sábado, 29 de setembro de 2012

PT e PSDB lutam para evitar derrotas constrangedoras na disputa municipal

Nas eleições municipais, as duas siglas não conseguem reproduzir a divisão da política nacional
VIDA OU MORTE - O tucano José Serra e o petista Fernando Haddad. Em São Paulo, o embate entre as duas forças nacionais foi ofuscado por Celso Russomanno (Foto: Evelson De Freitas/AE )

Por Alberto Bombig e Leopoldo Mateus
Dividido entre PT e PSDB desde 1994, o Brasil assiste nestas eleições à emergência de atores alternativos da política. A terceira via – ou muitas delas – está de volta. Os sismógrafos de partidos e analistas estão irrequietos e as bolas de cristal de videntes embaçadas. Ainda não sugerem resultados que abalem a política nacional, como a vitória de Luiza Erundina, então no PT, em São Paulo, em 1988. Mas prevêem solavancos na base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT) e novos rumos na oposição para o pleito geral de 2014.

No topo das mais recentes pesquisas eleitorais, entraram em cena novos personagens, descolados dos tradicionais blocos tucanos e petistas. Na maior cidade brasileira, São Paulo, Celso Russomanno é o primeiro colocado nas sondagens, pelo nanico PRB – e com um discurso de ataques a PT e PSDB. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, na figura do prefeito Márcio Lacerda, e no Recife, em Pernambuco, com Geraldo Júlio, o PSB do governador pernambucano, Eduardo Campos, descolou-se do PT e também ocupa a dianteira das pesquisas. Considerados os dez maiores colégios eleitorais do país, o PSDB está em primeiro em apenas uma cidade, Manaus, no Amazonas. Os petistas disputam a liderança em Fortaleza, no Ceará, e Salvador, na Bahia. É pouco para uma dupla que há 18 anos domina a política nacional. “Há um cansaço em relação à polaridade PT-PSDB, que, na verdade, atende apenas aos interesses desses dois partidos”, afirma o cientista político Carlos Alberto de Melo, do Instituto de Ciência e Pesquisa (Insper). “A votação de Marina Silva, em 2010, já era reflexo disso. Ainda embarcam nessa histeria da polarização somente os mais fanáticos: os que odeiam a estética e os discutíveis métodos petistas e os que se ressentem do elitismo tucano. Mas esse eleitorado já foi maior, hoje talvez represente um terço.

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