quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Reajuste do mínimo deve injetar R$ 28 bi na economia


Estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada hoje (26); a partir de 1º de janeiro, o salário mínimo passa de R$ 678 para R$ 724 – reajuste de 6,78%; de acordo com o Dieese, 48,2 milhões de pessoas têm o rendimento atrelado ao salário mínimo; novo valor do rendimento mínimo permite, segundo os cálculos do Dieese, a compra de 2,23 cestas básicas; segundo a entidade, é a maior relação de poder de compra desde 1979

Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil
Blog Dag Vulpi - O aumento do salário mínimo deverá injetar R$ 28,4 bilhões na economia no próximo ano, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada hoje (26).

PSDB quer levar mensagem de Natal de Dilma à Justiça


Líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), avisou em nota que vai levar “carta” da presidente aos servidores públicos federais ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot; segundo ele, ato configura 'abuso de poder'; deputado também pretende propor na Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral uma ação judicial de investigação eleitoral

Blog Dag Vulpi - O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), divulgou em nota nesta quarta-feira (25) que vai acionar a Justiça Eleitoral e a Procuradoria-Geral da República contra a mensagem de fim de ano enviada pela presidente Dilma Rousseff a servidores públicos federais.

A democracia não está ameaçada pelo regime de partidos, mas pelo financiamento deles


"Enquanto empresários se sentirem livres para ajudar a eleger políticos, a corrupção estará garantida" (Jorge Hage).

A Lei nº. 9.096, de 19 de setembro de 1995, que regulamenta os artigos 14 e 17 da Constituição Federal de 1988 e é conhecida como a Lei dos Partidos Políticos define em seu primeiro artigo que “partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”. Desta forma, um partido deve ter como uma das suas principais bandeiras defender as premissas democráticas e buscar o atendimento dos interesses da coletividade, ressaltando viés ideológicos próprios da pluralidade de pensamentos existentes nas sociedades. Os partidos devem atender os interesses da sociedade, de acordo com a visão ideológica de seus integrantes, respeitando o que determina a nossa Constituição, realçando os princípios éticos, morais e dos bons costumes.

Um dos complicadores para os partidos políticos cumprirem as determinações da Constituição Federal é o sistema de financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, e isso força-nos uma avaliação sobre seus efeitos, tanto sobre os partidos como ao próprio sistema democrático.

A experiência histórica tem nos mostrado que a relação entre dinheiro e política foi, é e continuará sendo complexa, e que ela constitui uma questão fundamental para a qualidade e estabilidade da democracia.  "mais que nenhum outro fator é a competição entre partidos com recursos equilibrados (políticos, humanos, econômicos) que gera democracia" (Giovanni Sartori). Nessa afirmação está subjacente a premissa que enuncia a importância dos partidos políticos para a democracia, sem os quais ela não seria viável.

Em um modelo ideal, os partidos agregam interesses, desenvolvem alternativas de política e, em geral, constituem o principal elo entre a cidadania e o governo. O funcionamento dos partidos – sua organização e profissionalismo, sua base de financiamento e sustentabilidade – tem um impacto direto na efetividade do resto do sistema político.

A frase do presidente colombiano César Gaviria Trujillo - "criou-se entre muitas pessoas a falsa ideia de que era possível fortalecer a democracia ignorando ou, pior ainda, atacando os partidos políticos" - não tem efeito quando aplicada para expor nossa realidade, pois no Brasil, a contribuição dos partidos políticos para o fortalecimento da democracia é nula.  Aqui os partidos já não prestam serviços de excelência para selecionar, recrutar e capacitar candidatos para que exerçam cargos públicos, mobilizar os eleitores, participar e depois ganhar ou perder as eleições, assim como formar governos.

Os escândalos ocorridos nos últimos anos, os desvios do erário publico, as corrupções e o desapego ao ideologismo por parte de nossos representantes, culminou no surgimento de um descontentamento quanto aos partidos e aos políticos, o que teve um impacto nas atitudes em relação à democracia em seu conjunto. Outro motivo para que isso tenha ocorrido foi, sem dúvida, o que se percebe como uma intromissão excessiva do dinheiro na política. Que a preocupação particular se centre nas pressões do setor empresarial ou em doações associadas a dinheiros ilícitos, na compra de votos ou no crescimento incessante das campanhas nos meios de comunicação, a imagem pública dos partidos se vê cada vez mais deteriorada pela mancha da corrupção. Por isso, a questão do financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais se transferiu nos últimos anos para o centro da agenda política.

Com efeito, o funcionamento de uma democracia exige a existência de partidos políticos e estes, assim, como qualquer outra organização, necessitam gerar rendas para financiar sua vida permanente, custear sua operação e, muito em particular, para entrar e competir na disputa eleitoral.

O dinheiro que move os partidos é um assunto relevante, não somente pelas quantidades implicadas ou por suas fontes de origem, mas porque se tornaram a coluna vertebral do Estado democrático.

