Por Francisco Barreira*
"Não pretendo dizer que fui o
primeiro, mas os meus leitores assíduos, que felizmente são muitos,
hão de lembrar que há meses venho falando da adesão de boa parte da classe
média conservadora à presidenta Dilma. Hoje as pesquisas comprovam sua
alta popularidade e revelam que boa parte daqueles que votaram no Serra,
admitem que ela faz um bom governo.
Cá entre nós, nem há essa
excelência toda nesse governo, nem os ex-eleitores de Serra significam um
bom padrão de julgamento. Na verdade, essa classe média brasileira – com
renda satisfatória ou alta e um certo verniz - não passa de uma
legião inacreditável de analfabetos políticos, quando não forem hipócritas
afetando possuir um comportamento politicamente correto.
Esse é o público natural do Palhaço
Jabor que se faz de inconseqüente para dizer tudo o que seu patrão, o Dr.
Marinho quer dizer, mas não tem coragem. Um
público animalescamente egoísta e insensível à nossa brutal
desigualdade social, suas causas e suas conseqüências.
Gente que de pai para filho
sempre levou vantagem em tudo, mas fica na ponta dos cascos quando pilha
um político roubando, sem notar que ele é apenas empregadinho dos empreiteiros,
banqueiros e financistas bandoleiros como Daniel Dantas e Nagi Nahas.
Nahas, esse bandido
internacionalmente reconhecido (ele está proibido de atuar nas bolsas de 37
países) e que, por acaso, é dono do Pinheirinho, cuja população de pobres
sobrantes acaba de ser massacrada moral e fisicamente. Nahas,
o senhor da grana, a quem a Justiça e a Polícia paulistas servem com
denodo.
Mas falávamos dessa gente que lê o
Jabor e defende a expulsão da população do Pinheirinho porque
considera que o respeito à propriedade privada (a grande) vem em primeiro
lugar. Gente que antigamente afetava cultura arranhando o francês e
que hoje, pela mesmo razão, arranha o inglês. Nessa tribo há profissionais
competentes em suas especialidades. Porém na visão do conjunto são antas
paradigmáticas do analfabetismo político.
Falou dizer que é gente
moralista e boçal a ponto de ter votado no Collor, acreditando que ele seria um
caçador de marajás, mas hoje, covardemente não confessa isso, embora,
reincidente, continue procurando outros caçadores de fichas sujas.
São, pois, os leitores preferências
do Jabor. É para eles que o Palhaço escreve, com talento às vezes, mas com
cinismo asqueroso de quem não leva nada a sério porque não se respeita nem se
leva a sério. Muitas vezes copia Nelson Rodrigues, um gênio que detectou o país
dos coitadinhos, dos enrustidos e do complexo de vira latas. Porém, cético e
conservador, considerava-se pessoalmente agredido diante de qualquer idéia progressista
ou generosa.
Sabemos que a Família Marinho é uma
quadrilha organizada. E reparem como o Jabor e todos os profissionais de certa
projeção que trabalham para ela, não dizem uma palavra sobre o Drama do
Pinheirinho. São mercenários com alto grau de sofisticação.
Seja como for, agora o Jabor e toda
essa tropa mercenária, trabalham com esmero e de forma articulada para
aplaudir Dilma e intrigá-la contra Lula. Isto porque seus
patrões imaginam que separando a presidenta de seu antecessor, ela cairá
em suas redes e os servirá com docilidade.
Creio que não conseguirão isso.
Mas o que quero dizer é que no fundo toda essa gente – o Jabor,
seus patrões e seus leitores - têm ódio do Lula porque ele
representa o brasileiro, mulato autêntico, que deu certo. Diferente do mulato
com alma de branco o FHC, o “príncipe dos sociólogos” e fajuto como o
neoliberalismo que ele abraçou.
As viúvas do FHC querem adotar a
Dilma."
Por Francisco Barreira
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