Iolando
Lourenço e Luciano Nascimento - da Agência Brasil
Representantes
de oito centrais sindicais reivindicaram ontem (21) ao presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mais tempo para debater as reformas
trabalhista e da Previdência, em análise na Casa. Após reunião com Maia, os
sindicalistas criticaram o cronograma proposto para apreciação das reformas.
Para as centrais, o governo quer conduzir a discussão e aprovar as reformas a
“toque de caixa”.
Para
o presidente da Força Sindical, uma das centrais que participaram da reunião,
deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), pelo fato de as reformas mexerem com a
vida de todos os brasileiros, é necessário mais tempo de debate com a
sociedade. “A preocupação de todas as centrais sindicais, que representam 100%
dos trabalhadores brasileiros, é com o trâmite do processo das reformas
trabalhista e da Previdência. O trâmite está muito rápido e nós queremos mais
tempo para negociar.”
A
preocupação maior das centrais é com o calendário proposto para a comissão que
discute a reforma da Previdência, em que o relator, Arthur Maia (PPS-BA),
anunciou que vai apresentar seu parecer para discussão e votação no dia 16 de
março. As centrais reivindicam o adiamento da entrega do parecer. “Dia 16 está
aí, tem o carnaval no meio e é impossível discutir uma reforma em apenas 15
dias”, disse Paulinho. “A reforma trabalhista tem um prazo maior, até porque o
relator disse que só vai apresentar o relatório no dia 11 de maio”.
Mudanças
De
acordo com Paulinho, as centrais ainda defendem mudanças na proposta do governo
e devem apresentá-las ao relator. “Estamos querendo discutir a reforma. Achamos
que alguma coisa precisa ser feita, mas não pode ser a toque de caixa como vem
sendo.”
O
deputado disse que, durante a reunião, os representantes das centrais cobraram
de Maia mais acesso aos colegiados em que estão sendo debatidas as reformas.
Segundo Paulinho da Força, o acesso tem sido restrito, e a presença de
sindicalistas, dificultada. “Os sindicalistas não estão tendo condições de
acesso para participar das comissões, dos debates”, disse Paulinho, que pediu
também que as audiências das comissões sejam feitas no Auditório Nereu Ramos,
com capacidade para mais de 500 pessoas. Atualmente, as audiências ocorrem em
auditórios com capacidade para pouco mais de 100 pessoas.
Os
sindicalistas também conseguiram a liberação do acesso de dez dirigentes
sindicais de cada central nos espaços da Câmara. De acordo com o presidente da
Força, a intenção é facilitar o debate com os parlamentares e líderes
partidários em torno das reformas. Paulinho disse que Rodrigo Maia
comprometeu-se a fazer comissões gerais no plenário da Casa logo após os
relatores das reformas apresentarem seus pareceres aos respectivos colegiados.
Calendário
Na
parte da manhã, os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central
Sindical de Trabalhadores (NCST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores
Rurais (Contag) se reuniram com os líderes da oposição, na liderança da
minoria.
Na
ocasião, as centrais sindicais definiram um calendário nacional de mobilizações
em torno das reformas. A primeira será no dia 8 de março, quando as centrais
devem se juntar à Marcha das Margaridas, e depois, no dia 15 de março, véspera
do prazo previsto para a apresentação do relatório da reforma da Previdência.
Para este dia, as centrais estão organizando o dia nacional de luta com
paralisações, manifestações pelo Brasil afora e depois um grande processo de
mobilização dos trabalhadores em torno do tema.
Além
da Força Sindical, participaram da reunião com Maia, dntre outras, CUT, CTB,
NCST, Contag, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos
trabalhadores (UGT), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE).
tem muita gente confundindo Direitos com privilegios..............
ResponderExcluirpalavras do senador Cristovam buarque............