segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A evolução de uma espécie e a involução de um povo



Dag Vulpi editado em 17/12/2018

“Saber que a “humanidade” está a involucionar, é compatível com o fato de que também estamos a evoluir, mesmo a consciência da involução faz parte da evolução da consciência”  - (Alberto José Varela)

A Evolução

A evolução humana se deu a partir do Homo sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia física, primatologia, a arqueologia, linguística e genética.

O termo "humano" no contexto da evolução humana refere-se ao gênero Homo, mas os estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os australopitecos. O gênero Homo se afastou dos Australopitecos entre 2,3 e 2,4 milhões de anos na África.

Os cientistas estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés - o único outro hominídeo vivo - entre 5 e 7 milhões anos atrás.

A Involução

A Rede Globo é uma rede de televisão brasileira, aberta e comercial com sede na cidade do Rio de Janeiro. É assistida por mais de 200 milhões de pessoas diariamente. A emissora é a segunda maior rede de televisão comercial do mundo, atrás apenas da norte-americana American Broadcasting Company (ABC) e uma das maiores produtoras de telenovelas. A emissora alcança 98,56% do território brasileiro, cobrindo 5.490 municípios e cerca de 99,55% do total da população brasileira. A empresa é parte do Grupo Globo, um dos maiores conglomerados de mídia do planeta.

A emissora começou a funcionar em 26 de abril de 1965 e foi fundada pelo jornalista Roberto Marinho.

Por ser a maior rede de televisão do país e uma das maiores do mundo, a emissora possui uma capacidade sem paralelo de influenciar a cultura, a política e a opinião pública. Desde a sua fundação, a empresa possui um longo histórico de controvérsias em suas relações com a sociedade brasileira, que vão desde seu apoio ao regime militar até a grande influência nos resultados das eleições presidenciais do pós período ditatorial.

A Conclusão

Considerando que a evolução humana levou entre 5 e 7 milhões de anos e que, a Rede Globo começou a funcionar em 1965, ou seja, há 53 anos, podemos confirmar cientificamente a máxima de que: “É muito mais fácil destruir do que construir”, ou ainda que, a Globo conseguiu através de sua maléfica interferência diuturna, involuir seu público para um nível de consciência inferior ao da espécie que os originou. Nos permitindo também, afirmar que o cidadão que formata sua opinião com base no que é transmitido pela Globo, está num nível de consciência inferior ao dos primatas. Ou seja, conseguiu em meio século, destruir uma evolução que a natureza levou 50 mil séculos para atingir.

“A consciência dá-nos a possibilidade de estarmos atentos aos nossos estados internos, sejam eles quais forem, e por mais fortes que sejam, podem ser observados criando uma desidentificação, distanciando-nos e não permitindo que eles sejam assumidos.”

domingo, 9 de dezembro de 2018

Entenda como funciona a tramoia usando a conta do assessor



Dag Vulpi, 09/12/2018

Andei lendo alguns comentários e observando em algumas postagens nas redes sociais, que algumas pessoas "andam" preocupadas e também curiosas em saber de onde viriam os tais R$ 1,2 milhões movimentados na conta do ex-assessor, ex-motorista, ex-segurança, enfim, um verdadeiro Severino* na vida do filho do homem que foi eleito para presidir o Brasil a partir de janeiro de 2019.

Muito bem, diante das preocupações e curiosidades de tantos, nos quais me incluo, resolvi pesquisar para tentar entender o que estaria acontecendo. Conversei com amigos da área, busquei informações em sites, em jornais, revistas e até encontrei algumas matérias tratando sobre o tema, porém, da forma como a mídia "oficial" passou a "informação", alguns poderiam contesta-la, afinal, como estavam sendo veiculadas dava a impressão que a família Bolsonaro estaria envolvida em algum caso de corrupção. Foi aí que resolvi procurar no YouTube, na expectativa de encontrar algum vídeo que pudesse explicar a origem daquele dinheiro e como ele teria chegado até a conta do ex-assessor e faz tudo do Bolsonaro júnior e como, a partir da conta do Severino*, aquele dinheiro era transferido para outras contas, incluindo a da madrasta da famiglia.

*Severino era um personagem de um programa de humor da Globo que era chamado sempre que algum problema complicado precisava ser resolvido.

Para minha sorte encontrei um vídeo que explica com riqueza de detalhes o que realmente aconteceu. O vídeo é do Leonardo Stoppa, que possui um canal que trata, também, deste tipo de "enigmas". Vídeo este que estará no final desta postagem.

No vídeo, o Léo Stoppa , vou trata-lo na intimidade por Léo, lembra de um caso de um deputado nordestino. Um tal de Flávio Comunista do PT, que usou deste mesmo expediente.

