Começou há instantes, no Conselho de Ética da Câmara, a sessão para 
discussão e votação do relatório que pede a cassação do deputado 
afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Até a abertura da reunião, 17 
integrantes do colegiado estavam inscritos para falar por 10 minutos, 
além de outros quatro não membros que terão cinco minutos para se 
manifestar sobre o processo que já tramita há seis meses.
Aliado 
de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi o primeiro a chegar ao 
plenário, com mais de 30 minutos de antecedência. O segundo parlamentar 
foi Onyx Lorenzoni (DEM-RS) que defende a cassação do mandato de Cunha.
Enquanto
 o debate não começava, um grupo pequeno organizou um protesto em uma 
das entradas da Câmara dos Deputados, simulando uma faxina e chamando a 
atenção de funcionários e parlamentares.
Os manifestantes que 
integram o movimento Avaaz, uma espécie de plataforma criada para reunir
 assinaturas e organizar manifestos em todo o mundo, usavam vassoura, 
uma mala de dinheiro e máscaras de Cunha e da deputada Tia Eron, 
parlamentar que pode definir a votação hoje com 10 deputados a favor de 
Eduardo Cunha e nove que votam a favor de sua cassação.
Pedido de cassação
 
No
 parecer apresentado no último dia 1º, o deputado Marcos Rogério 
(DEM-RO) defende a perda do mandato de Cunha, presidente afastado da 
Câmara por decisão do Supremo Tribunal Federal. Cunha é acusado de ter 
mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando 
negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia 
caracterizar quebra de decoro parlamentar.
O deputado, que foi o 
responsável pela sua defesa no colegiado, negou ser o titular das contas
 e afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes. 
Ele disse que essa situação ficou “comprovada na instrução do processo 
no conselho”.
Com o início da discussão, o relatório já pode ser 
votado, mas a expectativa é que os debates se estendam por horas. Outros
 parlamentares podem se inscrever durante os primeiros momentos da 
reunião.
Se isto se confirmar, o desfecho do processo pode 
ocorrer apenas nesta quarta (8) ou quinta-feira (9), já que - iniciada a
 Ordem do Dia no plenário da Câmara - todas as comissões ficam impedidas
 de votar qualquer matéria. Há ainda a possibilidade de o Conselho 
retomar a sessão após as votações em plenário.
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