domingo, 22 de fevereiro de 2015

Beija Flor é vaiada no desfile das campeãs




Campeã do Carnaval carioca deste ano com um enredo sobre a Guiné Equatorial, que recebeu um polêmico patrocínio da ditadura que governa o país, a escola de samba Beija Flor foi vaiada por boa parte do público presente no sambódromo na noite deste sábado (21), para o desfile das campeãs.

A vaia aconteceu pouco antes do início dos desfiles, quando o locutor oficial da festa nomeou todas as escolas que se apresentariam, pela ordem: Imperatriz Leopoldinense, Portela, Unidos da Tijuca, Grande Rio, Salgueiro e Beija Flor.

Ao citar a escola de Nilópolis, os torcedores da campeã a saudaram, mas foram rapidamente superados pelas vaias vindas da maioria da plateia.

O patrocínio da Guiné Equatorial, estimado entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, teria vindo por meio de empresas brasileiras que atuam no país, segundo o próprio governo.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Justiça determina redução de preços da gasolina em postos do Maranhão




Por Marcelo Brandão - Agência Brasil 
O juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, Douglas de Melo Martins, determinou que postos de gasolina da capital maranhense reduzam os preços dos combustíveis. A Rede Estadual em Defesa do Consumidor (RedCon) entrou com uma ação civil pública contra 244 postos da cidade, que aumentaram os preços dos combustíveis acima do reajuste autorizado pelo governo federal.

O aumento esperado era, no máximo, de R$ 0,22 para a gasolina e R$ 0,15 para o diesel. Foram constatados, porém, aumentos acima de R$ 0,50. A determinação judicial menciona, ainda, o restabelecimento do preço do etanol e uma multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento.

A RedCon, formada pelo Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado, o Ministério Público do Estado e a Delegacia de Proteção do Consumidor, dentre outros órgãos, obteve informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de que o repasse não justificaria um aumento tão grande na bomba. Com isso, a entidade entrou com a ação, cuja decisão foi publicada no último dia 13.

“A decisão é uma grande vitória da população maranhense e demonstra que, a partir de agora, em nosso estado as leis serão respeitadas”, disse o diretor do Procon-MA, Duarte Júnior. Na opinião do defensor público Luís Otávio, a decisão mostra que os órgãos de defesa do consumidor, juntos, podem trabalhar pela garantia dos direitos da população.

Swiss Leaks: entenda a fraude fiscal no HSBC

Por Luiz Claudio Ferreira Edição:Portal EBC
Um escândalo financeiro de repercussão em todo o mundo, que envolve a filial suíça do banco HSBC, tem chamado a atenção tanto pelos valores envolvidos quanto pela relevância das descobertas e do possível desenrolar do caso. Documentos secretos revelaram que a instituição financeira atraiu 106 mil clientes, entre suspeitos de sonegação e de diversos crimes (incluindo traficantes e terroristas) em 203 países entre os anos de 1988 e 2007.  A quantia somada chegou a US$ 100 bilhões. Nomes de 8.667 brasileiros estão na lista. Os dados vieram à tona a partir de uma apuração do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ na sigla em inglês), que não divulgou a lista total dos correntistas suspeitos. O caso, chamado de “Swiss Leaks” (que significa vazamentos suíços, em alusão ao projeto Wiki Leaks, de Julian Assange), chamou a atenção de autoridades e organismos de controle em todo o mundo.

A entidade de jornalistas recebeu o material vazado por um ex-funcionário do HSBC, Herve Falciani, para autoridades francesas em 2008. O consórcio e o jornal francês Le Monde enviaram o conteúdo para 140 jornalistas de 45 países.  A apuração dos jornalistas aponta que a filial suíça aproveitou-se das falhas nas regras fiscais do país para ajudar quem estivesse disposto a sonegar ou esconder dinheiro. A lista, segundo o ICIJ, inclui artistas, celebridades e esportistas. Apenas 65 nomes foram revelados. Estão entre os suspeitos antigos e atuais políticos da Grã-Bretanha, Rússia, Ucrânia, Geórgia, Quênia, Romênia, Índia, Liechtenstein, México, Líbano, Tunísia, República Democrática do Congo, Zimbábue, Ruanda, Paraguai, Djibouti, Senegal, Filipinas e Argélia. Sobre a divulgação parcial dos dados, o consórcio justifica que apenas nomes de “interesse público” serão revelados.

Confira reportagem do Repórter Brasil sobre o caso HSBC

 

Quem são os brasileiros envolvidos no escândalo?

