Por José
Roberto Bonifácio*
A primeira
visita oficial de Dilma Rousseff, enquanto presidente da República, permitiu
que, aos poucos se descortinasse o cenário da crise climática do ES e seus
contornos geopolíticos, na relação do setor público estadual com a União e com
as municipalidades, ambas hoje severamente questionadas ou precarizadas.
O que chefe de
Estado viu foi praticamente uma paisagem desolada, típica dum país carente como
Bangladesh, a qual os habitantes do próprio lugar outrora reputavam como
demonstrativa duma visão idílica, quase que européia (mais especificamente
italiana ou alemã) de sua mesma realidade.
Num momento em
que mais de 40 cidades se a cham sob estado de emergência e quase 50 mil pessoas
(quase 2% da população capixaba) se acham desabrigados e tantos outros
deslocados de suas casas e comunidades, a infraestrutura rodoviária (BRs 101, 262 e 259, ES 010 e 040 e outras semi interrompidas nas microrregiões norte e
serrana) praticamente toda comprometida, todo o efetivo dos bombeiros deslocado
para o interior do ES (base eleitoral mais fiel do atual governador),
descobrimos que não há nada tão ruim que não possa ser piorado de algum modo.