Apesar de chamar a denúncia de factóide e ofender a Oposição, Aécio não dá respostas concretas às denúncias e não explica o repasse de verbas à sua rádio. Como explicar a aquisição de um Land Rover e pelo menos outros cinco carros de luxo da rádio?
Inquérito é “factoide”, diz PSDBEm nota institucional divulgada ontem em seu site, o PSDB mineiro chamou de “velho factoide da oposição” o inquérito aberto nesta semana pelo Ministério Público (MP) de Minas Gerais para investigar repasses do governo estadual à rádio Arco-Íris, ligada ao senador Aécio Neves e a sua irmã Andrea Neves, entre 2003 e 2010, período no qual o tucano foi governador. “O Ministério Público já investigou o assunto e, comprovada a regularidade de todos os procedimentos, arquivou a denúncia em julho de 2011″, destaca a nota.
No comunicado, os tucanos acusam o deputado estadual Rogério Correia (PT), autor da representação de “tentar confundir a cena política mineira”, em referência às denúncias de falsificação da chamada “Lista de Furnas” nas quais o petista está envolvido.
Já petista alega que entrou com nova representação por discordar do argumento utilizado pelo procurador geral, Alceu Marques, no despacho que arquivou a investigação em 2011.
No pedido, o deputado ressalta que o decreto que criou o Grupo Técnico de Comunicação Social, presidido por Andrea, determina como atribuições do órgão “coordenar e acompanhar a alocação de recursos financeiros”. O trecho, segundo ele, extrapola o caráter consultivo do conselho.
A assessoria do senador disse que, de 2003 a 2010, a rádio recebeu “o mesmo número de inserções comerciais realizadas nas mais de 300 emissoras do Estado” e destacou o “caráter político da iniciativa” de Correia. Em nota, o governo alegou que Minas é um dos Estados que menos gasta em publicidade. (Cristiano Martins).
O Jornal O TEMPO publicou também a matéria em que assessores de Aécio estão ganhando cerca de 46 % mais do que recebem no Senado, pagos por estatais mineiras, outro factóide?
“Jeton”
Assessores de Aécio recebem também de estatais mineiras
Três funcionários integram conselhos da Copasa, da Cohab e da Codemig
FOTO: WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO – 29.2.2012
Histórico. Segundo jornal, Aécio nomeou assessores para conselhos quando ainda era governador
BRASÍLIA. Assessores do gabinete do senador e ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) recebem rendimentos extras por meio de cargos que ocupam em conselhos de estatais mineiras. Segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, três servidores do tucano são beneficiados pela dupla função. Além do salário do Senado, eles são pagos pelas empresas ligadas ao governo de Minas, aumentando, assim, seus rendimentos em até 46%. Nas estatais, os conselheiros são exigidos a ir a no máximo a uma reunião por mês.
Segundo a reportagem, o administrador Flávio José Barbosa de Alencastro recebe R$ 16.337 como assessor técnico de Aécio. No conselho de administração da Copasa, ele tem direito a até R$ 5.852 por mês. Alencastro foi eleito para o grupo em 15 de abril de 2011, menos de um mês após a nomeação no Senado.
Também assessora do ex-governador, com salário de R$ 16.337, a jornalista Maria Heloísa Cardoso Neves recebe R$ 5.000 por mês da Companhia de Desenvolvimento Econômico de MG (Codemig) para participar, obrigatoriamente, de três reuniões anuais do conselho de administração e outras extraordinárias. No ano passado, foram três. Heloísa foi indicada para o colegiado em 2004, pelo então governador, e admitida pelo Senado em 2011. A atribuição de Heloísa é, conforme informou, cuidar de estratégias de comunicação e projetos ligados à área.
Já Maria Aparecida Moreira, segundo o jornal, trabalha como atendente no escritório político do tucano na capital, com salário de R$ 3.202 pago pelo Senado. A Companhia de Habitação de Minas (Cohab-MG) garante a ela outros R$ 1.500 mensais por integrar seu conselho de administração. Segundo o órgão, os integrantes participam de “até uma reunião ordinária mensal”. A assessora está no conselho desde 2003 e no Senado desde agosto.
Resposta. Questionadas pelo “Estado de S.Paulo”, Heloísa Neves e Maria Aparecida disseram que não há irregularidade e que a documentação referente aos conselhos foi entregue ao Senado, sem objeções. Flávio Alencastro não se pronunciou, assim como a Casa.
Posicionamento
Assessoria. Aécio disse que não há vedação legal entre as funções, que a acumulação indevida, prevista na Constituição, não se aplica aos casos e que os assessores cumprem carga regular no Senado.
Fonte: Jornal O TEMPO
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