De acordo com o dossiê do ICIJ , o Brasil foi colocado em 9° lugar entre os países com a maior movimentação de dinheiro (7 bilhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 20 bilhões) e em 4º em número de correntistas com operações investigadas: 8.667 correntistas ligadas a 6.606 contas. As informações disponibilizadas pelo consórcio indicam que houve uma evolução no número de contas abertas ao longo dos anos. Em 1.989 eram 427, saltou para 1379 dois anos depois, chegou a 1899 em 2.002 e, passados cinco anos, o número ficou em 1896. Entre os correntistas, estariam, segundo os dados disponibilizados, o banqueiro Edmond Safra (morto em 1999) e da família Steinbruch (que controla o grupo têxtil Vicunha).



Pós-doutor em direito tributário, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Valcir Gassen explica que as autoridades brasileiras devem aproveitar a denúncia para investigar com mais agilidade as suspeitas. “É preciso, em primeiro lugar, separar o joio do trigo. Podem haver contas legais que, por causa da morosidade da investigação, ficam sob suspeita. Para isso, a Receita Federal pode rapidamente cruzar os dados com os CPFs desses brasileiros”, explica o professor.

Gassen acredita que os dados não chegam a surpreender. Ele contextualiza que, em 1985, no processo de redemocratização do país após o regime ditatorial, o Brasil tinha se tornado a quarta pior concentração de renda do mundo. “Isso é explicado pelo fato de que a renda sempre esteve no país ligada a uma pequena parcela da população. Uma das razões disso é, sem dúvida, a sonegação tributária. A maioria ganha pouco e paga muito, enquanto que a minoria ganha muito e consegue encontrar alternativas para não pagar. Desde a redemocratização, o país aperfeiçoou a vigilância e o rigor, mas ainda está muito longe do ideal. As instituições precisam ter uma atuação mais cidadã”.

Também especialista na área, o advogado Eduardo Diamantino ratifica que as autoridades brasileiras têm uma “agenda longa a percorrer” para tornar a fiscalização mais atuante. Ele cita que o Brasil precisa ter um eficaz tratado de troca de informações com a Suíça para diminuir as chances de evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Para ele, autoridades admitem a possibilidade de encontrar formas de repatriar esse dinheiro e uma das formas seria com algum tipo de anistia a quem mandou dinheiro para fora sem pagar os impostos devidos. “Existem projetos no Congresso para regularizar esse capital. Por outro lado, as leis se tornaram mais rigorosas para combater o crime”. Uma delas é a de número 12.683/2012, que tornou mais severas as multas para lavagem de dinheiro (aumentou de R$ 200 mil para R$ 20 milhões) e a possibilidade de punição a quem remeteu o dinheiro por qualquer origem ilícita. Antes era limitada a crimes como tráfico e terrorismo.   

Por que as pessoas mandam dinheiro para Suíça?

O sigilo bancário, com contas identificadas por números substituindo nomes, foi fundamental para que os bancos privados na Suíça se tornassem uma espécie de paraíso fiscal, um chamariz para dinheiro ilegal. Não havendo rigor na identificação, pode se propiciar sonegação e lavagem de dinheiro. Nos últimos cinco anos, porém, o país tem endurecido as normas para correntistas a fim de que o país não perca credibilidade na atração de capitais regulares.

“Existe uma necessidade de transparência. A Suíça tem feito esforço muito grande para combater remessas ilegais e a imagem de um paraíso para dinheiro originário de crimes”, aponta Eduardo Diamantino, especialista em direito tributário, . Desde a última década, com um acordo denominado FACTA entre Suíça e Estados Unidos, impôs-se um novo padrão de exigência. “Os dados vazados do HSBC devem ser semelhantes a outros bancos grandes, levando-se em conta o período. Sem dúvida, isso mudou nos últimos anos”.

O professor Valcir Gassen entende da mesma forma e acredita que o país europeu tem levado a sério as medidas de identificação. “Os países, incluindo o Brasil, precisam estreitar os laços com a Suíça, o que deve fechar o cerco contra dinheiro do crime.”

O que diz o banco?

O HSBC lamentou as falhas no processo e no rigor de receber as contas com origens suspeitas. “Nós reconhecemos que os padrões de segurança na filial suíça do HSBC foram significativamente menores do que são hoje". Em nota, a instituição financeira garantiu que mudou bastante as normas para evitar problemas como esse que abalaram a imagem e a credibilidade. "Passos significativos ao longo dos últimos anos foram dados para implementar reformas”. O texto acrescenta que clientes que não preenchiam os novos padrões rigorosos da instituição foram excluídos, “incluindo aqueles onde tivemos preocupações em relação ao cumprimento das obrigações fiscais". O banco garantiu que promoveu uma reorientação dos negócios. "Como resultado deste reposicionamento, Swiss banco privado HSBC reduziu sua base de clientes em quase 70% desde 2007."

O que diz o Consórcio de Jornalistas?

A divulgação dos dados para o público está ainda restrita a 140 jornalistas do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que tem sede em Washington (EUA), e que se identifica como sem fins lucrativos.  No Brasil, o repórter Fernando Rodrigues, que edita blog publicado pelo grupo UOL, é o profissional que tem conhecimento dos dados.