No caso, o deputado Flávio Comunista do PT, fazia o seguinte: Pra começar ele usava aquela velha tática petista de distribuir pão com mortadela para o pessoal da região e assim conseguir se eleger. Depois de eleito, o comunista do PT, vou parar de usar o primeiro nome dele para evitar que os petralhas tentem associa-lo ao nome do filho do presidente recém-eleito, que por acaso também é Flávio, mas que não tem nada a ver com este caso. Isso posto, prossigo.

Eleito, o petista comunista do PT formava sua equipe compondo-a exclusivamente com petistas, desta forma ficava mais fácil para ele fazer suas maracutaias. Ele convidava, por exemplo, o líder comunitário para uma conversa reservada e dizia: "Chico militante, é o seguinte. Você foi fundamental na minha eleição, e vai trabalhar comigo aqui no meu gabinete, nem precisa aparecer muito por aqui. Mas aqui funciona assim: Vou te pagar R$20.000,00, mas você vai ficar só com R$5.000,00". É claro que ele aceitava. E assim ele seguia formando o resto da equipe. Quando tinha uns 20 nomes acertados, ele chamava o Zé Guevara. Zé Guevara era um autentico *Severino, e era ele o responsável por abrir a conta onde todos os demais assessores iriam depositar a diferença entre o valor que eles recebiam da Assembleia Legislativa e o valor que eles tinham combinado com o deputado Comunista do PT.

Quando no fim do mês, a bolada caia na conta do Guevara, ele cuidava de transferir a parte do deputado fazendo várias transferências para várias contas. Pagava os boletos dos carros e dos apartamentos comprados pelo comunista do PT. Chegando inclusive, a fazer transferências para amigos e parentes do petista.

E era dessa forma que o safado do Flávio Comunista do PT, usei o nome completo pois essa será a ultima vez que ele será citado neste texto, conseguia enriquecer de forma ilícita, mas sem deixar rastros. Ele só precisa ficar esperto com o tal do COAF, pois se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, fizer seu trabalho direito, perceberá que o Zé Guevara movimenta muito mais dinheiro do que ele realmente recebe. Aí ele terá que ficar sabendo antes e exonerar o Guevara. Depois é se fazer de “morto” e tudo acabará bem, afinal, a esquerdalha comunista vai defender seu “erói”,

Muito bem amigos. Espero ter colaborado para sanar essa dúvida que pairava na cabeça de muitos de vocês. Acompanhe o vídeo abaixo, caso ele não abrir, deixarei o link para que vocês o assistam diretamente no canal do Léo Stoppa. Peço inclusive para vocês acompanharem o trabalho progressista no canal Leo Stoppa. Se inscrevam no canal e compartilhem seus vídeos.  


Abração e até outra oportunidade.
https://youtu.be/oKxXvQVeNBI

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

‘A gente se aproximou na época do kit gay’, diz Malta sobre Bolsonaro



O senador foi braço direito do presidente eleito da campanha, mas acabou ficando fora do novo governo

Magno Malta quebrou o silêncio sobre ter ficado fora do novo governo. O senador, que não está no fim de seu mandato e não foi reeleito, atuou como braço direito de Jair Bolsonaro e foi o aliado mais ativo na campanha eleitoral do capitão reformado, articulando apoios para que Fernando Haddad (PT) fosse derrotado nas urnas, o que acabou acontecendo.

Magno chamou a atenção no primeiro discurso de Bolsonaro, logo após a confirmação da vitória. O senador capixaba pegou nas mãos do presidente eleito e puxou uma oração que foi transmitida em rede nacional. Ele, que diz ter perdido a eleição por ter se dedicado à campanha bolsonarista, estava confiante de que ocuparia um cargo no novo governo, mas foi colocado de lado, a ver navios.

Em entrevista ao site “The Intercept Brasil”, Magno Malta admitiu que ficou decepcionado, mas disse que a amizade com Bolsonaro não vai acabar.

“A autoridade é dele, ele é o presidente desse país. A amizade não vai acabar porque durante dois meses da eleição eu achava que ia ser ministro e eu não fui ministro”, disse o senador, amigo do presidente eleito há seis anos.

“Eu fui deputado federal junto com ele, depois o tempo como senador. A gente se aproximou na época do “kit gay”. De lá pra cá a gente se deu muito bem”, ressaltou.

Após a decepção de não se reeleger e de ficar fora do governo do amigo, Malta decidiu deixar a vida política, após 30 anos de atuação.

