Como
forma de amenizar a redução da alíquota do Fundo de
Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), o Governo
estadual encaminhou um Projeto de Lei que dá autonomia ao Executivo
estadual para definir critérios, condições e prazos para cumprir
contratos de importação no Estado. Contudo, o PL que entrou na
pauta da sessão desta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa
do Espírito Santo (Ales), foi retirado de discussão por não
apresentar documentação suficiente para a discussão do projeto.
Segundo
a mensagem do governo, com a nova lei, o executivo poderá
estabelecer condições para recolher os impostos de mercadoria
importada, fixar prazos de carência e amortização, além de
definir o percentual de juros incidentes dos contratos feitos no ES,
por intermédio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S/A
(Bandes).
O
debate deu início pelos deputados Gilsinho Lopes (PR) que considerou
a proposta ilegal e imoral. “Acho um desrespeito uma proposta como
esta ser encaminhada a Assembleia antes de ser discutida com os
deputados. O governado Renato Casagrande (PSB), não deve ter
conhecimento desse projeto”, disse o deputado.
O
líder da Comissão de Justiça, Élcio Alvares (DEM), apoiou o
colega de parlamento e solicitou ao presidente da Casa, Theodorico
Ferraço (DEM), para que analisasse o projeto sobre as novas regras
para legislação do Fundap. “Sem aviso preliminar vai ser difícil
aprovar a matéria. Confio no parecer do relator, Claudio Vereza
(PT), que pedirá vista deste PL”, ressaltou Élcio.
Por
isso, após avaliar a Mensagem Governamental, o presidente da Ales,
decidiu baixar a matéria, pois entendeu que deveriam ser anexadas as
leis que estão inseridas na proposta em discussão. “Baixei o item
de pauta, porque os deputados levantaram a discussão e foi
identificado, o PL não cumpria com as exigências do regimento. A
Mensagem cita várias leis que precisam ser anexadas”, justificou
Theodorico.
Segundo
o líder de governo, Sérgio Borges (PMDB), o PL nada mais é do que
uma adequação a lei inicial do Fundap, instalada no ano de 1970 e
que já sofreu oito atualizações estaduais.
O
líder de governo disse ainda que o Executivo estadual identificou a
necessidade de adequação por causa da redução da alíquota a
partir de janeiro de 2013, o que iria adiantar o processo de medidas
econômicas. “Os deputados reclamam por achar que o PL vai tirar o
poder de fiscalizar o governo do Estado, mas no decreto está
inserida a prestação de contas para que a Ales possa acompanhar
todo o processo”, esclareceu Borges.
Retroativo
11,98%
A
Comissão Especial para Discussão dos 11,98% voltou a discutir o
assunto com o Chefe da Casa Civil, Luiz Carlos Cicillioti e o
procurador do Estado, Leonardo Medeiros Garcia, para tentar resolver
o impasse entre os servidores e o Executivo estadual. Em reunião,
Garcia pediu a presidente da Comissão, Luzia Toledo (PMDB), que
apresentasse um novo documento com a dívida para que possa ser
avaliado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).
A
peemedebista usou a fase das comunicações para solicitar ao
presidente da Casa a documentação necessária para apresentar ao
PGE, no próximo dia 21 de novembro, quando a comissão volta a se
reunir com os representantes estaduais. “Com a apresentação
desses documentos e com a ação impetrada pelo Sindicato dos
Servidores da Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado
do Espírito Santo (Sindilegis) em 2003”, declarou Luzia.
Em
resposta, Theodorico afirmou que toda a documentação necessária
estará à disposição da Comissão ainda nesta quinta-feira (01).
“Espero que desta este assunto seja resolvido sem mais delongas. O
Papai Noel está chegando de saco vazio e os servidores já estão
sem saco de tanto esperar”, ressaltou.
O
Sindilegis levanta a bandeira do pagamento do retroativo desde 2009.
A causa irá beneficiar servidores de 1994 a 2009. Aqueles que não
atuam mais no legislativo estadual ou que vieram a óbito também
receberão o retroativo.
“A
luz continua acesa, contamos com a boa vontade do Executivo para
acabar com este impasse”, declarou o presidente do Sindilegis,
Leandro Pereira Machado.
Mariana
Salume (msalume@eshoje.com.br)
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