sexta-feira, 7 de abril de 2017

EUA lançam dezenas de mísseis contra aeroporto na Síria


Forças militares dos Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (6) dezenas de mísseis de cruzeiro contra um aeroporto na Síria, o que representa o primeiro ataque direto americano contra o governo do presidente Bashar Al Assad desde que começou a guerra civil nesse país, informaram vários veículos de comunicação americanos. As informações são da agência de notícias EFE.

O ataque dos EUA acontece depois de um bombardeio com armas químicas na terça-feira em uma cidade ao norte da síria, no qual morreram mais de 70 pessoas.

O ataque à base aérea na Síria foi resposta ao uso de armas químicas, diz Trump.

Agência Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem (6) que ordenou um ataque militar a uma base aérea na Síria. Trump afirmou que a ofensiva é uma resposta ao uso de armas químicas pelo governo do presidente Bashar Al Assad nessa terça-feira (4). Segundo o presidente, com o ataque químico, Assad sufocou a vida de muitos homens, mulheres e crianças indefesas. Foi uma morte lenta e brutal para muitos. Trump disse que o ataque foi feito contra a mesma base aérea de onde o governo de Bashar Al Assad lançou o ataque químico.

Trump disse que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter a proliferação do uso de armas químicas mortais. Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança, disse Trump.

O presidente também disse que "chama todas as nações civilizadas para se juntar aos Estados Unidos para colocar um fim ao massacre e ao derramamento de sangue na Síria e para colocar um fim ao terrorismo de todos os tipos.

Relatos da mídia norte-americana dizem que foram mais de 50 mísseis Tomahawk lançados contra a Síria e que os Estados Unidos teriam informado a Rússia sobre a iminência do ataque. Ontem (5), o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu para debater o ataque químico, porém, mais uma vez, a votação de uma resolução foi barrada por oposição da Rússia  o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução condenando o regime de Bashar Al Assad.


Na reunião dessa quarta-feira, a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU falha consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos Estados que nós somos levados a agir por conta própria, o que já sinalizava para uma possível ação militar dos Estados Unidos.

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