Brasília
– O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, voltou a defender
hoje (30) a destinação de 100% dos royaltiesdecorrentes
da exploração do petróleo, tanto na camada do pré-sal como na
área do pós-sal, à educação. Segundo ele, a proposta, que
tem apoio
da presidenta Dilma Rousseff,
é a alternativa “concreta” para garantir a destinação, em dez
anos, de10%
do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor, conforme prevê o Plano
Nacional de Educação (PNE),
aprovado este mês pela Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei
8035/2010, que trata do PNE, ainda será votado no Senado.
“A
única alternativa real e concreta que eu vejo é vincularmos todos
os royalties do
petróleo à educação em todos os níveis, federal, estadual e
municipal, além de 50% do fundo social [do pré-sal]. Como o
petróleo é uma energia não renovável, a que a próxima geração
não terá acesso, a nossa obrigação é deixar um Brasil melhor e o
único passaporte é a educação”, disse, após participar de um
seminário sobre os desafios da educação no Brasil, no Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília.
Mercadante
acredita que o novo modelo de partilha dos royalties decorrentes
da exploração do petróleo na camada pré-sal possa ser votado na
próxima semana no Senado.
“Essa
proposta tem apoio do governo, agora precisamos de voto no Congresso
e não vai ser uma disputa fácil. Estão marcando para votar
quarta-feira, não sei se votam. Eu acho que vão votar neste fim de
ano”, disse.
O
governo já sinalizou que a aprovação,
até o final do ano, no Congresso Nacional, do Plano Nacional de
Educação (PNE) e do novo modelo de partilha dos royalties é
prioridade.
A intenção é tratar os dois assuntos de forma casada para que o
pré-sal assegure recursos para a educação.
Thais
Leitão - Agência
Brasil - Edição: Juliana Andrade e Lílian Beraldo
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