Em resumo, embora a democracia não tenha preço, ela tem um custo de funcionamento que é preciso pagar e, por isso, é indispensável que seja o sistema democrático que controle o dinheiro e não o oposto. Desse modo, o tema do financiamento político e de campanha se converteu em uma questão estratégica de toda democracia, e ao mesmo tempo, dada sua complexidade e os desafios que apresenta, também tornou-se um problema, uma verdadeira dor de cabeça. "A democracia não está ameaçada pelo regime de partidos, mas pelo financiamento deles". (Maurice Duverger) 

O estado gera as desigualdades sociais que ele próprio alega ser o único capaz de resolver


O atual sistema monetário é baseado em um monopólio estatal de uma moeda puramente fiduciária.  O dinheiro é criado monopolisticamente pelo Banco Central e é em seguida entregue ao sistema bancário.  O sistema bancário, por sua vez, por meio da prática das reservas fracionárias, se encarrega de multiplicar este dinheiro (eletronicamente) por meio da expansão do crédito.  Falando mais diretamente, o dinheiro criado pelo Banco Central é multiplicado pelo sistema bancário e entra na economia por meio do endividamento de pessoas e empresas.

Ao analisarmos os negativos efeitos sociais e políticos deste arranjo, a seguinte pergunta tem de ser feita: onde estão as manifestações dos defensores e apologistas da justiça social contra este arranjo fiduciário que destrói o poder de compra dos poupadores e aumenta as desigualdades?  Por que não ouvimos clamores de políticos e sociólogos — que juram ter em mente o bem-estar geral da população — contra o crédito fácil?

Dirceu: "Não temos e nunca pedimos regalias"


Do Complexo Penitenciário da Papuda, ex-ministro José Dirceu mandou mensagem de agradecimento às felicitações que recebeu por conta do Natal e voltou a falar da arbitrariedade de sua prisão e desmentiu informações de que ele e os demais réus estariam tendo regalias; petista fala ainda da "campanha" contra seu direito de trabalhar e deseja "bom ano novo" e pede força à militância; Nada disso nos abate, já que o apoio, a solidariedade, a justeza de nossa luta e a presença amiga de vocês e da nossa militância nos fortalece. O símbolo dessa luta é o acampamento e sua alma a juventude petista"

Do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde está preso há 40 dias, o ex-ministro José Dirceu mandou mensagem de agradecimento às felicitações que recebeu por conta do Natal.

Petista volta a falar da arbitrariedade de sua prisão pelo fato de ter sido condenado a cumprir penas em regime semiaberto e estar até hoje no fechado e diz que ele e os demais réus, sobretudo o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado José Genoino, não têm nenhuma das regalias que vêm sendo divulgadas.

Genoino está em prisão domiciliar, mas pode ser mandado de volta para o presídio a qualquer momento pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

Dirceu fala individualmente das "campanhas" que buscam impedir que ele tenha emprego, o que lhe permitirá deixar o presídio às 7h e retornar à noite. Contudo, o petista diz que "nada disso" abala ele nem os demais presos e deseja "um bom ano" a todos. Abaixo a mensagem de Dirceu.

Companheiros e companheiras,

Recebi com alegria as mensagens que cada um de vocês postou nesse dia tão feliz que é o Natal. Maria Alice vai retransmitir para as famílias do Genoíno e Delúbio.

Aqui estamos como sempre lutando, lendo e estudando, nos preparando para a luta. É importante a denúncia da prisão arbitrária e a demanda para o cumprimento da lei, do regime semiaberto. Não bastasse a injustiça de nossa condenação e prisão agora somos vítimas de uma campanha infamante sobre regalias e privilégios que não temos e nunca pedimos.

Contra mim voltam as campanhas que buscam impedir que eu exerça minha atividade profissional.

Nada disso nos abate, já que o apoio, a solidariedade, a justeza de nossa luta e a presença amiga de vocês e da nossa militância nos fortalece. O símbolo dessa luta é o acampamento e sua alma a juventude petista.

Um abraço militante e petista.

Um feliz Natal e um ano bom para nós, nossas famílias e o nosso povo.

25.12.2013

Do 247 Brasil

Serra, sincero: "que meus desejos se realizem"


Eterno presidenciável do PSDB vai ao Facebook e, em mensagem de boas festas endereçada aos amigos e seguidores, deseja que todos os sonhos dele próprio se realizem no ano que vai nascer; o primeiro desejo da lista, certamente, a unção como o nome tucano para a disputa de 2014, em detrimento do “companheiro” Aécio Neves; mensagem virou motivo de piada entre internautas e estimulou críticas na rede social pelo suposto envolvimento de Serra nas fraudes do metrô paulistano.

Eterno presidenciável pelo seu PSDB, José Serra consegue sempre se superar. Desta vez, num ataque de sinceridade, foi ao Facebook pedir um feliz Natal a si próprio, desejando que o sonhos dele mesmo se realizem. “Feliz Natal a você que me acompanha. Espero que todos os meus desejos se realizem. E o primeiro deles é continuar seu amigo por muitos anos”, postou na rede social, para espanto de muitos de seus seguidores.

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