandista de Deus, um nome despontou várias vezes: Corrie ten Boom. Essa extraordinária mulher - que estava com seus setenta e cinco anos quando dela ouvimos pela primeira vez - era o melhor "companheiro de viagem" do Irmão
André. As histórias fascinantes que este nos contou a seu respeito, no Oriente - onde era conhecida pelo honroso nome de "Velha vovó" - e em outras partes do mundo, vinham à tona com tanta freqüência, que afinal erguemos os braços pedindo-lhe que cessasse com aquela torrente de recordações.
"Ela não vai poder figurar neste livro", dissemos. "Ela sozinha é um livro!"
São estas coisas que a gente diz sem querer insinuar nada.
Em maio de 1968, estávamos na Alemanha, e fomos assistir
ao culto em uma certa igreja. Um senhor estava narrando os horrores que sofrera em um campo de concentração nazista. Sua expressão facial era ainda mais eloqüente que suas palavras; os olhos guardavam a lembrança da dor; suas mãos tremiam - mãos que não conseguiam esquecer... Sucedeu-o no púlpito uma mulher de
cabelos brancos, grande e forte, usando sapatos grossos, cujo rosto, em contraste, irradiava alegria, paz e amor. Ela relatava os mesmos fatos. Também ela estivera em um campo de concentração, presenciara as mesmas cenas brutais, sofrera as mesmas perdas.
Enquanto os sentimentos dele eram perfeitamente compreensíveis, os dela davam o que pensar.
Encerrado o culto, deixamo-nos ficar para falar com ela.
Assim que principiamos a conversa, percebemos logo que se tratava da Corrie ten Boom de que André nos falara.
O maravilhoso ministério de consolação e aconselhamento de Corrie ten Boom se iniciara no campo de concentração, onde ela encontrou um "esconderijo contra o vento... refúgio contra a tempestade... sombra de grande rocha em terra sedenta". Ali
também aprendera a verdade de que, quando o pior acontece, o melhor ainda está para vir.
Em palestras posteriores, chegamos a conhecer bem esta admirável mulher. Com ela visitamos a casa estreita, tipicamente holandesa - apenas um cômodo na largura - onde, até os cinqüenta anos, ela levara uma vida pacata de uma solteirona, consertando relógios e cuidando da irmã mais velha e do pai idoso, sem nem ao
menos sonhar que um mundo de aventuras e desventuras estava lhe batendo à porta. Visitamos aquela casa do sul da Holanda, em cujo jardim a jovem Corrie entregou a Karel o coração, e também a espaçosa mansão de Haarlem, onde, em plena guerra, Pickwick serviu café de verdade aos amigos.
E em meio a tudo isso, tivemos a forte impressão de que não olhávamos para o passado, e, sim, para o futuro. Era como se aqueles lugares e aquelas pessoas estivessem nos falando, não sobre fatos já acontecidos, mas sobre o mundo que nos aguardava, na década de 70. Já nos descobrimos, algumas vezes, pondo em prática os segredos espirituais que com ela aprendemos a respeito de:
• como suportar uma separação;
• como contentar-se com pouco;
• como sentir-se seguro em meio à insegurança;
• como ter forças para perdoar;
• como Deus usa as fraquezas;
• como lidar com pessoas problemáticas;
• como encarar a morte;
• como amar os inimigos;
• o que fazer quando o mal é vitorioso.
Mencionamos para ela o fato de que tudo que nos contava era muito prático, e que essas lembranças do passado estavam lançando luz sobre alguns dos nossos problemas atuais.
"Mas é para isso que o passado serve", respondeu. "Cada experiência que Deus nos concede, cada pessoa que passa pela nossa vida, faz parte de nossa preparação para um futuro que somente ele vê."
Cada experiência, cada pessoa... o pai, que era o melhor relojoeiro da Holanda, mas que sempre se esquecia de mandar a conta dos consertos. A mãe, cujo corpo tornara-se uma prisão, mas cujo espírito vagueava livremente. Betsie, que com três batatas e um bocadinho de folhas de chá já usadas, sabia organizar uma festinha.
Ao fitar os olhos brilhantes daquela mulher forte, quase desejamos que essas pessoas tivessem feito parte de nossa vida também.
Depois, naturalmente, vimos que elas fizeram...
- John e Elizabeth Sherrill
Três Maneiras de Aplicar a Mensagem Deste Livro à Sua Vida
O segredo da vitória de Corrie ten Boom não está no fato de que tenha sido uma pessoa excepcional, pois, ela própria dizia ser uma pessoa "muito fraca e bem comum". As verdades que ela descobriu podem ser aplicadas à vida de qualquer um de nós. O processo de aplicação destas verdades é muito simples: basta substituir os detalhes da história dela pelas situações particulares de cada um, sejam problemas de família, de emprego, ou outros obstáculos e oportunidades que Deus nos permitir enfrentar.
Eis alguns exemplos de como isto pode ser feito:
1. Deus controla tudo, até mesmo as ocorrências que nos parecem cruéis ou sem objetivo. Escreva abaixo os seus problemas "mais difíceis".
Talvez você se pergunte por que as crianças têm que sofrer com a guerra, ou como um Deus amoroso pode permitir a violência de um furacão. Escreva todas as suas dúvidas pessoais, tais como: doenças na família, um acidente de carro, uma falência comercial, etc.
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Agora, tome-as uma a uma e transfira o fardo para Deus.
"Senhor, eu não sei qual é a solução para estas coisas, mas não quero crer que não haja solução para elas. Tu sabes por que elas ocorrem, Senhor, e quando eu estiver forte bastante - e for sábio, e tiver amor - tu me mostrarás."
Nas linhas abaixo, registre o seguinte: (1) respostas parciais ou totais, às perguntas acima (colocando a data de cada uma); (2) o aumento de liberdade, força e energia conseguido ao se enfrentar os outros problemas.
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2. Deus dá graça para as necessidades presentes; juntamente com tristezas e dificuldades, ele dá forças. Como fez o pai de Corrie naquela viagem para Amsterdam, Deus só nos entrega a passagem no momento de subirmos ao trem.
Escreva abaixo, dez causas atuais de ansiedade (sono perdido? preocupações?)
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Agora, releia a lista tendo em mente a seguinte pergunta:
quantas dessas situações realmente pertencem ao dia de hoje? Em quantas delas estou tentando passar à frente de Deus?
3. Deus quer que demos graças em todas as circunstâncias.
Nosso louvor e gratidão a Deus abrem, de maneira misteriosa e estranha, o caminho para que ele nos abençoe como deseja. Nas linhas abaixo, escreva cinco fatos pelos quais você está grato a Deus.
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Faça pausas durante o decorrer do dia para agradecer a Deus por estas bênçãos, e verá que seu próprio senso de justiça e amor aos outros - e principalmente do amor de Deus – se desenvolvem gradualmente.
Nestas linhas, escreva cinco situações atuais pelas quais você não está absolutamente grato.
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Agora, discipline-se e dê graças a Deus por estas coisas também e veja como ele toma esta sua nova atitude diante destes fatos, para mudá-los completamente.
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Abração
Dag Vulpi