terça-feira, 2 de outubro de 2012

Em Cariacica, debate com críticas leves


Quem assistiu a tudo de perto foram os estudantes do colégio Passionista, de Jardim América, que ao final, analisaram o desempenho dos candidatos.

Letícia Gonçalves
O confronto entre os candidatos à Prefeitura de Cariacica no debate realizado ontem pelo jornal A GAZETA e pela rádio CBN Vitória foi pautado por críticas à atual administração e pela lembrança de gestões passadas.

Enquanto Adilson Avelina (PSD), Marcelo Santos (PMDB), Geraldo Luzia Júnior (PPS), o Juninho, e Sandro Locutor (PV) apontaram o que consideram falhas do governo de Helder Salomão (PT), Lúcia Dornellas (PT), que tem o prefeito como padrinho político, ressaltou os feitos da administração petista e o "desmando" que a cidade viveu antes dos oito anos de mandato de Helder.

Quem assistiu a tudo de perto foram os estudantes do colégio Passionista, de Jardim América, que ao final, analisaram o desempenho dos candidatos.
Debate entre candidatos à Prefeitura de Cariacica no auditório da Rede Gazeta


Alfinetadas
Embora ataques diretos e críticas duras tenham ficado de fora do debate, que foi um tanto morno, os candidatos não escaparam de alfinetadas. O evento foi composto por três blocos, em que os candidatos fizeram perguntas uns para os outros. Logo no primeiro bloco, em uma pergunta sobre políticas para idosos, Sandro Locutor lembrou que Marcelo Santos tem um sítio em Itapemirim, no Sul do Estado, onde costuma realizar eventos para a terceira idade. O candidato do PV questionou o peemedebista sobre o valor do imóvel. "O senhor declarou à Justiça Eleitoral que esse seu imóvel custa R$ 67 mil. O senhor venderia esse terreno por esse valor?" 

Marcelo Santos não respondeu. "Estamos debatendo aqui projetos, propostas, eleição municipal. Ter um imóvel e vendê-lo ou não compete a mim e à minha família", afirmou o peemedebista.

Mas não demorou muito e as perguntas passaram a focar a atuação da prefeitura referente a variados temas.

"Cariacica é a terceira cidade mais violenta do país, a que mais mata jovens de 13 a 19 anos, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal. Estamos terminando o ciclo de um governo de oito anos que não conseguiu diminuir esses índices e eles aumentaram", afirmou Marcelo Santos durante uma pergunta a Lúcia Dornellas sobre propostas para a segurança pública. A petista retrucou:

"Eu acho que o deputado está com a memória um pouco esquecida. Nós pegamos a administração em 2005 e a cidade ocupava, infelizmente, o primeiro lugar em violência. Não temos que comemorar o terceiro lugar, mas estamos fazendo ações efetivas de combate à violência, criando oportunidades à nossa juventude", disse Lúcia.

Avelina creditou a violência entre os jovens à "falta de políticas públicas". Ainda sobre esse assunto, Juninho disse, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa, que "o Juninho vai, primeiro, arrumar a casa".

Marcelo Santos criticou a execução de obras do orçamento participativo e o serviço de limpeza pública. "A cidade está maltratada. Em várias regiões não há presença da prefeitura". A afirmação foi feita durante uma pergunta para Avelina, que completou: "Temos obras atrasadas no orçamento participativo e que não se explica o motivo do atraso".

IPTU
Juninho também foi alvo dos outros candidatos e foi inquirido mais de uma vez a explicar uma de suas propostas, que prevê isenção se pagamento de IPTU a quem mora em ruas não pavimentadas em Cariacica. "A lei de responsabilidade fiscal diz que, se você abrir mão de uma receita, você tem que dizer de onde você vai arrecadar esse mesmo valor", questionou Lúcia Dornellas.

"Não temos só o IPTU, temos o IPVA. Hoje Cariacica recebe R$ 11 milhões desse repasse e esse é um dos recursos que vamos usar para pavimentar as vias. E não vamos cobrar mais IPTU de quem já mora em rua pavimentada. Estão querendo colocar essa mentira na campanha. É sinal de desespero e despreparo", disparou o candidato do PPS. Na réplica, Lúcia disse que considerou que Juninho não respondeu à questão.

Em outro momento, Marcelo perguntou o mesmo a Juninho, lembrando que Cariacica perderá receita de ICMS e também pode perder recursos dos royalties. "Não posso brincar o futuro da cidade. Se perdermos mais recursos e abrirmos mão de outros, não teremos condições de fazer nada", disse Marcelo. Juninho rebateu: "se for para ser prefeito de Cariacica e ficar trabalhando com as questões que nos limitam, não justifica ser prefeito", afirmou.

Tchau
Ao final do debate, os candidatos tiveram um minuto cada para se despedir. Além de pedidos de votos e apresentação da trajetória política, eles aproveitaram para mandar recados políticos. 

Avelina destacou que mora na periferia e conhece os problemas da cidade; Juninho disse que faz "a campanha do tostão contra o milhão"; Lúcia afirmou que "alguns adversários fazem propostas eleitoreiras e criticam a administração que mudou a história de Cariacica"; Marcelo disse que não faz demagogia e Sandro Locutor que é preciso oxigenar as lideranças do município. O debate durou cerca de uma hora e meia.
Fonte: A Gazeta

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