quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Comunismo em escola estadunidense


O assunto pintou na mídia estadunidense e promete desdobrar-se em uma bela polêmica.   A Roosevelt  High School (que atende alunos15 a 18 anos) em Des Moines, Iowa, distribuiu aos alunos do curso de estudos sociais um material impresso para explicar a diferença entre comunismo e capitalismo, durante o periodo da Guerra Fria.
O material passaria despercebido, visto apenas como uma burocrática aula teórica, não fosse pela charge nele contida.  Dividido em duas partes, o desenho retrata com certa perfeição, a visão das duas doutrinas sociais.
No lado que representa o capitalismo,   dois operários pobremente vestidos, com bolas e correntes em seus tornozelos, como escravos ou prisioneiros,  trabalham em frente a uma máquina enquanto um empresário bem vestido,  gordo, fumando um charuto, recolhe o ganho financeiro.
No lado que representa o comunismo,  dois operários felizes, com roupas decentes, trabalham em frente a uma máquina e uma seta indica que os lucros do seu trabalho voltam em benefício deles.
Abaixo da charge, em pequenos quadrinhos, segue o folheto indicando as tradicionais diferenças entre uma e outra doutrinas. Parte do texto acentua:
“Enquanto o lucro de qualquer empresa é igualmente compartilhado por todas as pessoas no comunismo, o lucro em uma estrutura capitalista pertence ao proprietário privado”.
Um texto desse teor numa escola estadunidense não poderia ter outra classificação que não fosse a de “subversivo”. 
O assunto explodiu, quando o pai de um aluno foi a uma rádio local se queixar de que estavam fazendo propaganda do comunismo ao filho dele.  Outros revoltados pais logo se juntaram ao primeiro queixoso, falando em “doutrinação comunista” e acusando os professores sindicalizados de “radicais que estão ensinando nossos filhos a se tornarem futuros anti-americanos”.
A escola se defende e argumenta que o curso de história do Século Vinte apenas enumera os argumentos que eram usados no período da Guerra Fria.
Não se sabe se alguma cabeça vai rolar diante de tão grande “ousadia”.
Cá pra nós, questionar material didático de indiscutível importância histórica, ensinado em todas as escolas do mundo, só mesmo na cabeça de pais que, de história,  só conhecem mesmo o macarthismo, passado de pai para filho desde a década de cinquenta do século passado.
Na contramão da escola de Iowa, uma professora de matemática de uma escola elementar (alunos de 5 a 8 anos) em Norcross, na Georgia, passou o seguinte problema às crianças: “Frederick leva duas surras por dia. Quantas surras ele levará em uma semana?
Advinha o destino dessa professora.

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Dag Vulpi

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