“Foram 30 anos. Eu tenho um netinho de dois anos que fala mais do que a boca, eu quero ver crescer. Tem uma outra que está vindo, eu quero ver nascer e crescer também. Foram seis mandatos, né”, justificou. “Não quero mais disputar eleição”, acrescentou.

Perguntado se está se sentindo incomodado com as escolhas de Bolsonaro para o primeiro escalão do governo, Magno Malta foi enigmático. “Você vê muita gente que falava mal dele, não pedia voto, e agora tá aí, se aproximando”, disse ele, sem citar nomes.

Do Politica ao Minuto

STF abre processo preliminar contra Onyx Lorenzoni por caixa dois


Investigação poderá resultar em inquérito contra o futuro ministro

Futuro chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni será alvo de um processo preliminar referente ao suposto recebimento de caixa dois do grupo J&F. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República e aceito pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Agora, a PGR andará com a investigação e, dependendo dos elementos apurados, poderá solicitar abertura de inquérito ou arquivamento da petição. As informações são de O Globo.

Onyx será investigado devido ao suposto recebimento de dois pagamentos, ambos de R$ 100 mil, que teriam ocorrido em 2012 e 2014. O mais recente já foi admitido pelo parlamentar, que nega o mais antigo.

Além do futuro ministro, Fachin também permitiu que sejam abertos processos preliminares contra Alceu Moreira (MDB-RS), Marcelo Castro (MDB-PI), Jerônimo Goergen (PP-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Zé Silva (SD-MG), e dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Wellington Fagundes (PR-MT).

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Escola sem partido: entenda a polêmica



Por Isabela Souza* no Politize

Uma educação apartidária, sem doutrinação e livre de ideologias. Esses são os princípios defendidos no projeto Escola sem Partido (ESP), que tem despertado profunda polêmica. O tema ganhou força em 2015 e pode se tornar ainda mais evidente no próximo governo, de Jair Bolsonaro. 

O que está em jogo é o modelo de educação escolar em vigência no Brasil. Afinal, a Escola sem Partido garante a imparcialidade ideológica na educação pública ou cria uma lei da mordaça para os professores?  A seguir, vamos entender o que exatamente propõe esse projeto e o que pensam seus críticos e apoiadores.

O que é a escola sem partido?

Para começar, a Escola sem Partido pode significar duas coisas: a primeira delas é um movimento formado sobretudo por pais e estudantes em defesa de uma educação escolar neutra. Em segundo, a Escola sem Partido é também um projeto de lei que busca estabelecer os deveres e direitos dos professores em sala de aula, como forma de impedir que os docentes possam transmitir a seus alunos suas visões de mundo. Vamos entender melhor a diferença?

O Movimento Escola sem Partido

O Escola sem Partido é um movimento criado em 2004 pelo procurador do estado de São Paulo, Miguel Nagib. Segundo o site oficial do movimento, sua motivação surge de uma preocupação com “o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”, pois:

“A pretexto de transmitir aos alunos uma “visão crítica” da realidade, um exército organizado de militantes travestidos de professores prevalece-se da liberdade de cátedra e da cortina de segredo das salas de aula para impingir-lhes a sua própria visão de mundo”.

O Movimento é ainda hoje coordenado por Miguel Nagib e se define como uma associação informal, independente, sem fins lucrativos e sem vinculações política, ideológica ou partidária.

Como forma de auxiliar pais e alunos que se sintam doutrinados pelos professores, o movimento vem recebendo e divulgando diversos depoimentos. Mas não é só isso. O movimento também deu origem a diversos projetos de lei nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional. O objetivo é criar mecanismos para que professores não possam doutrinar ideologicamente seus alunos, ou seja, transferir aos estudantes suas concepções morais e políticas.

Os projetos de lei Escola Sem Partido

Seja nas Assembleias ou no Congresso, os projetos de lei sobre a Escola sem Partido possuem o objetivo de estabelecer os limites de atuação dos professores em sala de aula, impedindo a promoção de suas crenças particulares nos espaços formais de ensino.

Na Câmara dos Deputados foram apresentados ao menos quatro projetos de lei referentes à Escola sem Partido. Atualmente, o que está sendo debatido é o PL 7180/14, de autoria do deputado federal Erivelton Santana (PSC-BA). A ele foram apensados outros PLs de mesmo teor (assunto). Ser apensado significa que todos os projetos de mesmo tipo e que tratem de um mesmo assunto tramitam de forma conjunta, analisadas de forma separada, mas tendo apenas um parecer final.

