terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Estímulo ao etanol pode aliviar problemas de abastecimento de gasolina, diz sindicato


Um estímulo à produção e ao consumo do etanol aliviaria os problemas enfrentados na distribuição de gasolina no país. A declaração é do presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz. No final deste ano, vários estados brasileiros tiveram problemas no abastecimento de gasolina.
Houve restrições na venda de combustíveis para os postos em alguns locais, o que levou à falta de gasolina nessas áreas. No Amapá, segundo o Sindicom, chegou a haver uma falta generalizada do combustível. No Rio de Janeiro, depois de problemas com as refinarias de Manguinhos, que foi fechada, e Duque de Caxias (Reduc), que teve que parar para manutenção, os postos estão enfrentando problemas para comprar gasolina.
Segundo o Sindicom, para que o etanol seja atrativo para o consumidor, precisa custar até 70% da gasolina. Desde 2010, o preço do etanol não tem sido competitivo na maior parte do país. Com isso, o consumidor tem usado mais a gasolina para abastecer o veículo. “Certamente se o etanol voltar, isso pode gerar alívio no estresse vivenciado na distribuição de derivados de petróleo”, disse o presidente Alisio Vaz.

Mercado de combustíveis deve fechar 2012 com crescimento de 6,3%

A venda de combustíveis no Brasil deve fechar este ano com aumento de 6,3%, em relação a 2011. Segundo dados divulgados pelo Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), devem ser comercializados no país 118 bilhões de litros neste ano.
“É um crescimento bastante expressivo, diria até surpreendente para uma economia que cresce em torno de 1,5%. Não me recordo no passado de um PIB tão pequeno associado a um consumo de combustíveis tão elevado”, disse o presidente executivo do Sindicom, Alisio Vaz.
Respondendo por 47,1% do mercado, o óleo diesel deve ter um crescimento de 6,8% nas vendas neste ano, acima da média dos combustíveis. O maior crescimento deve ser registrado nas regiões Centro-Oeste (11%), Nordeste (10%) e Norte (10%).
A gasolina, que representa 33,6% do mercado, terá um crescimento ainda maior: 12,2%. O destaque é a Região Nordeste, onde se espera ter uma alta de 17% nas vendas. No Norte e Centro-Oeste, o mercado deve crescer 15% neste ano.
O querosene de aviação, que tem 6,3% de participação, terá o maior crescimento entre os combustíveis: 36%. Por outro lado, etanol hidratado, óleo combustível e gás natural veicular deverão ter quedas.
O etanol hidratado, que responde por 8,2% do mercado, deverá ter uma redução de 10,4%. Uma das razões pode ser o alto preço do combustível. Segundo o Sindicom, vale a pena abastecer o carro com etanol apenas quando ele tem até 70% do preço da gasolina. Isso ocorreu apenas em quatro estados, entre janeiro e novembro deste ano.
Em São Paulo, o etanol teve preço competitivo em nove meses. Em Goiás, a situação se manteve por oito meses, e em Mato Grosso, por sete meses. No Paraná, o etanol custou abaixo de 70% do preço da gasolina apenas durante um mês.
As quedas esperadas para o gás natural veicular (GNV) e para o óleo combustível chegam a 7% e 2,5%, respectivamente.
Entre os lubrificantes, o crescimento esperado das vendas é 1,9%, com destaque para os automotivos (3%). As graxas e os óleos básicos devem aumentar 1,7%. Já os lubrificantes industriais devem ter queda de 1,2%.
Levantamento divulgado hoje (11) pelo Sindicom também mostra que a gasolina é o combustível com maior carga tributária (34,3%). O diesel tem uma carga de tributos média de 20,6%. Já o etanol tem carga de impostos menor em São Paulo (19,1%) do que no resto do país (27,8%).

Venda de gasolina no país deve crescer 12,2% este ano

As vendas de gasolina no país devem ter crescimento de 12,2% em 2012. Desde 2009, o combustível acumula uma alta de 57%, segundo dados divulgados hoje (11) pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom).
“A partir de 2010, houve a perda de competitividade do etanol e um preço de gasolina estável. Somam-se a isso uma infraestrutura urbana de transporte deficiente e o aumento da venda de carros. Consumidor comprando carro, moto, usando esse carro para trabalhar. Eles [os veículos] usam combustível. Manter o abastecimento tem levado a um esforço muito grande da Petrobras e das distribuidoras, com todos os percalços”, disse o presidente executivo do Sindicom, Alisio Vaz.
Segundo Vaz, em torno de dez estados experimentaram problemas no abastecimento, mas apenas no Amapá houve falta de combustível. “Nos demais estados, faltou em alguns postos, o que é desagradável. Mas o consumidor encontrava em outro posto”, disse.
Entre os problemas enfrentados pelas distribuidoras para garantir o atendimento à grande demanda por gasolina no país está a infraestrutura de transportes, que não acompanhou o crescimento do consumo de combustíveis. Entre os estados que mais tiveram aumento nas vendas estão o Piauí (22%), o Maranhão (20%), o Ceará, o Pará e o Tocantins (19% cada).
Como esses estados ficam longe das refinarias brasileiras, é preciso usar estradas ou portos para fazer o combustível chegar até lá. “Em Mato Grosso, houve crescimento de 24%, a 2 mil quilômetros da refinaria mais próxima. Para chegar lá, é preciso ir por estradas. Imagina a pressão sobre a infraestrutura do país [para fazer a gasolina chegar lá]”, disse.
Outro problema enfrentado pelas distribuidoras de combustíveis é necessidade de importação de gasolina, o que gera dependência em relação aos portos. Segundo o Sindicom, a atracação de navios está sujeita a imprevistos.
Além disso, com o grande aumento da demanda de combustíveis, algumas vezes refinarias localizadas próximas ao polo de consumo são incapazes de atender à procura. No caso do Rio de Janeiro, especificamente, entre o final de novembro e o início deste mês, houve o fechamento da Refinaria de Manguinhos, que atende a 11% da demanda fluminense, e a parada programada da Refinaria Duque de Caxias.
Com isso, a maior parte da gasolina consumida no Rio de Janeiro está chegando por navios, o que gera atrasos e restrições na venda do combustíveis para os postos.
Segundo o Sindicom, a distribuidoras estão usando todos os recursos para superar as dificuldades e estão investindo R$ 1 bilhão neste ano.

(Agência Brasil)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!

Abração

Dag Vulpi

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook