O crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre deste ano, confirma o “excelente desempenho da formação bruta de capital fixo”, que é a taxa de investimento na economia, avaliou hoje (29), no Rio de Janeiro, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Ele reforçou que, de maneira geral, o crescimento da economia brasileira está em curso. “A economia está crescendo a um ritmo de 2,2%, o mesmo ritmo observado no último trimestre do ano passado, mas com uma diferença qualitativa positiva. É que os investimentos estão em ascensão, estão crescendo. Isso significa um crescimento mais saudável. Significa que a relação entre investimento e PIB está subindo”.
Coutinho destacou que a formação bruta de capital foi a principal alavanca do aumento do PIB, pelo lado da demanda, com crescimento de 4,6% no período, e de pouco mais de 24% anualizado, “confirmando os nossos dados de aceleração do investimento”. Ressaltou também a expansão forte da agricultura (9,7% nos três primeiros meses do ano), já esperada.
O presidente do BNDES observou que o resultado do setor de serviços e do comércio exterior ficou aquém do desejado. A área de serviços evoluiu 0,5% no trimestre. As exportações caíram 6,4%, contra incremento de 6,3% das importações. “Só isso retirou 1,7 ponto percentual da taxa de crescimento trimestral do PIB”. Os números refletem, segundo Coutinho, a situação desfavorável no comércio internacional, “ainda sob um forte acirramento de concorrência em manufaturas e uma moderada redução de preço de commodities [produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo]”.
Ele reiterou a confiança de que a economia vai crescer ao longo do ano, mostrando bom resultado. A queda registrada na indústria extrativa se deve, em boa parte, à exportação de produtos, enquanto a indústria de transformação mostrou crescimento modesto, mas positivo no trimestre, de 0,3%, mostrando que, “devagarinho, as coisas vão melhorando”, disse.
Luciano Coutinho disse que, do ponto de vista do BNDES, não há indícios de arrefecimento do crescimento dos investimentos no segundo trimestre. “Ao contrário. Nossos desembolsos em abril e maio estão muito firmes”. Os desembolsos efetuados nesse bimestre indicam crescimento superior a 50%.
Agencia Brasil
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