Pedro
Parente afirmou que "é uma medida de caráter excepcional"
O
presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou na noite desta
quarta-feira (23), que vai reduzir preço do diesel em 10% nas refinarias, por
15 dias. A decisão é uma resposta à greve dos caminhoneiros que dura
três dias e já causa desabastecimento.
Segundo
a estatal, o preço médio do diesel da Petrobras nas refinarias e
terminais sem tributos será de R$ 2,1016 por litro a partir de quinta-feira
(24). Esse preço será mantido inalterado por período de 15 dias e, após esse
prazo, a companhia retomará gradualmente sua política de preços.
A
redução anunciada representa menos R$ 0,2335 no litro do diesel nas refinarias.
A Abcam (Associação dos Caminhoneiros) pede uma queda entre R$
0,40 e R$ 0,60.
A Petrobras avalia
que com essa redução haverá uma queda média de R$ 0,25 nas bombas dos postos de
combustível. A medida vale apenas para o diesel. A expectativa é de que a
paralisação seja suspensa e, nos 15 dias em que vigorar a nova tarifa, governo
e caminhoneiros encontrem uma solução definitiva.Parente afirmou que
"é uma medida de caráter excepcional. Não representa uma mudança de
política de preço da empresa", afirmou.
PEDIDO
DE TEMER
Pouco
antes do anúncio de Parente, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha,
afirmou que o presidente Michel Temer havia solicitado à direção
da Petrobras que encontrasse uma saída para atender aos pedidos de
revisão de preços feitos pelos caminhoneiros.
"Esta
política (de preços) deu à Petrobras a condição que ela tem. Agora
chegou o momento em que o presidente Michel Temer resolveu fazer com que nós
analisássemos de novo o que nós temos que fazer em relação a isso",
afirmou o ministro.
Padilha disse
que, apesar de o governo ter mudado a política da Petrobras, a presidência
da estatal é um cargo de confiança do presidente da República, responsável pela
indicação.
"O
cargo do ministro Pedro Parente é um cargo de confiança do presidente da
República. E, seguramente, o presidente Michel Temer, preocupado que está com a
família brasileira saberá como dialogar com o presidente Pedro Parente para a
melhor solução para os interesses da Petrobras e da população
brasileira. Eu não tenho dúvida disso."
Perguntando
se Parente corria risco de demissão, o ministro da Casa Civil respondeu que
isso estava fora de cogitação.
Em
seu discurso, Parente negou que a ação tenha alguma relação com a sua
permanência no cargo. Ele afirmou se tratar de um "movimento de
boa vontade" e disse que espera uma redução nos transtornos.A greve
dos caminhoneiros começou segunda-feira e
gera desabastecimento em vários setores. Nesta quarta-feira, postos
de gasolina e aeroportos afirmaram estar começando a sofrer com a falta de
combustíveis.
"Estamos
oferecendo à sociedade e aos consumidores a redução, desde que as demais etapas
transmitam a redução", disse o presidente da Petrobras.
Mais
cedo, houve reunião entre os grevistas e o governo, porém sem acordos. O
presidente Michel Temer disse que pediu uma trégua de três dias, os grevistas
porém não aceitaram. Na terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, e do Senado, Eliseu Padilha, acordaram a redução
do Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o
diesel. Com informações da Folhapress.
estava concertando a Petrobras,mas os politicos nao deixaram continuar....
ResponderExcluirpsdb pediu a cabeça dele..