quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Sobre as reformas “neoliberais” na América Latina e por que elas fracassaram



Imagine que um grupo de vizinhos em seu bairro — que foram eleitos ou que se auto-elegeram governantes — decidem que ninguém, exceto eles, pode fornecer serviços de segurança e de resolução de contendas judiciais. 

E não apenas isso: além de estipularem e imporem taxas para custear gastos com iluminação, ruas e manutenção de todas as instalações e infraestruturas com as quais já nos acostumamos, suponha também que comecem a cobrar uma porcentagem do salário dos solteiros para pagar pela educação de quem tem filhos, uma porcentagem dos salários dos que têm um estilo de vida saudável para custear a saúde de quem quiser tais serviços gratuitamente, uma porcentagem do salário de todos para criar programas de fomento à cultura e para conceder empréstimos subsidiados a determinadas empresas, a criar empregos na administração do bairro para seus militantes — novamente, à custa de todos os vizinhos —, e a controlar toda uma série de elementos da própria vida das famílias.

Não é necessária muita imaginação para se criar novas justificativas para que o estado continue tomando dinheiro das pessoas com o intuito de financiar novos programas.  E foi exatamente nisso que o estado se transformou para os latino-americanos ao longo das últimas gerações.  Na maioria dos países do continente, já no final da década de 1970, o estado era eletricista, encanador, engenheiro, médico, professor, conselheiro matrimonial e familiar, e, acima de tudo, uma casa de beneficência.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

STF decide desmembrar processo do CARTEL TUCANO


Só serão julgados pelo Supremo os réus com prerrogativa ao chamado foro privilegiado, no caso, quatro dos dez envolvidos: o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e três secretários do governador Geraldo Alckmin, licenciados do cargo de deputado: Edson Aparecido, José Aníbal e Rodrigo Garcia; na prática, os envolvidos no esquema de propina em governos do PSDB que não ocupam cargos políticos terão direito a recorrer a outras instâncias da Justiça, algo que não ocorreu na Ação Penal 470; em 2012, o STF decidiu não desmembrar o julgamento do 'mensalão', apesar de apenas três – de 38 – terem direito ao foro especial; réus como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares foram, portanto, direto para a corte suprema; decisão sobre o cartel foi do relator, ministro Marco Aurélio Mello

PSDB: PT não consegue conviver com adversários


Em nota, partido presidido pelo senador Aécio Neves se solidariza com Eduardo Campos e Marina Silva, alvos de duras críticas do PT num texto publicado na página do partido no Facebook; para os tucanos, trata-se de "flagrante demonstração de intolerância do Partido dos Trabalhadores em relação aos seus opositores"; agora na oposição, os pré-candidatos do PSB "experimentam a face covarde e autoritária do ativismo petista", diz o texto, que fala ainda em "ataques organizados, quase sempre cobertos pelo anonimato de uma suposta militância"

O PSDB, partido presidido pelo senador Aécio Neves (MG), entrou na briga até agora protagonizada por PT e PSB. A Executiva Nacional do partido soltou uma nota na tarde desta quarta-feira 8 em que se solidariza com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, que foram alvos de duras críticas feitas pelo PT.

Kfouri rebaixa piso dos xingamentos na política


Num texto de gosto, no mínimo, duvidoso, Juca Kfouri amaldiçoa o ventre de uma senhora de 82 anos, Dona Marli Sarney; "Maldito o ventre que o coronel José fecundou para trazer tanta miséria ao povo brasileiro", diz o jornalista, referindo-se à governadora Roseana e aos irmãos Zequinha e Fernando; será que é preciso descer tão baixo na disputa política?

O jornalista Juca Kfouri, colunista de esportes da Folha de S. Paulo, também decidiu opinar sobre a crise dos presídios no Maranhão. Sinal de que o assunto interessa ao grupo Folha, que já defendeu uma intervenção federal no estado na coluna de Eliane Cantanhêde e em editorial do próprio jornal.

Eduardo Campos rebate PT: “seita fundamentalista”


Em nota, PSB acusa petistas de "desespero" diante de sua candidatura própria à Presidência da República e chama o partido da presidente Dilma Rousseff de "seita fundamentalista que ataca qualquer um"; texto assinado pelo vice-presidente da legenda, deputado Beto Albuquerque (RS), afirma que nota publicada ontem no Facebook do Partido dos Trabalhadores com críticas ao governador de Pernambuco revela que "o PT perdeu completamente seu espírito republicano"; também pelo Facebook, Eduardo Campos chama a nota de "ataque covarde" e diz que seguirá firme no "debate de alto nível sobre o Brasil"; "O resto a gente ignora. Porque, enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa", afirma

O PSB, partido do governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência, Eduardo Campos, acusou os petistas de "desespero" diante do fato de sua legenda, antes aliada ao governo, agora ter candidato próprio, e chamou o partido da presidente Dilma Rousseff de "seita fundamentalista que ataca qualquer um".

Das consequências políticas da reconstrução do ES


Por José Roberto Bonifácio*

Quando for aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa o "Plano de Reconstrução do estado do ES", ao contrário dos demais lançamentos do governo estadual, deverá acarretar uma séria mudança de cenário na Política Capixaba. Se por um lado não se vislumbra claramente transformações muito drásticas na trajetória das políticas públicas formuladas, geridas e implementadas regionalmente, ao menos os contornos da dinâmica eleitoral da sucessão se tornam mais claros e distintos.

 Em primeiro lugar, a implementação do conjunto de medidas com recursos federais deve atrelar o ES ainda mais à União e diminuir a margem de manobra do governador. Por um lado terá havido um realinhamento de expectativas do eleitor capixaba para com o governo federal após quase uma década de sentimento de abandono regional ou de hostilidade e indiferença nas relações centro-periferia - os episódios da extinção do Fundap e da redistribuição de royalties ainda pesam muito na memória dos formadores de opinião. Por outro lado, o governador, enquanto gestor e responsável pela qualidade e pela consistência das políticas públicas deverá vir a ser cada vez mais demandado e exigido. Esta é a consequência mais evidente e imediata dado o potencial das apostas envolvidas.

Sobre o Blog

Bem‑vindo ao Blog Dag Vulpi!

Um espaço democrático e apartidário, onde você encontra literatura, política, cultura, humor, boas histórias e reflexões do cotidiano. Sem depender de visões partidárias — aqui prevalecem ideias, conteúdos e narrativas com profundidade e propósito.

Visite o Blog Dag Vulpi