Para entender a taxa básica de juros, é preciso primeiro saber o que é o juro. O dicionário Houaiss o define como "quantia que remunera um credor pelo uso de seu dinheiro por parte de um devedor durante um período determinado, ger. uma percentagem sobre o que foi emprestado; soma cobrada de outrem, pelo seu uso, por quem empresta o dinheiro". Em linguagem mais simples, Carlos Antonio Luque, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), dá um exemplo de como isso funciona: "Se eu tiver à disposição uma maçã e se alguém quiser tomá-la emprestada, eu vou exigir que, no futuro, essa pessoa me devolva a maçã e mais um pedaço. Esse pedaço extra é o que representa os juros".
No Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras atividades como educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses títulos aplica seu dinheiro para, em troca, receber uma contrapartida: os juros. Mas quem define isso? "O Banco Central, que administra os leilões de títulos do governo, define uma remuneração sobre eles, que é a taxa básica de juros", explica o professor. Dentro desse órgão, existe outro chamado Comitê de Política Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e sua função é, como diz o próprio nome, definir as diretrizes da política monetária do país e a taxa básica de juros. Periodicamente, o Copom divulga a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a média de juros que o governo brasileiro paga pelos empréstimos tomados de bancos. É a Selic que define a taxa básica de juros no Brasil, pois é com base nela que os bancos realizam suas operações, influenciando as taxas de juros de toda a economia.
Aumentar ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à economia de um país. "Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, ele está nos dando a seguinte orientação: 'Não consumam hoje os bens, peguem seu dinheiro e apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês poderão consumir mais no futuro'. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que é mais conveniente comprar os bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-los", diz Carlos Antonio Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros atrai mais investimentos em títulos públicos e a quantidade de dinheiro em circulação diminui. Com isso, as pessoas compram menos. A lei de mercado faz com que a queda na demanda baixe os preços dos produtos e serviços em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da inflação, mas o ritmo da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida, acontece o inverso: os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo e passam a aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro circulando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como um todo. Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço da inflação.
No Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras atividades como educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses títulos aplica seu dinheiro para, em troca, receber uma contrapartida: os juros. Mas quem define isso? "O Banco Central, que administra os leilões de títulos do governo, define uma remuneração sobre eles, que é a taxa básica de juros", explica o professor. Dentro desse órgão, existe outro chamado Comitê de Política Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e sua função é, como diz o próprio nome, definir as diretrizes da política monetária do país e a taxa básica de juros. Periodicamente, o Copom divulga a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a média de juros que o governo brasileiro paga pelos empréstimos tomados de bancos. É a Selic que define a taxa básica de juros no Brasil, pois é com base nela que os bancos realizam suas operações, influenciando as taxas de juros de toda a economia.
Aumentar ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à economia de um país. "Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, ele está nos dando a seguinte orientação: 'Não consumam hoje os bens, peguem seu dinheiro e apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês poderão consumir mais no futuro'. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que é mais conveniente comprar os bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-los", diz Carlos Antonio Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros atrai mais investimentos em títulos públicos e a quantidade de dinheiro em circulação diminui. Com isso, as pessoas compram menos. A lei de mercado faz com que a queda na demanda baixe os preços dos produtos e serviços em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da inflação, mas o ritmo da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida, acontece o inverso: os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo e passam a aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro circulando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como um todo. Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço da inflação.
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