Forças
militares dos Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (6) dezenas de mísseis
de cruzeiro contra um aeroporto na Síria, o que representa o primeiro ataque
direto americano contra o governo do presidente Bashar Al Assad desde que
começou a guerra civil nesse país, informaram vários veículos de comunicação
americanos. As informações são da agência de notícias EFE.
O
ataque dos EUA acontece depois de um bombardeio com armas químicas na terça-feira
em uma cidade ao norte da síria, no qual morreram mais de 70 pessoas.
O
ataque à base aérea na Síria foi resposta ao uso de armas químicas, diz Trump.
Agência
Brasil
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem (6) que ordenou um ataque
militar a uma base aérea na Síria. Trump afirmou que a ofensiva é uma resposta
ao uso de armas químicas pelo governo do
presidente Bashar Al Assad nessa terça-feira (4). Segundo o presidente, com o
ataque químico, Assad “sufocou a vida de muitos homens,
mulheres e crianças indefesas”. “Foi
uma morte lenta e brutal para muitos”. Trump disse que
o ataque foi feito contra a mesma base aérea de onde o governo de Bashar Al
Assad lançou o ataque químico.
Trump
disse que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e
deter a proliferação do uso de armas químicas mortais. “Não
pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas,
violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os
pedidos do Conselho de Segurança”, disse Trump.
O
presidente também disse que "chama todas as nações civilizadas para se
juntar aos Estados Unidos para colocar um fim ao massacre e ao derramamento de
sangue na Síria e para colocar um fim ao terrorismo de todos os tipos”.
Relatos
da mídia norte-americana dizem que foram mais de 50 mísseis Tomahawk lançados
contra a Síria e que os Estados Unidos teriam informado a Rússia sobre a
iminência do ataque. Ontem (5), o Conselho de Segurança das Nações Unidas se
reuniu para debater o ataque químico, porém, mais uma vez, a votação de uma
resolução foi barrada por oposição da Rússia –
o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução
condenando o regime de Bashar Al Assad.
Na
reunião dessa quarta-feira, a representante dos Estados Unidos nas Nações
Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU “falha
consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos
Estados que nós somos levados a agir por conta própria”,
o que já sinalizava para uma possível ação militar dos Estados Unidos.
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