Questionado
sobre os recursos ainda pendentes na Ação Penal 470, presidente do Supremo
declarou a jornalistas, após seu anúncio oficial de
aposentadoria: "Esse assunto está completamente superado. Sai da
minha vida a Ação Penal 470 e espero que saia da vida de vocês. Chega desse
assunto"; o assunto, porém, está longe de ser superado para os réus que
tiveram o benefício de trabalho externo cassado pelo ministro, como José Dirceu
e Delúbio Soares, numa decisão ilegal e arbitrária, que contrariou uma jurisprudência
já consolidada no Brasil; Ação Penal 470, assim, ainda não acabou.
Veja
também:
247
– O motivo do anúncio de aposentadoria pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, foi atribuído ao "livre arbítrio" em
declaração a jornalistas, depois de noticiar sua decisão oficialmente durante
sessão do plenário nesta tarde.
Questionado
sobre os recursos ainda pendentes da Ação Penal 470, Barbosa disse que o
julgamento é "assunto superado" em sua vida. "Esse assunto está
completamente superado. Sai da minha vida a ação penal 470 e espero que saia da
vida de vocês. Chega desse assunto".
O
tema, porém, está longe de ser superado por vários condenados no chamado
'mensalão', que tiveram o benefício do trabalho externo cassado por Barbosa, em
uma decisão que contraria o entendimento da Procuradoria-Geral da República, do
Superior Tribunal de Justiça e que pode atingir cerca de 100 mil presos
condenados ao regime semiaberto no País, segundo a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
Nesta
quarta-feira 28, o ex-ministro José Dirceu entrou no STF com habeas corpus para
tentar reverter a rejeição, por Barbosa, do pedido para que ele possa trabalhar
em um escritório de advocacia em Brasília. O advogado de Delúbio Soares também
recorreu ao plenário do Supremo contra a decisão individual de Barbosa que
cassou o trabalho do condenado. O PT apresentou recurso por duas vezes à corte,
pelo mesmo motivo.
Ainda
sobre o motivo de sua saída, Barbosa disse que, desde sua sabatina, quando foi
indicado ao cargo na corte, havia deixado claro que não tinha intenção "de
ficar a vida toda" no STF. "A minha concepção da vida pública é
pautada pelo princípio republicano. Acho que os cargos devem ser ocupados por
um determinado prazo e depois deve se dar oportunidade a outras pessoas. E eu
já estou há 11 anos", afirmou.
Ao
presidente da Câmara, Henrique Alves, ele disse que se dedicaria à vida
privada. À presidente Dilma, afirmou que pretende fazer uma viagem, segundo a
comentarista da Globonews Cristiana Lôbo.
Vai se aposentar desmoralizado, não foi zeloso com seu dever de guardar os direitos constitucionais. Tenho pena de gente desse tipo, e fico triste ao ver um profissional que se perde no caminho da insensibilidade.
ResponderExcluir