PL 7180/14 busca alterar o artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para incluir entre seus princípios o respeito às convicções dos alunos e de seus responsáveis. Nesse caso, os valores familiares passariam a ter precedência (prioridade) sobre a educação escolar. Aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa passariam a ser tratados apenas na esfera privada (como a casa e a família) e não poderiam fazer parte do currículo escolar.

Outra mudança proposta pela Escola sem Partido diz respeito a um tema bastante polêmico: a ideologia de gênero. O PL 10.577/2018, de autoria do deputado federal Cabo Daciolo (PATRI/RJ) e apensado ao PL 7180/2014, propõe que:

“Ficam vedadas em todas as dependências das instituições da rede municipal, estadual e federal de ensino a adoção, divulgação, realização ou organização de políticas de ensino, currículo escolar, disciplina obrigatória, complementar ou facultativa, ou ainda atividades culturais que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo gênero ou orientação sexual.”

Proposta semelhante aparece no apensado PL 10.659/2018, de autoria do deputado Delegado Waldir (PSL-GO), que estabelece a “Não interferência e respeito às convicções religiosas, morais, religiosas e políticas do aluno, vedada a adoção da ideologia de gênero ou a orientação sexual.”

Houve também um projeto de lei apresentado ao Senado pelo senador Magno Malta (PR/ES). O Projeto de Lei do Senado (PLS) 193/2016 também propunha a inclusão do “Programa Escola sem Partido” nas diretrizes da LDB. Na época o Senado Federal realizou uma consulta pública no Portal e-cidadania para saber a opinião da população sobre o projeto. Foram cerca de 199 mil votos favoráveis e 210 mil votos contrários. Contudo, no ano seguinte o senador retirou seu projeto do regime de tramitação, fazendo com que ele fosse arquivado.

Afinal, existe educação neutra?

De acordo com a procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Deborah Duprat, um ensino neutro não existe no mundo real, pois todos nós estamos inseridos em sociedade e, por isso, expressamos nossas concepções ao nos comunicarmos. O convívio com pessoas diferentes, que tenham distintas convicções, é essencial para a formação dos indivíduos.

A reportagem do Centro de Referência em Educação Integral, que inclui conversas com diferentes especialistas, explica como um tema abordado pelo professor leva consigo sua visão de mundo. O que o professor não pode fazer é mostrar ao aluno apenas sua visão, mas sim proporcionar aos estudantes acesso a diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto. Sendo impossível a neutralidade, passa a ser equivocada a determinação em lei de algo que não pode ser atingido.

Um exemplo é a abordagem de temas como a proibição do trabalho infantil ou do trabalho escravo em uma aula de história. Nesse caso, qualquer forma do professor ensinar o assunto (sendo contra ou a favor) é um juízo de valor. Mas nem por isso o docente deve deixar de apresentar aos alunos os argumentos contrários ao seu posicionamento.

Assim, os especialistas contrários à Escola sem Partido afirmam que o projeto expressa uma visão equivocada sobre a possibilidade de uma educação neutra, o que também acaba incentivando uma “lei da mordaça” que ameaça a liberdade de expressão e de cátedra dos professores.

Outro fator que levanta questionamentos sobre a Escola sem Partido é a pressuposição de que os estudantes são indivíduos facilmente influenciáveis e incapazes de refletir sobre aquilo que o professor ensina em sala de aula. De acordo com a diretora da Fundação SM, Pilar Lacerda:

“Cada estudante chega à escola com sua história, aprendizados, religião, cultura familiar. O que a escola faz é ensinar a refletir, a duvidar, a perguntar, a querer saber mais. Não existe isso do professor fazer ‘cabeça do estudante’. À medida que o estudante lê, pesquisa, escreve e se aprofunda, ele vai dando sentido pra história dele. Escola é o lugar de muitas opiniões. De ouvir a do outro e formar a própria”

Para os especialistas entrevistados pelo Centro de Referências em Educação Integral, os defensores da Escola sem Partido se equivocam ao supor que alunos são “folhas em branco” e que formam uma audiência cativa que pode ser doutrinada e influenciada pelos professores a seguir determinado pensamento ideológico.

Segundo reportagem da Nova Escola, o EsP se baseia em estudos teóricos anteriores a 1960, década em que pesquisas começaram a mostrar que as pessoas, mesmo jovens, refletem sobre as mensagens que recebem, as comparam com outras mensagens recebidas no ambiente familiar e em distintos círculos sociais (como os amigos, a mídia, a igreja e até mesmo outros professores) e só assim é que definem aquilo em que acreditam ou não.

A escola sem partido é constitucional?

Outro fator que aparece com frequência no debate é a constitucionalidade do projeto de lei sobre a Escola sem Partido. O site oficial do Programa apresenta um parecer sobre a constitucionalidade do anteprojeto de lei (que é um estudo para dar base a projetos de lei sobre a EsP nas três esferas de governo).

