Para
Fiesp, é necessário que haja novos cortes, para que a taxa fique próxima
dos juros praticados em outros países
A
decisão de Copom (Comitê de Política Monetária), na última quarta-feira (16),
em manter a taxa básica de juro Selic em 7,25% ao ano agradou mais os
representantes do comércio do que da indústria.
Para
o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Pauo
Skaf, é necessário que haja novos cortes, para que a taxa fique próxima dos
juros praticados em outros países. “Acreditamos que novas quedas na Selic acontecerão
ao longo do ano, mas o governo precisa aumentar a competitividade da economia e
destravar o investimento”.
Inflação
Já a Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) afirmaram que a manutenção da taxa foi correta.
Já a Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) afirmaram que a manutenção da taxa foi correta.
Em
nota, Federação afirmou que a manutenção é acertada devido ao momento econômico
e considera essa ação razoável, uma vez que não há mais espaços para redução da
taxa básica de juros enquanto a inflação permanecer acima 4,5% e o cenário
internacional continuar incerto.
Entretanto,
a entidade declarou que a situação do Banco Central não é simples, uma vez que
lida com a necessidade de manter o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo controlado, reduzir o custo da dívida e estimular a economia do País, que
vem crescendo em baixo ritmo.
“O
entrave é que o BC não pode, ao mesmo tempo, mirar na inflação, no custo da
dívida pública e no estímulo à economia. A recente percepção dos mercados de
que o Banco Central acumula tarefas de forma antagônicas entre si, faz com que
cresça a desconfiança na capacidade do BC em trazer o IPCA novamente para
dentro da meta”
Por
fim disse que neste cenário, Banco Central não poderá mais reduzir a Selic, bem
como é provável que deva subir a taxa básica de juros em 2013 e que ao fim do
ano esteja entre 8,5% e 9%. “A elevação talvez seja necessária para não deixar
o IPCA escapar do controle. Inclusive, a Federação reforça que quanto mais o
Banco Central demorar em comunicar sua real preocupação com a inflação, mais
custoso será o controle desse problema”.
Expansão do crédito
Para
a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e para o Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a manutenção da Selic reflete a preocupação
do Governo em dar continuidade à política de expansão do crédito no Brasil.
“A
decisão do Banco Central mostra que a taxa de juros não deve ser usada como
remédio para conter a inflação neste ano. O Governo deve trabalhar com outras
ferramentas para controlar os preços, como a valorização da taxa de câmbio e a
desoneração tributária”, afirmou o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
Disse
ainda que um possível aumento da taxa básica para frear a inflação só iria
inibir os investimentos da iniciativa privada, na avaliação da CNDL. “Elevar os
juros para conter a alta dos preços reduz investimentos e uma possível expansão
do crédito, peça chave para fomentar o consumo”. (InfoMoney)
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