Está nas mãos do procurador-geral de
Justiça, Eder Pontes da Silva, o inquérito final da “Operação Lee Oswald”, que
desarticulou toda uma quadrilha acusada de fraudes em licitações na prefeitura
de Presidente Kennedy (litoral sul do Estado) em abril passado. A Polícia
Federal concluiu as investigações sobre o caso. O relatório foi encaminhado ao
presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), desembargador Pedro Valls
Feu Rosa, que encaminhou a conclusão ao Ministério Público Estadual (MPES).
Os autos continuam em segredo de Justiça e doze presos preventivos, entre eles,
o prefeito afastado Reginaldo Quinta (PTB), continuam presos. O próximo passo
do processo é a formalização da denúncia do MPES contra todos os envolvidos.
Durante as investigações, as defesas dos 28 presos na operação fizeram uma
série de pedidos ao Judiciário, entre eles, do desbloqueio de contas bancárias
e de habeas corpus, negados em caráter liminar.
Com a conclusão do inquérito, a expectativa nos bastidores é pela revogação do
sigilo dos autos. No decorrer das investigações, as equipes da PF flagraram
escutas envolvendo autoridades, entre eles, do conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado (TCE), José Antônio de Almeida Pimentel, relator das denúncias
contra o prefeito afastado. O presidente do TCE, Sebastião Carlos Ranna,
afirmou que a corte iria se posicionar em relação ao caso somente após a
conclusão dos trabalhos policiais.
A “Operação Lee Oswald” foi deflagrada no último dia 19 de abril. Foram presas
28 pessoas entre elas, o prefeito Reginaldo Quinta, secretários municipais e
empresários apontados como participes no esquema. O bando é acusado de fraudes
em 21 contratos que chegam a R$ 55 milhões. Deste total, pelo menos R$ 9,5
milhões já teriam sido identificados como alvo de sobrepreço.
No bojo da decisão, o presidente do TJES associou as fraudes no município a uma
série de denúncias de corrupção no governo Paulo Hartung e pediu providências,
inclusive, que passaram por Presidente Kennedy, como a suspeita na compra de
terrenos para o empreendimento da Ferrous Resources.
As investigações foram um aditamento das denúncias feitas pelo Ministério
Público nas operações “Moeda de Troca”, em Santa Leopoldina (região serrana), e
“Tsunami”, em Fundão.
Além do prefeito afastado, permanecem presos o ex-procurador-geral Constâncio
Borges Brandão, os ex-secretários municipais Flávio Jordão da Silva, Geovana
Quinta Costalonga (sobrinha do prefeito), Juliana Bahiense Fontão Cruz, Márcio
Roberto Alves da Silva, o ex-pregoeiro Jovane Cabral da Costa, além dos
empresários Eli Ângelo Jordão Gomes, José Carlos Jordão Gomes, José Roberto da
Rocha Monteiro, Cláudio Ribeiro Barros e Jurandy Nogueira Junior. Via SD | Por Nerter
Samora
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