Nesta semana, ele explicou que apura as informações desde o ano passado e que está fazendo uma “minuciosa checagem” para publicar apenas nomes com “interesse público” a fim de não violar a privacidade desses correntistas. Segundo ele, a maioria dos nomes é desconhecida do grande público. Ele acrescentou que não tem contado com o apoio das autoridades brasileiras para checagens de dados.

O que diz a Receita Federal brasileira?

A Receita Federal  admitiu, nesta semana, que pôde constatar irregularidades de contribuintes. “As análises preliminares de alguns contribuintes já revelam hipóteses de omissão ou incompatibilidade de informações prestadas ao Fisco Brasileiro”, informou em nota. De acordo com a Receita, a unidade de inteligência do órgão teve acesso à parte da lista de pessoas “supostamente” com contas na filial suíça do HSBC.

Como procedimento de investigação, a Receita garante que aprofunda a pesquisa e busca mais informações sobre a denúncia publicada pelo Consórcio de Jornalistas Investigativos para que exista punição aos envolvidos. “(A receita faz) o levantamento de possíveis valores não declarados, passíveis portanto de autuação fiscal e de representação fiscal para fins penais em razão da ocorrência de crime contra ordem tributária”. O órgão brasileiro explica que está em contato com outras instituições e que algumas das pessoas supostamente envolvidas foram investigadas anteriormente.

Justiça bloqueia bens do ex-governador do DF, Agnelo Queiroz




Por Marcelo Brandão – Agência Brasil
O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal (DF) determinou o bloqueio de bens do ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O magistrado atendeu a uma ação cautelar movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com base em prática de atos de improbidade feitos pelo ex-governador.

A ação explica que contratos e compromissos foram firmados sem a devida observância ao Orçamento disponível e à Lei de Licitações. Segundo o MPDFT, o então governador comprometeu-se a pagar cerca de R$ 37,2 milhões a uma emissora de rádio e televisão para transmissão da etapa brasileira da Fórmula Indy. O evento acabou sendo cancelado pelo atual governo por falta de dinheiro.

Outros compromissos do governo anterior foram citados na ação. Dentre eles, a contratação de empresas de consultoria e engenharia; a realização de outro evento, o Moto GP; e a reforma do Autódromo Nelson Piquet. O Ministério Público levantou no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que só essa reforma apontou sobrepreço de R$ 30 milhões.

Outros integrantes da gestão de Agnelo também tiveram seus bens bloqueados: a ex-presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Maruska Lima de Souza Holanda; o ex-secretário de Publicidade Institucional, Carlos André Duda; o ex-chefe da Assessoria de Comunicação da Terracap, Sandoval de Jesus Santos; e o ex-diretor financeiro da Terracap, Jorge Antônio Ferreira Braga, que respondem solidariamente na ação. O bloqueio dos bens impede que os acusados transfiram seus bens a outras pessoas ou os venda, impedindo uma eventual decisão de ressarcimento ao erário, em caso de condenação.

“É tarefa das mais difíceis compreender como, mesmo diante da constatação de sobrepreço no instrumento convocatório, no montante aproximado de R$ 30 milhões, para a reforma do autódromo local […] tenham os réus perseguido obstinadamente a consecução do escopo dessa obscura empreitada”, disse o magistrado em sua decisão. Ainda cabe recurso.

Dólar sobe 0,46% e fecha no maior valor em mais de dez anos


Por Wellton Máximo na Agência Brasil

Em meio a tensões sobre a Grécia, o dólar subiu pela quarta sessão seguida e voltou a fechar no maior valor em mais de dez anos. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (20) vendido a R$ 2,879, com alta de 0,46%. A moeda norte-americana fechou no valor mais alto desde 25 de outubro de 2004 (R$ 2,884).

A divisa chegou a operar em queda no início da manhã. Na mínima do dia, por volta das 9h30, chegou a ser vendida abaixo de R$ 2,86. A partir das 10h30, no entanto, a cotação disparou até atingir o valor máximo de R$ 2,884. Nas horas seguintes, o câmbio oscilou bastante, sempre ficando acima de R$ 2,87.
A moeda norte-americana acumula alta de 7,04% em fevereiro e de 8,28% em 2015.
O principal fator de instabilidade no mercado foi a reunião dos ministros das Finanças da zona do euro. O encontro discute a prorrogação do acordo de resgate da Grécia, que pede o relaxamento das medidas de austeridade. A reunião começou com duas horas de atraso e, até o fechamento do mercado de câmbio no Brasil, ainda não havia acabado.

O atual acordo de resgate, que envolveu empréstimos de 240 bilhões de euros (R$ 777,62 bilhões) à Grécia, vence no fim deste mês. Se não houver renovação, o país poderá abandonar a moeda única europeia porque não conseguirá mais dinheiro no mercado internacional.

* Com informações da Agência Lusa

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