Tipo de presunto cru é produzido por
famílias de Venda Nova do Imigrante.
Aperitivo é feito com lombo de porco temperado com sal, pimenta, alho.
Aperitivo é feito com lombo de porco temperado com sal, pimenta, alho.
O socol, tipo de
presunto cru produzido por famílias de Venda Nova do Imigrante, região
Sudoeste Serrana do Espírito Santo, é um aperitivo que traz, além do sabor
característico, a história dos descendentes italianos do estado. O jeito
artesanal desenvolvido pelos imigrantes continua praticamente o mesmo, mas
ganhou melhorias.
O aperitivo é feito
com lombo de porco temperado com sal, pimenta, alho e nada mais. O segredo está
no preparo. A primeira etapa é a escolha da carne, que deve ser fresca. Cacilda
Caliman Lorenção, 76 anos, faz parte da família pioneira na exploração do socol
no agroturismo. Ela aprendeu a receita com os avós, que vieram da Itália.
Cacilda Lorenção aprendeu a receita
com os avós italianos. (Foto: Valdinei Guimarães/G1 ES)
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Tia Cacilda, como é
conhecida, conta que era hábito das famílias de imigrantes fazer o ossocolo,
nome original do socol. A iguaria era uma forma de conservar a carne. Com o
tempo e diferenças de pronúncia, o ossocolo passou a se chamar socol. Depois
que ficou conhecido por turistas, ele mudou um pouco. "Passamos a usar uma
carne menos gordurosa para agradar ao paladar do consumidor", conta
Cacilda.
Quando chega à
propriedade da família Lorenção, o lombo fica dois dias no sal para perder
água. Depois ele é lavado, secado e então temperado com pimenta do reino e
alho. Os condimentos e o modo de preparo são os mesmos dos nonos italianos, mas
foram aperfeiçoados. "Nós erramos bastante no início até chegarmos a essa
receita e maneira de fazer", conta Bernadete Lorenção, que ajuda a
preparar o socol.
Uma vez temperado, o
lombo é envolvido em uma membrana que reveste os órgãos abdominais do porco.
"O segredo é a escolha dessa membrana. Já experimentamos outros materiais,
mas essa é a que deu melhor resultado", conta Cacilda. Depois, o lombo é
colocado em uma rede elástica, que ajuda a dar o formato do produto final. Para
terminar, a carne é passada na pimenta do reino, que serve como um repelente
natural.
O lombo leva cerca de
seis meses para curar e se transformar no socol. Então, ele é lavado e colocado
para secar por algumas horas. Aí já pode ser levado à mesa. Deve ser servido em
fatias bem finas, para realçar o sabor.
Lombo é colocado em uma rede
elástica, que ajuda a dar o formato do produto final. (Foto: Valdinei
Guimarães/G1 ES)
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Lombo leva cerca de seis meses para
curar e se transformar no socol. (Foto: Valdinei Guimarães/G1 ES)
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