Foto: SÉRGIO CASTRO/AGÊNCIA ESTADO |
25 de Novembro de 2011 às 15:55
247 – São apenas duas mãos. De um desconhecido, que, em nenhum momento, expõe rosto ou revela identidade. Um anônimo de mãos e voz contra um coro em uníssono de globais, cheios de caras e bocas. O vídeo “Alguns números sobre Belo Monte”, postado por um homem que se identifica apenas como @magraoonline, busca esclarecer o real impacto da usina que será construída no Pará. É uma gravação de 12 minutos, longa, algo pesada, sem efeitos especiais nem elenco – ao contrário da do Movimento Gota D’Água. Mas justamente por ser mais natural e didática, ensina e explica, ao invés de mentir, dissimular ou carregar nas tintas (e números), como os globais teatrais – e novelísticos.
“Eu não sou nenhum ator da Globo, mas esses dados são bem interessantes”, diz @magraonline ao apresentar o vídeo. Primeiramente, ele explica que a área que será alagada com a construção de Belo Monte corresponde a 0,01% da Amazônia Legal – 516 quilômetros quadrados. Ele compara esse dado à área desmatada da Amazônia por ano: 7 mil quilômetros quadrados, ou seja, o impacto de 14 usinas de Belo Monte. “Dá pra ver que a usina não é o grande vilão da floresta”, sublinha a voz.
O cidadão bem-informado também indica que o fator de capacidade instalada de Belo Monte é de 0,41, enquanto a média é de 0,52. Algo que, segundo ele, “não é nenhum absurdo” nem tão exagerado – como faz parecer o vídeo da constelação global.
Sobre uma das alternativas propostas pela turma de Sérgio Marone, o anônimo desmistifica a fonte de energia eólica (vento). Apresentando todos os cálculos, ele informa que, para produzir o mesmo nível de energia de Belo Monte , seria necessário construir geradores em um parque de cerca de 5 mil quilômetros quadrados – uma dimensão bem mais elevada que a área alagada pela nova usina.
A Compensação Financeira pelo Uso do Recurso Hídrico é outro tema focado no vídeo de esclarecimento. Além dos custos com remoção dos ribeirinhos, os responsáveis por Belo Monte destinarão R$ 180 milhões por ano para remunerar as áreas atingidas. Serão cerca de R$ 80 mi para o governo do Pará e outros R$ 80 mi para municípios que tiveram trechos alagados.
A voz que tudo apura, procura e busca saber pesquisou documentos de diversos órgãos, tais como: Agência Nacional de Águas, Agência Nacional de Energia Elétrica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. É a trilha de quem tenta informar sem encenar nem deformar opinião.
Boa lição, né, amigos globais?!
Assista ao vídeo:
Via Portal Luis Nassif
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Debate Fórum do Grupo Consciência Política Razão Social (facebook)
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Dagmar Vulpi Meu caro Ralf Rickli, assisti o vídeo uma três vezes, e se os números ali apresentados forem reais (pois ainda não pesquisei as fontes oficiais) tudo o que tem se falado sobre Belo Monte, é um Belo Monte de bobagens. Desculpe o trocadilho (rsrs).
Espedito Freitas Falar dessa área é muito cumplicado. Mas, como vivi por lá, e conheço bem o alto e baixo amazônia desde o Rio Negro, Rio Trombetas, Rio Solimões os quais tenho fotos dos anos cinzentos que por lá estivemos, posso dizer: A nossa amazonia tem que ser aproveitada por nós brasileiros, porque, se deixarmos no despreso, como é notadamente visivel, ás multinacionais estão arrancando o couro (ouro) em tudo que podemos imaginar desde os laboratórios internacionais com os contrabandos do óleo de copaíba até os metais e pedras preciosas. Temos que retomar a nossa amazônia e garanto que não terá esse impacto tão violento, porque, os maiores impactos já existem!
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Dag Vulpi