O movimento em defesa da Escola Sem Partido afirma que o programa apenas reforça os direitos e obrigações já existentes na legislação, mas não cria nenhum novo. A exceção é a regra que obriga a afixação de cartazes em sala de aula que mostrem os deveres e direitos dos professores. Alguns exemplos vêm da própria Constituição Federal, como os incisos II e III do artigo 206:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
  II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
  III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
Assim, se o anteprojeto de lei é considerado inconstitucional, as leis que lhe servem de fundamento também serão, afirma o movimento.

Por outro lado, o doutor em Direito Constitucional Paulo Blair afirmou em entrevista ao Painel Eletrônico da Câmara dos Deputados que não existe ensino sem visão do mundo e, ainda, que a ideologia não é defeito mas sim uma condição humana. Por isso, considera que qualquer ação que busque coibir a manifestação de ideias em sala de aula é inconstitucional.

Em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ao Congresso Nacional uma nota técnica declarando inconstitucional o projeto de lei que inclui na LDB o Programa Escola sem Partido. A nota tinha como responsável Deborah Duprat, procuradora federal dos Direitos do Cidadão e mostrava como o projeto coloca em vigilância constante os docentes, o que seria uma forma de ferir a liberdade de ensinar:

“O projeto subverte a atual ordem constitucional por inúmeras razões: confunde a educação escolar com aquela fornecida pelos pais e, com isso, os espaços públicos e privado, impedem o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem e contraria o princípio da laicidade do Estado – todos esses direitos previstos na Constituição de 88“.

Estão para ser julgadas no Supremo Tribunal Federal (STF) a três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que questionam a Escola Livre, um projeto semelhante à Escola sem Partido, aprovado no estado de Alagoas em 2016. Neste caso, o que está em questão é a constitucionalidade de uma lei estadual que versa sobre tema de competência da esfera federal – no caso, as diretrizes e bases da educação. Ainda assim, a expectativa é que a decisão do STF seja um indicativo sobre a posição do Tribunal frente aos projetos de lei da EsP, especialmente aquele que pode ser aprovado pelo Congresso.

O futuro da escola sem partido

Mesmo tendo um novo Presidente da República que se mostra favorável à Escola sem Partido, o futuro do movimento e dos seus projetos de lei é incerto. Até novembro de 2017, cerca de 15 dos 27 estados brasileiros já possuíam projetos propondo a EsP, tramitando nas Assembleias Legislativas. O movimento Professores Contra o Escola sem Partido lançou um mapa interativo que mostra quais são esses projetos de lei já apresentados. A nível municipal, já haviam sido apresentados 66 PLs até a mesma data. Já o futuro Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriquez declarou em entrevista que a EsP deve ser aprovada no Congresso de forma mais moderada.

A votação da PL 10.659/2018 já foi adiada no Congresso algumas vezes. Também é incerta a posição do STF sobre o tema. E você, já sabe o que pensa sobre a Escola sem Partido? Compartilhe com a gente!

*Isabela Souza
Estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e assessora de conteúdo do Politize!.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

ES vai ganhar escritório da Itália para agilizar processos de cidadania


Por  Marcos

O Espírito Santo poderá ganhar um escritório do governo italiano para agilizar a concessão de cidadania italiana aos descendentes capixabas.

Pelo menos foi isso que prometeu o embaixador da Itália no Brasil,  Antônio Bernadini, após se reunir como governador eleito Renato Casagrande (PSB).
O encontro foi quarta-feira (14) em Brasília e ficou acertado uma visita do embaixador ao Espírito Santo em fevereiro.

Casagrande quer também aumentar as relações comerciais com a Itália. Por isso fez o convite para a reunião após sua posse no governo do Estado. Na conversa com Casagrande, o embaixador se  mostrou otimista em relação ao futuro do Brasil.

Bernadini informou que o governo italiano retomou a abertura de mais representações fora do país, e que o Espírito Santo e Santa Catarina “estão no radar das agências consulares” devido a grande concentração de descendentes.

A embaixada esclareceu, no entanto, que os escritórios do governo italiano não tem data para entrar em funcionamento. Mas atuariam com status de consulado, o que poderia acelerar a concessão do documento de cidadania aos quem tem direito.

Benefícios -Brasileiros com dupla cidadania tem direito e diversos benefícios, entre eles morar ou estudar na Europa, ter livre circulação na União Europeia, trabalhar na Europa e poder viajar pelo mundo sem visto. Os filhos também passam a ter direito.

Da Agencia Congresso

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Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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